Los Angeles, 2019.
[Nome] Laviollet Petrov
— Touya! — exclamei — Me solta, cão!
Touya me segurava pelas pernas em cima de seu ombro, simplesmente me jogou em cima dele e me segurava como se fosse um saco de farinha.
Não me considero uma mulher briguenta, mas realmente não sei levar desaforo para casa.
E aquela vadia me tirou para nada, e Touya Todoroki se considerava meu guarda-costas.
— Já te falei — começou ele — brigar é coisa de feia, e você não é.
— Então eu sou horrorosa, porque aquela vagabunda me chamou de puta, e eu quero é matar ela e não brigar!
O show havia acabado de terminar, e eu vi perfeitamente ela apontando o dedo para mim enquanto estávamos no palco e gritar puta. Logo que saímos fui atrás, para variar Toga e Shigaraki pouco se foderam, adoram ver o circo pegando fogo. Mas Touya não aguenta mais me ver revidando contra pessoas que como ele diz "não agregam em nada nossas vidas".
Sei que é errado, mas mesmo assim me deixa maluca.
E a doida de pedra ainda veio gritando atrás enquanto ele me carregava.
— Você é uma vagabunda! — gritou, e eu explodi.
— Só porque o cara que você queria preferiu uma gostosa não significa que eu seja puta, sua cachorra! Tá no cio, porra? Procura outro, ou vai atrás dele de novo porque eu não tô passando fome pra brigar por homem!
— Cala a porra da boca, Viollet! — Touya não aguentava mais essas discussões que arrumavam comigo, chegou a implorar para eu sossegar sem ninguém para isso não acontecer mais.
Na verdade, ele até tinha um pouco de razão. Eu deveria parar de pegar gente idiota que acho bonita em um show qualquer apenas para me tirar do tédio. Era babaca, mas realizava o sonho de vários de ir para um motel comigo.
Já que eu não podia ter quem queria, deixo que quem sonha em me ter, tenha por míseras horas.
Não namoro, não tenho ficantes, tenho noites. E noites muito boas, por sinal.
Saímos da casa de show e ele me colocou no chão.
— Você tem que parar com essas merdas, meu Deus! — exclamou — Quantas mil vezes eu tenho que te dizer que as pessoas tem que ver na internet coisas boas e não tretas suas?!
— Ah, Touya, nem venha com essa. Quem de semestre em semestre enche a cara, usa tudo que tem pra usar, briga e vai parar na casa de nós sabemos quem não sou eu.
— Não usa isso contra mim, Viollet. Não use.
— Eu posso até aparecer na internet fazendo merda, mas pelo menos não fico atrás de quem eu fodi a vida, não tenho coragem de pedir perdão e ser melhor. Então, menos.
— Eu sei que você bebeu, mas não é por isso que tem o direito de ser uma completa escrota com seu melhor amigo. Vou te levar pra casa, você vai tomar um banho e pensar nas merdas que falou. E tenha certeza, se você um dia jogar isso na minha cara de novo, não vou levar numa boa.
Ele fechou a cara, pediu o carro para o moço da recepção e me levou. O caminho todo quieto, se remoendo. E eu, olhando para a janela pensando que exagerei.
— Desculpa — resmunguei.
— Não, não desculpo — suspirei — Isso foi pesado, e você sabe. Não repita. Eu ainda amo ela, porra. Sei que faço merda pra caralho mas não posso ter ela. Não mais.
— Eu sei, merda. Eu sou a pessoa que mais sabe. Não vou falar isso de novo, só vou citar o nome dela quando você vier falando sobre. Desculpa, mesmo.
Touya tensionou mais os ombros.
— Você sabe que pode ter ela, você só acha que não merece. — afirmei.
— Não disse que não iria mais falar sobre? — questionou, sem me olhar.
— Eu só quero o seu bem, e ela te faz bem.
— Ela está certa de não querer mais me ver. E eu vou fazer o meu máximo para me manter longe. Como vocês duas me disseram, não sei ter mais de uma pessoa na minha vida. Abandonei você para ter ela e abandonei ela para cuidar de você. Na real, eu não mereço o amor dela nem sua amizade.
Com os anos, ele aprendeu a se abrir mais. Foi difícil, mas Olívia fez a maior parte do trabalho, eu apenas dei continuidade.
— Você também poderia tê-lo — eu ri por sua fala.
— Não fode, Touya — revirei os olhos, virando em sua direção — Eu não quero e não posso.
— Pelo menos eu admito que quero, você nem isso faz desde aquela noite.
— Ele me fez sentir um lixo, contou tanta mentira que parecia um pecado capital. Não quis me escutar, cagou para mim e hoje finge que eu não existo. Não quero uma pessoa assim, porra. Ela pelo menos ainda gosta de você mas tem senso o suficiente para não ficar te aceitando nas suas recaídas. Já te falei, você tinha que aparecer lá sóbrio e com um lindo buquê de girassóis que ela ama mas só nós dois sabemos. E eu também sei que ela não gosta de mim, e se vocês voltassem eu seria a primeira que chamaria ela para conversar para deixar clara mil e uma coisas.
— Ela não gosta de mim, Viollet. Ela gosta de saber que me tem, são duas coisas diferentes. E você só é trouxa de não bater na porta dele quando quiser.
— Ah, tá. Super vou me humilhar para aquele troço. E sim, tem diferença. Mas ela gosta de verdade de você, e você que é o trouxa de não fazer isso dar certo. Toda vez que vamos para Nova York procura ela nos shows e acha que olhar para ela vai mudar algo. Sinto te informar, não vai.
— E você que fica olhando ele de cima a baixo nos palcos? Acha que sou cego?
— É raiva, Touya. Raiva. Odeio aquela moleque, porque pra mim ele nunca vai ser um homem.
— Odeia porra nenhuma.
— Eu juro por Deus que eu vou virar esse volante e ela não vai ir no seu funeral, Dabi.
— Pra você, é Touya, caralho. Eu que viro esse volante e ele não vai no seu funeral.
— Pra mim e pra ela, né? — dei um sorriso de bebado para ele — Dou graças a Deus que ele não apareceria, eu reviverei para matar ele.
— Tanto ódio assim, vira outra coisa, gata.
— Tanta insegurança assim, te faz perder a pose de Badboy, gato. — pisquei para ele, sorrindo.
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𝐌𝐮𝐬𝐢𝐜 𝐟𝐨𝐫 𝐦𝐲 𝐞𝐚𝐫𝐬 | ᴋᴀᴛꜱᴜᴋɪ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ
Fanfiction⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ Music for my ears ∥ [+𝟏𝟔]. ➥ Onde Katsuki Bakugou é vocalista de uma banda, porém seus maiores rivais fazem tanto sucesso quanto ele. Katsuki é metódico e orgulhoso de mais para pedir ajuda, entretanto [Nome] é ambiciosa de mais para...