Em Teus Braços - Richard Ríos

32° Capítulo

Capital Paulista, São Paulo. 27 de
Abril de 2023.

Ágatha Fernandes

Acordei sonolenta, para ser bem sincera, havia dormido pouquíssimas horas de sono, por causa que não conseguir conter as lágrimas insistentes que se formavam toda vez que lembrava dos nossos momentos juntas... Inseparáveis, mais dessa vez...

Levantei, mesmo querendo ficar deitada, meu corpo implorava por isso, mais precisaria fazer um esforço, pelo menos, para aparecer na faculdade, nem que eu esteja com uma cara de quem chorou horrores durante a madrugada inteira.

Fiz minha rotina matinal, peguei meus pertences, olhei para a mesa da cozinha que estava apenas com um vaso com flores rosas de enfeite, lembrando da última vez em que Caroline estava por aqui, ou melhor, pelo milagre que ocorreu. Bons momentos.

Saío do meu apartamento, caminhando pelos corredores até adentrar o elevador, apertei o botão do andar principal, e, enquanto aguardava minha chegada, fiquei mexendo no meu celular, até ver uma coisa que partiu meu coração ao meio, e só terminou de piorar minha situação.

Uma publicação, que continha 10 fotos no total, no perfil do jogador palmeirense. Havia fotos dele com algumas meninas que já tinha visto na universidade, além da última foto, que estavam ele, Gómez, e a Caroline, juntos... Eles pareciam estar se divertindo... Poxa, Carol... É só um mal entendido causado pelo Bruno.

Solto um pesado suspiro, saindo do elevador, e em seguida, saindo do edifício, a caminho da universidade, o trajeto inteiro só fiquei pensando nessa tal de festa, e principalmente no Ríos, e na minha amiga... Ex... Talvez.

É uma pena que eu não posso voltar no tempo... Infelizmente.

[...]

Encostei em uma área do pátio da universidade que não tinha muitas movimentações, passei meus olhos pelos alunos na tentativa de encontrar Caroline, mas, pelo visto, a são-paulina resolveu faltar hoje, o que é raro de acontecer.

Peguei meu celular, hoje eu ía ter só o meu aparelho como companhia mesmo, quando percebi que Bruno estava em minha frente, com um sorriso estampado em seus lábios.

— O que você quer, Bruno? — perguntei o encarando, séria.

— Parece que você foi abandonada.
— diz colocando suas mãos no bolso do moletom azul que vestia.

— Isso é culpa sua. — apontei para o mais velho, nervosa.

— Tá nervosinha só por que viu aquele jogardozinho com outras mulheres, é?
— diz em um tom de provocação.

— Não te interessa. — cruzei meus braços.

— Sabe, Ágatha... — coloca uma de suas mãos em minha cintura. Eu até ficaria com você, mas, como você foi muito ignorante comigo, não quero mais.

— Óbvio que você não quer mais, olha o estrago que você fez. Você tem noção disso? — digo indignada.

— Eu avisei que ía fazer vingança, você não quis escutar. — deu de ombros.

— Você é um idiota, Bruno! Eu vou passar por cima de você, e desfazer essa mentira. — afirmo.

— Até parece. — rodeia os olhos. Você não tem como me enfrentar, todos desse colégio gostam de mim, me admiram, ao ponto de me carregar para que eu nem precise pisar no chão. Já você, Ágatha... Uma estudante de veterinário, que só fala com uma única menina, que já não está nem aí mais para você. Perdeu uma oportunidade única de ficar comigo, mas o que você preferiu? Correr atrás de um jogador do Palmeiras, que nem deve gostar de você, só te usa mesmo. Eu tenho dó de você, Ágatha. — disse, me deixando com um nó na garganta.

— Isso é mentira. Você dá uma de "santo", mas na realidade essas suas palavras que você disse, essas coisas que saíram da sua boca, são você por completo, 100%. — digo convencida. E outra, você vai se arrepender, por que eu vou provar para você que isso é mentira. Você não pensa em nada antes de falar. — afirmo.

— Boa sorte com isso, Ágatha. — saí dali, com um certo nervosismo.

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