"— Mi... milorde? — replicou Snape, aturdido. — Não estou entendendo. O senhor realizou extraordinária magia com essa varinha.
— Não. Realizei a minha magia habitual. Sou extraordinário, mas esta varinha... não. Ela não revelou as maravilhas prometidas. Não sinto diferença entre esta varinha e a que comprei de Olivaras tantos anos atrás.
...
— Durante toda essa longa noite, de vitória iminente, estive sentado aqui — disse Voldemort, sua voz pouco mais do que um sussurro — pensando, pensando, por que a Varinha das Varinhas se recusa a ser o que deveria ser, se recusa a agir como a lenda diz que deve agir para o seu legítimo dono... e acho que sei a resposta.
Snape ficou calado.
— Talvez você já saiba, não? Afinal, você é um homem inteligente, Severo. Você tem sido um servo bom e fiel, e eu lamento o que terá de acontecer.
...
A jaula da cobra girava no ar, e, antes que Snape pudesse dar mais do que um grito, ela o envolvera, a cabeça e os ombros, e Voldemort falava em linguagem ofídica.
— Mate.
Ouviu-se um berro terrível. Harry viu o rosto de Snape perder a pouca cor que lhe restava, embranquecer, e seus olhos negros se arregalarem quando as presas da cobra se cravaram em seu pescoço, pois não conseguira repelir a jaula encantada para longe, seus joelhos cederam e ele caiu ao chão."
As palavras escritas no livro continuaram a rondar minha cabeça mesmo depois de tanto tempo. A cena de Severus Snape sendo morto pela cobra de Voldemort continuou a ser recriada pelo meu cérebro de uma forma tão vívida que chegava a ser perturbador.
Na hora, eu pensei que era triste ele morrer dessa forma, mesmo depois de tudo que aconteceu na história. As coisas que disse e principalmente o que ele fez com o diretor... terrível. Mas então, Harry assiste as memórias do seu professor de poções e entende o que ele fez e por que precisava fazer. De uma morte triste, passou a ser uma morte injusta e trágica, assim como todas as outras mortes que a autora teve a audácia de causar. Sirius, Remus, Tonks, Fred, Dobby. Todos esses tiveram mortes injustas, principalmente depois da vida que levaram.
- Aquela mulher não tem coração - murmurei em irritação - Maldita autora e sua personalidade duvidosa. Ela matou tantos personagens tão incríveis e importantes que chega a ser loucura. E ainda sim, é uma das melhores obras já escritas - bufei indignada - Queria poder entrar nesse livro a salvar pelo menos o Professor Lupin, o Fred e o Severus.
Se bem que todos os anos que Harry estevem Hogwarts foram uma loucura. Nem tentaria me arriscar neles. Quinto ano? Sapa rosa. Segundo ano? Basilisco. Primeiro ano? Trasgo. Sexto? Invasão de Comensais. E no sétimo? Bom, batalha de Hogwarts.
Além disso, sempre me perguntei porque Snape nunca levou uma poção para o veneno de Nagini. Então, me ocorreu que ele nunca esperava ser morto naquela noite, principalmente porque ele ainda era um "seguidor fiel" do cara de cobra. O homem ainda tentou lutar, mas nunca esperou pelo ataque da cobra. Se eu pudesse, levaria um frasco de antidoto de veneno de cobra daqui. Assim como uma pistola. Seria tão útil contra bruxos. Ou pelo menos uma arma de balas de borracha, pode não matar, mas algum estrago vai ter. Algo que não é difícil de conseguir por causa do meu trabalho. Enfim, não adianta chorar pelo leite derramado, o que aconteceu, aconteceu.
Terminei de lavar o último prato, logo secando as mãos e me dirigindo até o quarto, já era tarde e eu nunca fui uma pessoa que dorme bem. Insônia sempre foi uma constante da minha vida, então tentava de tudo para ter uma boa noite de sono.
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Rewrite the story
FanfictionCamila Signac uma detetive londrina e fã fervorosa dos livros de Harry Potter, acorda num chão de pedra em meio a uma confusão de sons. Explosões. Colisões. Gritos. Tremores. Nada fazia sentido até ela encontrar um certo ruivo e descobrir onde real...