Uma Noite para Perder Tudo

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Ficamos nos encarando em silêncio até ele se afastar. É sério que acabamos de literalmente fazer um acordo? Eu não tenho mais nada a perder, apenas aceitei. No resto a tarde, coloquei meus lençóis pra lavar também, porque não cheirava nada além de cerveja. Matheus também foi tomar um banho e eu devolvi pra ele aquelas roupas que ele tinha me emprestado, e já estavam lavadas aliás.

Fizemos algo pra comer, decidi arrumar toda a bagunça que tinha lá, lavei mais roupa, estendi, e tudo isso com a ajuda do meu escravo, claro. Todas essas coisas já tinham dado grande parte do dia, só comi umas besteiras depois e já tinha dado 18h00.

Fiquei largado no sofá durante esse tempo, até dar 19h00.

Matheus: Vamo?

John: Pra onde? — Ficamos nos encarando... Ele fez uma cara neutra — Ah, é...

Comecei a rir da minha própria lerdeza enquanto levantava do sofá, e ia até o quarto pra colocar o tênis. Depois desliguei as luzes e saímos do prédio, A PÉ!

Matheus: Se você tivesse um carro, a gente não precisaria pegar um ônibus.

John: Ah, tá.

Matheus: Aliás, a gente não precisaria nem estar indo pra minha casa, porque a gente podia fazer isso no seu carro.

John: Que horror, Matheus.

Matheus: Horror por quê?

John: Sexo no carro?

Matheus: É, ué. — Ele dizia com tanta naturalidade, que me fez até rir — O quê tem?

John: Deve ser desconfortável.

Matheus: Depende do tamanho do carro. Tipo, o meu... Não é enoooorme, mas daria pra fazer algumas posições, né?

John: Misericórdia, que constrangedor...

Matheus: Ah, você não entende de nada.

John: LÓGICO QUE NÃO! OLHA COM QUEM VOCÊ TÁ FALANDO!

Matheus: Relaxa, eu te ensino tudo.

John: Ah, pronto...

Agora sim eu fiquei mais nervoso ainda... Ansioso, pra ser mais direto. Pegamos o ônibus e meu corpo todo estava inquieto. A ansiedade quer tomar conta do resto da minha noite, mas eu tô tentando evitar ela! Não tá dando muito certo...
Chegamos na casa do Matheus, e lá eu bebi um copo de água bem cheio e relaxei... Pelo menos tentei.

Respirei bem fundo e Matheus me chamou. No quarto, já comecei a imaginar toda a cena na minha cabeça e com isso um sorriso cresceu no meu rosto. Tirei o meu tênis e Matheus pegou minha mão, me puxando pra cama, deixando eu em baixo dele. Ainda estávamos de roupas, claro, mas eu já me sentia bem próximo e confortável... Foi apenas um momento para relaxar, é só então, Matheus decidiu se encarregar da situação, porque ele sabe que eu não faria nada se ele não fizesse.

Ele me beijou gentilmente, e eu imediatamente comecei a sentir borboletas no estômago. Matheus me puxou para mais perto, passando sua mão por todo o meu corpo. Ele me queira tanto, e eu sei disso. Continuou me beijando, passou seus lábios pra minha bochecha, depois desceu pro meu pescoço, "coçando" suavemente minhas roupas enquanto passava as mãos sobre elas. Fechei meus olhos, sentindo um arrepio agradável por todo meu corpo, um gemido suave escapou de meus lábios, e eu já não estava mais preocupado com nada.

Eu soltei um suspiro forte, enquanto soltava uma risadinha aos beijinhos dele, quer por alguma razão, agora me davam cócegas, mas não de uma forma perturbadora... Agarrei o lençol, apertando-o firmemente. Consegui escutar Matheus rindo de volta entre os beijos, e afastou lábios da minha pele. Ele se afastou de mim, começando a tirar a minha camisa... Nessa hora, até tampei meu rosto com minhas mãos, rindo, de tanto constrangimento.

O Coração do Virgem Nunca AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora