Capítulo 16

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Minerva estava fazendo seu primeiro discurso de boas-vindas nesse momento. Agradecendo a todos os alunos que ainda confiavam na escola, aos mais velhos que decidiram voltar para refazer seu último ano e dando boas-vindas aos primeiros anos que acabaram de ser selecionados em suas respectivas casas.

Olhando para a mesa da Sonserina pude ver todos os meus alunos do sétimo ano que tiveram seus pais julgados e em sua pequena parte ainda estavam sendo vigiados pelo Ministério. Eles foram instruídos a terminar sua educação para serem liberados e poderem viver como todos os outros bruxos. Mesmo que suas vidas nunca mais fossem as mesmas depois que Voldemort os marcou. A Marca Negra pode ter desaparecido depois da morte do Lorde das Trevas, mas a dolorosa memória que ela deixou em suas mentes e corações nunca iria embora.

- Eles vão ficar bem, Severus – Camila disse, pondo sua mão em cima da minha quando percebeu no que eu estava pensando. – Nós vamos cuidar deles – ela completou, eu apenas a olhei nos olhos, me embriagando na determinação em seus olhos e no sentimento reconfortante que eles passavam, e acenei com a cabeça. Ela sorriu e voltou a prestar atenção ao discurso da diretora.

Depois do banquete de boas-vindas eu e Camila esperávamos os prefeitos trazerem os novos alunos para a Sala Comunal da Sonserina.

- Tente ser um pouco mais legal com os alunos mais novos, Severus – ela aconselhou pela décima vez hoje - ou pelo não seja tão assustador – acrescentou quando viu meu rosto ficar com uma expressão azeda.

Quando eles chegaram, esperamos no canto os prefeitos falarem rapidamente sobre o toque de recolher, a senha do quadro e que nessa primeira semana eles seriam responsáveis por levar as crianças até as refeições e as aulas.

- Agora, nosso chefe de casa gostaria de dizer algumas palavras – Draco falou, sendo ele e Astoria Greengrass os prefeitos desse ano.

- Bem-vindos a Sonserina primeiros anos. Eu me chamo Severus Snape e essa é minha assistente Camila Signac. Nós seremos os responsáveis pelo seu bem estar nessa casa e na escola, por isso se precisarem de algo a porta do meu escritório estará sempre aberta a quem precisar. Também devo avisá-los que a casa das cobras não é bem vista pelo resto da escola, devido aos acontecimentos da guerra – falei, mas os alunos pareciam apreensivos quanto a minha fala, então Camila falou em meu lugar.

- Mas não precisam se afligir nem se envergonhar de sua casa pequenas cobras. Merlim foi um dos nossos, afinal. O que o Professor Snape quer dizer é que é sempre bom mostrarem uma frente unida quando estiverem fora da Sala Comunal e se tiverem qualquer problema não sintam vergonha de pedir ajuda. Esperamos que tenham uma ótima noite – com isso, ela acenou para Draco para leva-los aos seus respectivos dormitórios.

Camila então se virou para mim e sorriu, e eu sentia que ela iria me provocar.

- Você não foi tão ruim – ela brincou, me obrigando a revirar os olhos pela sua infantilidade. – Mas realmente precisa melhorar o seu discurso Severus.

- Não vejo motivo para isso – respondi indiferente.

- Oh, claro que não – com essa firmação seu sorriso se alargou.

- Todos estão em seus dormitórios – escutei Draco dizer enquanto vinha em nossa direção.

- Obrigada Draco – Camila respondeu gentilmente. – A propósito, você combina muito bem com o posto de prefeito – elogiou, ele endireitou as costas e elevou o queixo mostrando o quão orgulhoso estava do feito, fazendo Camila rir.

- Vá encontrar seus amigos, Sr. Malfoy – o dispensei, ele então me olhou e sorriu divertido, indo fazer o que eu disse.

Camila me lançou um olhar reprovador, mas não disse nada. Suspirando, eu estendi meu braço para que ela o segurasse. Caminhamos tranquilamente pelos corredores das masmorras, aproveitando a presença um do outro.

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