Capitulo 30 | Velório

80 7 20
                                    

Eu disse coisas que eu
nunca deveria ter dito
Sim, eu parti seu coração

(Save your tears  — The weeknd)

Mais de um dia se passa até que o corpo seja liberado para um velório

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mais de um dia se passa até que o corpo seja liberado para um velório. Enquanto o tempo passa, pareço apenas existir, perdida em pensamentos rolo na cama do hotel, em poucas horas estarei cremando o corpo da mulher que me deu à luz.

Nunca senti um verdadeiro amor vindo dela, tentei meu melhor para nunca deixar que faltasse algo em sua vida, para nunca permitir que ela se sentisse desprezada ou abandonada devido a sua doença. Tentei não julgar, quando ela decidiu não trabalhar mais e viver dando palestras que nunca trouxeram retorno financeiro. Dei duro e trabalhei o máximo que podia, conquistei meu espaço dentro do clube para ter o poder de sustentar minhas despesas e as dela. 

Não sei se estou errada em julgar suas decisões. Ao mesmo tempo, em que me pego pensando no quanto minha infância foi disfuncional, crescendo em prostíbulos, fazendo meu dever de casa em uma mesa no canto enquanto olhava mulheres sem roupa rebolando no colo de algum homem. Penso em tudo o que minha mãe precisou abdicar para ter essa vida, no quanto ela lutou e fez tudo o que podia. Ela podia ter me abortado, em uma vida como a dela ninguém a julgaria por isso. Eu sequer deveria ter nascido, mas, não é minha culpa que ela tenha tomado essa decisão. 

— Você está pensando demais de novo. — Joseph diz e me puxa para seu corpo.

— Desculpa, não consigo evitar. — Suspiro e fecho meus olhos.

Joseph leva os dedos até meu rosto, sua pele macia traçando suavemente um caminho pelo meu rosto. Sua boca se aproxima de mim e me arranca um suspiro. Me sinto umedecer e me sinto culpada por isso. Que bela hora para eu sequer pensar em sexo.

A língua de Joseph invade minha boca e eu me agarro a ele, sem me importar, por um momento que seja, com o que está por vir pela manhã. 

Seu corpo pressiona o meu e sinto seu peso em cima de mim. Minhas pernas se envolvem ao redor dele e o beijo se torna mais feroz. Seus dentes mordem meus lábios e sua língua parece dançar com a minha. 

Joseph se afasta por um momento e aproxima sua boca de meu pescoço, mordendo minha pele e me fazendo arquear o corpo e gemer de prazer.

— Sinto que eu deveria parar, não é um bom momento para isso. — Ele sussurra e sua voz faz cócegas em minha pele.

— Não pare Joseph, por favor, me faça esquecer de tudo. — Suplico de volta, ele atende minha prece.

Seus dedos apertam minhas pernas e minha bunda, sua boca beija minha pele, ora suave, ora com agressividade. Arrepios sobem pela minha pele e sussurros roucos deixam minha garganta.

O dedo de Joseph me invade e arranca um grito dos meus lábios. Olho em seus olhos conforme ele mexe seu dedo dentro de mim, seus olhos azuis parecem ter atingido um tom mais escuro, seus lábios se abrem em um belo sorriso e ele desce seu rosto até o meio das minhas pernas.

The stripper Onde histórias criam vida. Descubra agora