Quando Bate Aquela Saudade

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Realmente aconteceu o quê Matheus pediu. Tive que ficar conversando um tempo com ele, e até que não demorou muito pra ele pegar no sono... Mas gostei daquele momento, não foi nada ruim eu ir dormir logo depois de ter uma conversinha agradável com ele...

Fim de semana, 25 de Novembro, achei que seria uma bom dia pra Matheus ir ter outra conversa com o pai dele, porém como dito antes, o número do pai dele era privado, então Matheus não conseguia ligar de volta de jeito nenhum, ninguém conseguia. E não tinha mais nenhuma forma de contato além dessa, então se for pra conversar, o pai dele que tem que chamar... Mas enfim!
11h00 minha irmã me mandou uma mensagem, dizendo que era pra eu estar na casa dela às 12h30 em ponto! E que o Matheus poderia ir comigo se quiser, não era necessariamente algo bem pessoal... Isso foi de repente, fiquei até um pouco preocupado, mas aceitei, né, não tinha nada pra fazer.

Mandei uma mensagem para Matheus e 12h20 nos encontramos em um ponto de ônibus próximo a cada da minha irmã, e fomos pra lá andando, era pertinho. Chegando lá, minha irmã estava na calçada, com as mãos no bolso, e olhando ao seu redor... Parecia agitada.

Júlia: Oi! Vocês chegaram...

John: Oi. O quê você tá fazendo aqui fora nesse frio? — E estava frio mesmo! Eu colocaria uns dois moletons e ainda não seria suficiente.

Júlia: Tava esperando vocês...

Matheus: Poderia esperar lá dentro, né.

Júlia: Táaaa!

John: Enfim, por que chamou a gente aqui?

Júlia: Ah, eu queria dar uma saidinha, sei lá...

John: Ah... — Franzi minha testa — E o Felipe?

Júlia: Eh... Não existe mais.

Fiz uma cara ainda mais confusa e arregalei meus olhos! Olhei rapidamente para Matheus, e sua reação não foi diferente da minha.

John: Quê? C-Como assim?! Vocês terminaram?...

Júlia: Mhm...

Matheus: Tá zoando, né?

John: Meu Deus... — Coloquei minhas mãos na boca, surpreso — Mas como?! Vocês brigaram?

Júlia: Não... Só não tava dando certo mesmo...

John: Como assim, Júlia...?

Júlia: Só isso, Jonatha! Quer dizer... — Suspirou — Desculpa, tô estressada...

John: Tudo bem, mas... Como você tá se sentindo, foi ele que terminou?

Júlia: Foi... E eu não tô muito bem, por isso eu queria sair com vocês, para me distrair...

John: Ah... T-Tá bom, a gente pode sair, sim...

Júlia: É... Eu tenho que aceitar, não posso fazer nada sobre isso...

John: Tudo bem, relaxa... A gente pode fazer alguma coisa para você se sentir melhor... Tem alguma ideia?

Júlia: Não...

Olhei para Matheus e ele ainda parecia estar surpreso pelo término de minha irmã, mas realmente não tem muito a se fazer... Eu mesmo acho que "não está dando certo" não é um motivo bom para terminar um relacionamento, mas não posso interferir nisso, já aconteceu... Tentei pensar em algo, e olhei pra minha irmã de novo... Ela agora estava com seus lábios selados, parecia estar segurando uma risada. Estreitei meus olhos, lembrando que ela é do tipo fingir que todo dia é o dia da mentira... Sinto cheiro de pegadinha...

Júlia então olhou para a rua, e foi quando ouvi o baralho de um carro se aproximando... Olhei pra trás e era o carro de Felipe. Soltei uma risada e tampei meu rosto. Quando ele saiu do carro, olhamos pra ele com umas expressões não tão casuais... Matheus parecia no mundo da lua, eu rindo por dentro, e minha irmã segurando sua risada.

O Coração do Virgem Nunca AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora