03° Capítulo

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[...]

Já tinha conhecido todos os jogadores do Palmeiras. Desde os que tem mais costume de ficar no banco durante uma partida até os principais do time. Gostei muito de ter conhecido principalmente os titulares, é uma honra mesmo para mim estar passando por isso. Muito feliz. Devo todas para minha melhor amiga, Caroline.

Agora estávamos reunidos em um único círculo, conversando sobre coisas aleatórias, ou até mesmo assuntos do Palmeiras e como a vinda de mais um título para o clube foi importante e deixando liberar mais uma vez o grito que estava agarrado na garganta do torcedor palmeirense: "É campeão".

Minha amiga quase foi derrubada pela sua própria irmã, que também é palmeirense, Isabela. Contive uma risada que estava quase escapando da minha garganta.

— Meu Deus, Isa. — Caroline dá um tapa de leve no ombro da irmã.

— Desculpas, more! — dá um beijo na bochecha da mais velha. Tudo bem?

— Ótima. — sorriu.

— Oi meninos! Saudades de vocês!
— Isabela cumprimenta todos.

— Faz um tempo que não vejo você, Isa.
— Piquerez comenta olhando para a mais nova, com seu sotaque espanhol.

— Vida corrida. Você sabe. Ágatha?
— olha para mim. Como você tá? Estava com saudades. Já faz um tempo que não nós vemos, né? — diz me dando um abraço rápido e apertado.

— Tudo bem, Isa. E você? — perguntei com um sorriso em meus lábios.

— Melhor do que nunca. Vou rodar pela festa, meu namorado provavelmente deve estar por aqui também. Beijos, beijos. — manda beijos no ar e saí dali desaparecendo no meio das pessoas.

— Eu esqueci de perguntar se ela trouxe o que eu tinha pedido antes dela ir para França. — Caroline olha para mim. Eu vou atrás dela.

— Depois você per... — me interrompi quando vejo que minha amiga saí praticamente correndo atrás da irmã.

— Ágatha? — Endrick chama meu nome, atraindo meu olhar em sua direção. Quantos anos você tem?

— Que isso? Mal conheceu a mina e já quer pegar ela? — Gómez comenta olhando para o mais novo.

— Só tô curioso. — diz com um olhar sério na direção do camisa 15.

— 21 anos. — respondi sorrindo com uma pitada de timidez.

— Não dá pra ti. — Piquerez abraça o mais novo de lado. Esqueça. O garoto aqui tem só 16 anos. — afirma.

— Fica queito aí. — saí do abraço do camisa 22. Eu não quero ninguém.

— No se... — Richard diz desconfiado, deixando seu sotaque nítido.

— Mais conheço alguém que tá interessado em compartilhar o amor com outra pessoa... — Endrick direciona seu olhar para o mais velho.

— Deixa disso, Endrick. — Richard fala perfeitamente o português.

— Quando tá nervosinho o português saí mais correto do que os que são brasileiros. — o camisa 09 provoca.

— O pior que tenho que concordar.
— Gómez afirma sorrindo.

— Estás excluyendo a menina. — Ríos olha na minha direção, misturando os dois idiomas.

— Ela tá achando é graça. — Piquerez afirma olhando para mim.

— Do que saí da boca do bonito de 16 anos. — o camisa 27 diz com um semblante sério.

— Voltei. — Caroline coloca suas mãos em meus ombros. Voltei, mais também tô indo embora. — afirma.

— Dois. Não aguento mais esse garoto.
— Richard encara Endrick, sério.

— Como assim, Caroline? — perguntei com uma das minhas sobrancelhas erguidas.

— Isa disse que ía me levar na casa dela para me entregar o negócio que pedi pra ela. Enfim, é muito longe. Mais amanhã prometo que mostro você o que é. — respondeu explicando em um tom de voz baixo.

— Eu chamo um Uber. — digo pegando o meu celular.

— Vocês já vão? — Gómez pergunta olhando para nós duas.

— Sim, probleminhas. — Caroline respondeu com um sorriso em seus lábios. Beijos, Ágatha. — dá um beijo na minha bochecha.

— Tchau. — vejo minha amiga abraçar Gómez rapidamente.

— Você não acha que um Uber é arriscado demais? Ainda mais uma hora dessas? — Endrick puxa assunto olhando na minha direção.

— As vezes, mais pra mim é longe.
— explico ainda olhando para o meu celular.

— Leva ela, Ríos. — Endrick diz olhando para o camisa 27. Uma dama não pode ir sozinha, ainda mais uma hora dessas, em um carro de Uber.
— justifica.

— Não precisa... E obrigada pelo elogio.— digo com um sorriso.

— Ele faz questão. — o camisa 09 reforça com um sorriso.

— Eu? — perguntou com um sotaque espanhol olhando para o mais novo.

— Você não vai morrer por causa disso.
— o mais novo comenta perto do mesmo, com um tom de voz baixo.

— Eu levo você, Ágatha. — Ríos diz me olhando.

— Ah, então, tá. Obrigada.

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Em Teus Braços - Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora