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Katsuki

Mas que inferno. Mais uma noite caindo da cama, desnorteado, dores nas costas e sem a mínima noção de onde estou. Tudo isso por culpa de uma euforia momentânea. Agora, sequer dormir me permito mais.

A porta do quarto se abriu abruptamente, como todas as noites dessa semana.

— Novamente, Bakugou? — Questionou Kirishima, sonolento.

— Preciso de uma merda de cama maior — comentei, levantando e sentando na beira da cama box.

— Você precisa começar a pensar porque está caindo, e não gastar dinheiro em algo que não irá resolver seu problema.

— Eu sei porque estou, caralho — murmurei — Não quer dizer que resolva.

— Não resolve porque você não resolve.

— Kirishima — suspirei, olhando para o chão — na moral, são 4 da matina, vai filosofar na casa do caralho. Não quero saber de sermão, quero uma solução.

— Uma solução, Bakugou? — o ruivo coçou os olhos, se encostando na batente da porta de braços cruzados — Ligue para Petrov e faça virar realidade os seus sonhos. Pronto.

— Sim, sim — não consegui segurar a risada de escárnio — Vou fazer meus pesadelos virarem realidade. Deus me livre se para eu conseguir dormir ter que falar com Petrov, prefiro mil e uma agulhas nas minhas costas.

— Na real, você só não tem coragem. E não prefere as agulhas, prefere sua maldita insônia que também não me deixa dormir em paz. Bom dia, Bakugou.

Kirishima saiu, deixando a porta escancarada e meu queixo no chão.

Vamos ver mesmo que essa noite eu não vou conseguir dormir. Daqui uma semana temos os shows de volta, logo, tenho uma semana inteira para fazer o que for necessário para meu corpo ficar tão exausto que meu cérebro nem sequer consiga pensar na hora de deitar e dormir.

Respirei fundo, peguei o cll e o fone de ouvido sem fio, entrando no spotify e deixando que o mesmo escolhesse Imagine Dragons para tocar.

Fui em direção à cozinha, vendo logo de cara que mais tarde eu mataria Kirishima. O pão que eu sempre como pela manhã estava jogado sob a mesa, aberto, recheado de formigas.

Peguei o saco e amarrei, arremessando dentro do lixo. Um pano e algo para limpar, já deixando a mesa nova novamente para que as malditas não se instalassem no apartamento.

Voltei para o quarto, coloquei um short, uma camisa para correr e peguei um casaco. Calcei um dos tênis de corrida, e sai. Averiguei seu meu cartão estava na capinha no celular, trancando a porta do apartamento logo em seguida.

Liguei o Strava no Apple Watch — aplicativo de corrida — e dei início quando comecei a descer as escadas. Havia um comércio não muito longe daqui, onde eu normalmente compro café da manhã, mas este horário o que irá ter serão inúmeros bêbados.

Cerca de 5km, em média 20 minutos.

Por ser uma distância relativamente curta, decidi correr até a beira da praia, mais 5km da conveniência.

Nos primeiros 2km já tirei o casaco e amarrei no pescoço, mesmo que ainda não houvesse sol, sempre tento manter um ritmo constante que não me permite descansar muito. E claro, isso de correr cheio de roupa para "emagrecer" não existe.

Não sou personal nem nada, mas para poder me cuidar melhor estudei muitas coisas. E uma extremamente básica, é que quando você se submete à gastar energia de roupas de frio, apenas perde água. Não é gordura, apenas líquido. Ou seja, você fica extremamente desidratado perdendo apenas água, o que é prejudicial pra caralho pra saúde.

𝐌𝐮𝐬𝐢𝐜 𝐟𝐨𝐫 𝐦𝐲 𝐞𝐚𝐫𝐬 | ᴋᴀᴛꜱᴜᴋɪ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜOnde histórias criam vida. Descubra agora