41° Capítulo

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Ágatha Fernandes

Já íamos completar quase 02 semanas de namoro. Estou feliz com isso, nosso relacionamento está caminhando muito bem, como tudo planejado.
Nunca vivi algo parecido assim, só alguns ficantes passageiros, mas dessa vez é diferente. Um relacionamento sério, com alguém que quero estar ao lado para sempre.

E quem também está em um verdadeiro mar de flores é Caroline. Ao longo desses dias, Gómez pediu a são-paulina em namoro no Parque Ibirapuera... E desde aquele dia, os dois só vivem grudados, só ficam separados por causa que o mais velho precisa treinar, mas caso ao contrário.

Caroline usava um look da cor cinza, com isso, atraímos olhares de alguns palmeirenses nas arquibancadas... Mas parecia que minha melhor amiga estava para mais "e que se exploda, não estou nem aí."

O Palmeiras havia empatado com um gol de pênalti, no placar agregado. Uma esperança surgia no meu coração, mesmo que seja mínima, afinal, o Verdão havia perdido para o Fortaleza, no Ceará, pelo placar de 1 x 0.

Gómez marca um gol... E, o que já não é novidade, Caroline quase desce até o campo, para comemorar junto com o namorado. O rapaz faz um sinal que consegui traduzir: Eu amo você, linda.

— EU TAMBÉM AMO VOCÊ, GÓMEZ.
— gritou aos berros, com um sorriso.

— Caroline! Calma, pelo amor de Deus.
— pedi, a olhando, sorrindo.

— Não é toda vez que você consegue ver o seu namorado rival fazendo um gol dedicado para você, né. — afirma.

— Que? — perguntei, incrédula. Já tem mais de dois, três gols. — afirmo.

— Mas sempre é bom mais. — diz, convencida.

— Palmeiras, você não pode facilitar, por favor, alguém faz mais algum gol para o Verdão? Por favor, Deus. — pedi, quase como uma oração.

— O Fortaleza vai empatar. — Caroline interrompe minha oração.

— Caramba, Caroline! Para de ficar torcendo para o adversário. Nem é seu time, pelo ao contrário, é rival também.
— afirmo, séria.

— Hoje é meu amigo. — afirma.

— Meu Deus. — digo, aflita.

Os minutos foram passando, apesar das oportunidades, nenhum gol saía, nem para o lado do Fortaleza, muito menos para o lado do Verdão. E o medo do adversário empatar é maior do que qualquer coisa. Oh, Deus.

Senti meu coração errar as batidas, uma alegria imensa correr pelo meu corpo. A torcida palmeirense comemorando mais um gol do Verdão... É ele... O responsável pelo terceiro gol para, talvez dar a certeza de que estávamos nas quartas de final.

O camisa 27 faz as letras do meu nome, além de fazer um coração com as próprias mãos na minha direção, vejo Piquerez abraçá-lo de lado.

— Eu também amo você. — fiz um coração com as próprias mãos, retribuindo seu gesto.

— Que fofos! — minha amiga diz com um sorriso em seus lábios. Tinham que ser um casal perfeito mesmo. — afirma.

[...]


Aguardamos uma autorização para ver os jogadores, assim que fomos autorizadas, saímos das arquibancadas, indo na direção onde os mesmos estavam. Havia algumas pessoas que acredito que sejam familiares de alguns dos jogadores no lugar.

Caroline não perde tempo, indo ao encontro de Gómez, que mexia em seu celular. Procurei o Ríos pelo lugar com os meus próprios olhos, mas não o encontrei. Me aproximo do casalzinho, com um sorriso.

— Parabéns pelo gol. — parabenizo, olhando para o camisa 15.

— Obrigado, Ágatha. — agradece, com um sorriso em seus lábios. O Ríos está dando uma entrevista para uma emissora de televisão. Já, já ele deve estar por aqui. — avisa.

— Claro. Entendi. — assenti.

Me afastei do casalzinho apaixonado, que estava aos beijos. Meu Deus. É muito grude para um casal só. Mas eles são muito fofos juntos, combinam 100%. Demais. Não há dúvidas.

Me afastei das movimentações, ficando em um ponto que dava para visualizar todo o lugar. Avisto o Ríos, sua expressão demonstrava cansaço, mas ao mesmo tempo mantinha um sorriso estampado em seus lábios. Antes que pudesse mover um só passo, o jogador palmeirense vem até mim.

— Desculpa te deixar esperando. Tava sendo entrevistado. — diz, me dando um selinho rápido.

— O Gómez me disse. — assentiu. Ei, obrigada pela homenagem, viu? Você é muito fofo. — faço um carinho com meu polegar em seu rosto.

— Eu faria mais, minha palmeirense!
— deixa um beijo na minha testa. Eu tô um pouco cansado, vou ter que ir embora pra casa agora.

— Uhum. Depois ligo pra você. — afirmo, sorrindo.

— Beleza. Se cuida. — sela nossos lábios em um beijo demorado, logo se afasta de mim, sumindo do meu ponto de vista.

— Ágatha, vamos? — Caroline instala os dedos.

— Hm? Ah, sim. — concordei.

_________

Sexta Nota

Eles são muito fofos juntos, sério ❤ Caroline quase desce no campo 👍 Todo mundo tem essa amiga "maluquinha".

Em Teus Braços - Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora