SELINA NUNES
Abro os olhos lentamente naquele quarto meio escuro, tentando processar tudo que aconteceu...merda eu não acredito que a gente transou mesmo, o que deu em mim pra falar aquelas coisas. Olho pro lado e o vejo dormindo tranquilamente, nem parece que quase me matou ontem.
Começo a sentir um peso na consciência, foi a melhor transa da minha vida, mas não deveria ter acontecido...eu acho, minha cabeça tá surtado.
Me levanto da cama lentamente para não acordar ele, pego as minhas roupas me vestindo, em seguida pego a bolsa no sofá e saio do quarto pegando o elevador.
Ontem eu não estava com a cabeça no lugar, tudo bem eu ter uma queda por aquele, mas imagina o que as pessoas vão dizer, que sou uma puta e dormi com ele por dinheiro, mas eu gostei tanto, porém ninguém precisa saber disto.
Pego um táxi e no caminho fico pensando se ele ja acordou, merda, será que ele vai ficar chateado...ou talvez não, porque ele já deve ser acostumando a dormir com várias mulheres...ou não.
Chego em frente ao hotel, eram cinco da manhã, eu tinha que voltar pro Brasil hoje porque minha passagem acabava hoje, ao entrar no quarto deixo as minhas coisas em cima da cama e vou tomar um banho.
Ao terminar me enrolo numa toalha e pego meu celular me sentado na cama, na mesma hora a estefany me liga.
— Meu Deus, tô ligando a horas! — ela diz praticamente gritado — Aonde você tá agora?
— No meu hotel, me encontra no aeroporto, vamos embora — digo indo pegar roupa na minha mala.
— O que rolou hein? — estefany pergunta me fazendo suspirar.
— Eu falei merda, perdi a cabeça e acabamos transado! — digo é escunto um grito do outro lado.
— E ele é bom de cama?
— Estefany! — digo a repredendo
— Aí, tá bom. Enfim, vou me arrumar então, já que você tem que chegar a tempo para o evento do orfanato! — ela diz e eu arregalo os olhos
Tinha esquecido disso, concordo e desligo o celular indo me vestir, em seguida arrumo as minhas coisas e saio do hotel deixando a chave na recepção, pego um táxi que iria até o aeroporto.
Mando uma mensagem para estefany dizendo que já estava indo pro aeroporto. O caminho todo só fiquei pensando nele, queria saber como ele estava agora ou o que estava pensando de mim...
Ao chegar, espero um pouco a estefany que ainda não havia chegando, logo depois pegamos o nosso vôo para Brasil.
18 horas de vôo, Brasil/ são Paulo
Me despeço da estefany e vou para a minha casa, estava muito cansada, mas se eu não fosse minha mãe me mataria e também eu prometi.
Vou tomar um banho e em seguida começo a me arrumar, deixo meu cabelo solto e faço uma maquiagem bem simples, porém deixei os olhos bem marcados já que era de noite.
Uso a minha roupa e por fim uma bota que combinava com a minha jaqueta.
Saio de casa em um uber, ao chegar lá notei que já havia muito gente e a maioria era só pessoas ricas e famosas, minha mãe criou esse orfanato com o intuito de ajudar as crianças órfãos, e hoje em dia essas crianças tem família e onde dormir, fico muito feliz por isso.No meio da aquelas pessoas, minha mãe me vê e eu abro um sorriso para disfarçar, ela começou a andar na minha direção toda poderosa, usava um terno preto e um salto, dona sarah era uma mulher sem igual.
— Nem vem com esse sorrisinho, por que demorou? — Sarah diz me encarando como se eu tivesse cinco anos
— Desculpa, mãe, tive uns probleminhas — digo
— Aham sei
— Mas eu tô aqui agora, não tô?! — digo com um sorriso pegando na mão dela e dando um beijo na bochecha dela.
— Você tá linda filha! — ela diz retribuindo meu sorriso
— Você tá mais. Onde estão as crianças? — pergunto
— Estão lá no jardim! — ela diz e eu assenti com a cabeça — Ok, eu preciso ir, vou receber o richarlison Andrade
Ela disse me fazendo arregalar os olhos rapidamente, meu coração gela por alguns segundos. Isso era impossível.