Capítulo 3 | Christopher

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Eu sei que você quer isto
é fácil de ver
e, no fundo da sua mente
eu sei que você deveria estar comigo.

(Don't cha - The pussycat dolls)

O fora que tomei, faz um pouco mais de sentido nesse momento

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O fora que tomei, faz um pouco mais de sentido nesse momento. Ele era o cara que eu precisava impressionar, o cara que está noivo de uma das mulheres mais lindas do mundo, que tem tudo o que quer e que vai se casar em poucos dias.

Não deveria me impressionar, todo seu jeito, o estilo, a forma de se portar, a confiança que exala desse homem, tufo deveria ter deixado óbvio para mim, o que faz com que eu me questione, como eu não percebi isso antes?

Observo seus olhos se arregalarem por um momento, quando ele percebe de onde me conhece. Não sei o que esperar, talvez, eu precise voltar para o clube antes do que eu imaginava, afinal, ele não vai querer trabalhar com a stripper que o convidou para ir até a casa dela.

Alguns momentos se passam em completo silêncio, eu estou nervosa, aguardando seu próximo movimento, sem saber o que esperar, o que está por vir.

- Seja bem-vinda a Park Enterprise, senhorita Abigail. Sou o senhor Christopher Park, dono da empresa. É um prazer conhecer você. Por favor, sente-se. - Todo o reconhecimento que passou pelos seus olhos sumiu em um segundo, não sei como reagir, não sei se devo participar do teatrinho e fingir que esse homem não tem marcado presença constante nos meus pensamentos desde o dia que o vi pela primeira vez.

Eu me aproximo, receosa, me sento na cadeira de couro em frente a ele, observando a sala ampla, a mesa de mogno, moderna e clássica ao mesmo tempo, o retrato enorme dele e da noiva queimando minha retina.

- Vocês formam um lindo casal. - Digo, quando vejo que ele percebeu meu olhar, quando noto que o tempo que encaro o retrato já ultrapassou a linha tênue entre o aceitável e o constrangedor.

- Obrigado.

- Ela é uma mulher linda. Tem sorte de ter você, só para ela. - Meus olhos se fixam nos dele novamente, com intensidade. A verdade que escorre da minha boca, ela é realmente uma maldita mulher linda, alguém que não pode ser comparado a mim.

Conforme olho para meu novo chefe, minha mente faz questão de se recordar daqueles olhos fixos em mim, da sensação que tive na única vez que sua pele encostou no meu corpo, na frustração que senti ao saber que ele não estaria dentro de mim naquela noite.

- Escuta, me desculpe pelo outro dia. Sinto que deixei as coisas passarem do limite, mas, me diverti muito com você. Mas, quero que esse assunto não seja abordado aqui. Espero que entenda, que sou seu patrão, não quero precisar tomar nenhum tipo de medida e para isso, você precisa me respeitar da maneira adequada, assim como os outros terão que respeitar você.

- Claro, entendo, não quero ser inconveniente, apenas sinto que sou a fonte de diversão preferida dos rapazes. Enquanto moças como ela, são as noivas preferidas, mas, claro que de forma alguma, isso é culpa sua. - Não sei porque falo de forma tão amarga, não quero me casar com ele, não quero me casar e ponto, sou feliz com minha vida como ela é, um relacionamento é problema e eu já tenho problemas o suficiente. - Olha, me desculpe, não devia falar assim, muito menos com meu chefe, só estou amarga pelo fora que tomei.

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