09° Capítulo

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Uma de minhas mãos estavam fazendo um carinho em sua nuca junto com uns fios de cabelos, o beijo foi encerrado, mais ainda sim, o meia-campista consegue dar um selinho rápido em meus lábios, e por fim, nos afastamos, com um sorriso estampado em nossos rostos.

Retorno o meu olhar para a janela, sentia meu coração ainda acerelado, e apenas uma voz na minha cabeça dizendo: "Ágatha, você acabou de beijar um jogador do Palmeiras." Eu estava parecendo aquelas meninas que tinham acabado de beijar o cara que tanto desejava por décadas.

O olho por míseros segundos, vendo um sorriso ainda em seus lábios, mais com um semblante de pensativo, logo o mesmo me olha, permitindo uma troca de olhares, e um silêncio de segundos, que foi quebrado pelo camisa 27.

— Perdão, Ágatha. — pediu me olhando.

— Tá tudo bem, Richard. — digo ainda com um sorriso em meus lábios.

— O primeiro jogo do Palmeiras vai ser contra o Cuiabá. — responde minha pergunta que tinha feito para desviar o assunto passado.

— No Allianz Parque? — perguntei.

— Sim. — confirma.

— Eu vou ver, eu quero muito ir no Allianz, faz um tempo que não vou...
— digo olhando para meu celular que estava em cima da mesa, desligado.

— Tenta ir, palmeirense. — diz com seu sotaque espanhol.

— Você vai estar escalado? — perguntei o olhando curiosa.

— Eu não sei, ainda falta 2 dias para o treinador ver e resolver isso.

— Espero que o Palmeiras ganhe.
— digo esperançosa.

— Nós vamos ganhar, Ágatha.
— afirma com um sorriso vitorioso em seus lábios.

— Não me faz sofrer igual aquele dia contra o Água Santa. 2 x 1 para eles.
— relembro fazendo o meia-campista olhar para um ponto fixo.

— Você acreditou até o fim? Ou achou que tudo estava perdido?

— Os dois 50%. Não me julga, estava com medo de sofrer nas mãos da Caroline. — justifico.

— Carolzinha é terrível contra o Palmeiras, eu sei disso. — me olha.

— E um furacão quando o São Paulo vence uma partida. — conclui.

— Verdade. — concorda. Mais o título queria o Verdão denovo. 4 X 0.

— É uma honra ser Palmeiras. — digo orgulhosa.

— E é uma honra jogar no Palmeiras.
— diz olhando para o escudo do clube que estava no lado esquerdo do seu moletom.

— Resumindo: As duas coisas.
— afirmo. Caroline? — perguntei quando vejo minha amiga se aproximar junto com Gómez. Você está melhor?

— Muito melhor. — afirma, sentando de frente para mim. Só foi uma falta de ar mesmo.

— Vocês já pediram algo? — Gómez pergunta nos olhando.

— Não. — respondi o olhando.

— Quem estão em um encontro são vocês. — Ríos afirma. Afinal, vocês vão partir para o namoro? — o camisa 27 joga essa pergunta nas costas do zagueiro e da minha amiga. 

— É... Ainda não sabemos. — Caroline diz olhando rapidamente para Gómez.

— Por que o interesse? — Gómez perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas.

— Por que vocês estão há tempos ficando, e eu pensei que quando você tinha me chamado, poderia ser isso.
— o meia-campista responde com um sorriso.

— Não, é por que... — Gómez pausa procurando por alguma fala. Eu pensei bem e queria que fosse um encontro entre melhores amigos, não é, Caroline? — perguntou olhando para a mais nova.

— Sim, sim. — confirma sorrindo.

— Mais o seu melhor amigo não é o Piquerez? O López? — Richard aparenta querer tirar informações do zagueiro.

— Mais eu considero você também, assim como todos os meus colegas.
— diz formulando as palavras em míseros segundos.

— Se você diz, ok. — diz apoiando o rosto na mão.

— Podemos pedir algo? — Caroline pergunta tirando o foco do assunto.

— Claro. — respondi olhando para minha amiga.

Dizemos que não foi um jantar entre melhores amigos como o Gustavo Gómez tinha falado, mais sim, um jantar de poucas conversas. Ríos mesmo não fazia questão de dizer uma palavra se quer, aposto que o camisa 27 deve estar desconfiado de Gómez.

Eu já tinha montado todas as peças do quebra-cabeça, e Caroline que terá que me dar boas explicações sobre. Aos poucos fomos nos despedimos, após sair do estabelecimento, entramos no veículo de Caroline, no qual estava estacionado, e fomos embora do local.

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Em Teus Braços - Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora