Ouvia o círculo de pessoas gritando "Aceita, Aceita", meus olhares, por pouquíssimas vezes, foram em busca da minha melhor amiga, que mantia sua expressão de desaprovação, caso aceitasse o pedido de namoro.
— Ágatha, sei que está surpresa, mas você aceita ser minha namorada?
— perguntou mais uma vez, com um semblante esperançoso.— Perdão, mas... Eu não aceito. — ouço todos se calarem, desacreditados.
— C-como? Ágatha, você tem certeza do que está dizendo? — levantou-se, com um certo nervosismo.
— Tenho motivos para isso. Mal trocamos uma palavra se quer, Bruno.
— alego.— Você sabe QUANTAS MENINAS queriam que eu fizesse isso para elas?
E você aí, desperdiçando essa oportunidade única. Eu posso te dar TUDO O QUE VOCÊ QUISER. — diz convencido.— Não me interessa isso. — afirmo.
— Isso é inaceitável. — cruza os braços.
— Realize os desejos dessas meninas, por que eu não preciso e nem quero.
— digo indo na direção da Caroline, que tinha um sorriso vitorioso em seus lábios.— Você está perdendo uma oportunidade única, Ágatha. — insistiu.
— Bruno! Ela já disse! E se você insistir, quem vai dar um tapa dentro dessa sua cara vai ser eu. — Caroline diz, apontando para o mais velho.
— Você... — o interrompi.
— Essa é minha decisão. Espero que você respeite. — digo com firmeza.
— Vamos, Ágatha. — Caroline me puxou, se afastando dali. Não esperava que o Bruno fosse pedir você em namoro. — comenta, enquanto andávamos.
— Parece até brincadeira. — cruzo meus braços.
— Você fez a escolha certa, sabia? É mais antes um jogador do que um popurlazinho insuportável. — afirma.
— Com certeza. — concordei.
[...]
Após longas horas ouvindo alguns professores explicando os conteúdos das matérias, além de ter assistido duas palestras sobre cuidados com os animais por quase 01 hora cada, finalmente fomos dispensados para ir embora da universidade.
Caroline tinha esquecido algum de seus livros que sempre carrega para passar o tempo no tédio, com isso, minha melhor amiga voltou até o auditório, onde possivelmente deve ter esquecido.
Mais uma palavra que define Caroline Costa Figueiredo: Esquecida.Fiquei esperando pela menina próximo ao veículo que estava estacionado, que no caso é dela, quando senti um cheiro de perfume entrar em minhas narinas, quando olhei, vi que Bruno estava em minha frente, com um semblante sério.
— O que você quer, Bruno? — perguntei o encarando, séria.
— Você só fez aquilo para mim fazer passar vergonha, não é? — cruza os braços.
— Não. É por que eu não sinto nada por você mesmo, nem se quer um sentimento de amizade existe. — respondi explicando.
— Tem certeza mesmo? — perguntou com um sorriso cínico em seus lábios.
— Absoluta. Eu não gosto de você, Bruno. E espero que você possa entender isso. — afirmo.
— Ágatha... — diz colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Não precisa mentir, meu bem... Eu sei que você me quer, eu sei que, assim como todas as garotas dessa universidade, você já quis ter algo comigo, amor. — afirma, convencido.
— Nunca, e afasta-se de mim. — ía sair de perto do mais velho, mais o garoto segura meus braços, com força.
— Fique comigo! — disse autoritário.
— Me solta, Bruno! Você tá me machucando. — digo olhando fixamente em seus olhos.
— Ágatha, você não sabe do que eu sou capaz... Fica comigo, ou caso ao contrário... — interrompido.
— Tá tudo bem, irmão? — ouço uma voz masculina perguntar, camisa 27 do Verdão, Ríos.
— Ué, jogadorzinho do Palmeiras? Você joga alguma coisa? Por que nem Mundial possuí. — perguntou em um tom de voz debochado.
— Diferente de você que fica fazendo sei lá o que, eu jogo sim. — respondeu cruzando os braços.
— Você sabe com quem tá lidando? Ah, ou quer que eu acabe com sua reputação que já é lá em baixo? — perguntou, soltando meus braços.
— Não me interessa com que eu lido, só deixa minha palmeirense em paz. — pediu, me abraçando de lado.
— Ágatha, você vai ter uma história para contar, pode ficar ligada. — avisa se afastando apressadamente, irritado.
— Voltei... Ops, não sabia que estava atrapalhando o casalzinho. — Caroline diz se aproximando.
— Não tava atrapalhando nada, Carol.
— digo com um sorriso, a olhando.— Você por aqui, Ríos? — minha amiga perguntou surpresa.
— É, Carolzinha... — sorriu.
— O que houve? — perguntou com uma das sobrancelhas erguidas.
— Converso com você no caminho.
— respondi.— Já encontrei o meu livro. Já podemos ir. — diz mostrando o objeto.
— Claro... — assenti. Obrigada por me defender, Ríos. — o olho, com um sorriso.
— Não foi nada. Tchau, palmeirense.
— se despede dando um beijo em minha bochecha.— Tchau. — entrei no veículo. Bora, Carol. — chamei pela minha amiga que estava falando algo com o jogador palmeirense.
— Bye, bye. — entra no veículo.
— O que você estava falando com ele?
— perguntei, cruzando meus braços.— Você fala de mim, mais é outra ciumenta também. — afirma, ligando o veículo.
— Só queria saber. — afirmo.
— Só estava falando com o Ríos para te defender mais vezes, quem saiba você precise, não é? — respondeu, sem olhar para mim.
— Você não tem jeito mesmo. — digo desacreditada.
— Best friend, linda. — manda um beijo no ar.
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Em Teus Braços - Richard Ríos
RomancePor causa de uma festa de comemoração por mais um título conquistado com muito esforço pela Sociedade Esportiva Palmeiras, Ágatha Fernandes conhece Richard Ríos, e desde essa comemoração, os dois vão viver uma verdadeira história de amor.