Em Teus Braços - Richard Ríos

28° Capítulo

Capital Paulista, São Paulo. 24 de Abril de 2023.

Chegamos em São Paulo ainda de noite, Caroline fez questão de me levar até o meu apartamento, e, como sempre, a são-paulina resolveu dormir na minha casa, já que estava cansada demais para dirigir até sua moradia, que ficava distante do meu apartamento. Acabei deixando.

Com isso, acordei já com o café da manhã servido na mesa da cozinha... E não podia negar, o cheiro estava divino, parece que Caroline realmente conseguiu fazer uma receita, pelo menos. Um verdadeiro milagre.

— Como me saí, dessa vez? — Caroline perguntou me olhando, esperançosa.

— Vamos ficar milionárias! — afirmo.

— Ficou ótimo, né?

— Mágica, é? Por que, meu Deus. Isso aqui está muito bom, Carol. — digo mordendo um pedaço da rosquinha, com cobertura de morango.

— Eu sou excelente nisso. — diz convencida.

— Caroline... Não precisava de tantos buquês de flores. — digo após avistar quatro buquês de flores em cima da mesa.

— Não, meu carinho por você é com abraços, brigas de clubes... Isso aí foi um dos funcionários que entregou esses buquês de flores. — respondeu me olhando.

— Quem mandou? — perguntei pegando um dos mesmos.

— Um admirador secreto?

— Você não tem jeito mesmo, né? Tem que ficar bisbilhotando coisa minha.
— balanço minha cabeça negativamente.

— Só foi apenas 01. — afirma.

— "Seu olhar no meu é tudo que me faz feliz", admirador secreto. — fechei o bilhete, indo pegar o outro buquê.

— Que fofo. — minha amiga diz fazendo um coração com as próprias mãos.

— "No livro da minha vida, você é a história mais bonita", admirador secreto, também. — peguei o bilhete do outro buquê de flores.

— Quem será que está por trás dessas mensagens lindas, hein? — Caroline perguntou, curiosa.

— Também quero saber. — abri o bilhete. "Você tem um sorriso lindo".
— deixo um sorriso escapar dos meus lábios.

— É o amooooor... — a interrompi.

— Último bilhete. — abri. "Sorriso verdadeiro, olhar sincero: Foi assim que você me conquistou", admirador secreto.

— Vamos abrir uma investigação para achar quem é esse admirador secreto. Mais, lembrando, já tenho minhas suspeitas. — afirma.

— Pode ser um pretende da faculdade.
— digo guardando os bilhetes.

— Ou pode ser o camisa 27 do Palmeiras. Nada é impossível.

— Ainda... — sou interrompida.

— É ELE. — gritou, animada.

— Pode ser... E não pode ser. — digo pensativa.

— Nada é impossível. — diz colocando suas mãos em meus ombros.

— Eu sei disso. Bem, vou guardar esses buquês de flores, e você, vai arrumar essa cozinha, por que não quero bagunça quando chegar. — digo autoritária.

— Nossa, pode deixar, mamãe. — diz a última palavra, debochada.

[...]

Adentramos a universidade, minha vontade nem era de estar aqui, ainda estava cansada por causa daquela viagem, que apesar de ser menos de 02 horas de voo de Minas Gerais para São Paulo, cheguei cansada, e quase não dormi, só de madrugada.

Tinha algumas pessoas formadas em um único círculo em volta de alguém, minha amiga, curiosa do jeito que é, me puxou, se aproximando do ponto de concentração das pessoas, que, em um instalar de dedos, um menino me puxou, me fazendo ficar de frente para o popular da faculdade, que estava ajoelhado, com uma caixinha aberta, que continha uma aliança muito linda.

Olhei para Caroline em míseros segundos, que tinha um semblante de surpresa, mais ao mesmo tempo, um olhar de desaprovação... Meu Deus.

— Meu coração já é seu, Ágatha. Espero que o seu coração seja também meu, então, só me resta lhe perguntar apenas uma coisa: Você aceita ser minha namorada? — perguntou com um sorriso em seus lábios, me deixando surpresa.

— ACEITA! ACEITA! — o círculo de pessoas gritava em um único som.

— Meu Deus. Tem misericórdia de mim, Senhor. — pedi, quase como uma oração, em um tom de voz baixo.

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