Pra Você Guardei O Amor

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Enfim, sábado foi o dia que fomos a delegacia, mas depois que voltamos, nada aconteceu. Aliás, não dá para confiar na justiça desse país, garanto que serão meses até o dia do debate, então nem espero muito. Mas, bom... O dia se passou, como citei anteriormente, voltei para casa de Matheus e eu já estava cansado, como sempre estou, mas agora eu me sentia mais cansado! E não só fisicamente, mentalmente também, com uma puta dor de cabeça.

Fomos dormir. Além do mais, estava um calorão essa noite. Matheus chegou ao ponto de decidir dormir sem camisa, e eu não reclamo disso, óbvio que não... Ainda mais porque eu durmi com minha cabeça no peitoral dele, e sentir meu toque em sua pele é a coisa mais magnífica que eu poderia ter... E nos dois sentidos. E por conta do calor, a pele dele ficou mais quentinha, mas um quentinho aconchegante pra mim, e não aquele quente infernal, por mais que eu prefira o frio.

E estar ao lado dele já alivia um pouco a dor de cabeça que sinto, que é coisa que os remédios que tomo não faz tão rápido... Porém, isso já é mais do que óbvio.
Consegui pegar no sono tranquilamente, com o peito de Matheus subindo e descendo gentilmente a cada respiração, e eu até podia escutar um pouco do seu batimento cardíaco. A minha vontade é de nunca sair dessa cama, ou de nunca acordar! Mas acordei. No entanto, em um lugar diferente, eu posso dizer...

Era um sonho? Parecia ser um sonho, mas ao mesmo tempo não. Era um lugar escuro, mas tinha uma luz que parecia apenas me iluminar. Ao mesmo tempo que parecia um sonho, parecia a realidade, já que eu me sentia totalmente consciente, diferente de outros sonhos que às vezes sinto como se não pudesse controlar minhas ações, ou eu estar me assistindo em 3º pessoa, mas nesse eu me sentia como... Eu.

Bem, isso tudo entra na suposição de ser um sonho, mas e se não for?! Isso nem faria sentido, como vim parar aqui??? Decidi calar meus pensamentos e agir... Dei um passo pra frente, e aquela luz me seguia, como se eu fosse o centro mesmo. Continuei andando, de algum jeito sem medo, até outra luz aparecer... Parei em prantos e permaneci imóvel, até eu poder enxergar alguém chegando... Estreitei meus olhos pra saber quem é, já que naquela escuridão era algo impossível... Dei mais um passo a frente, e essa pessoa chegou em baixo da luz, de olhos fechados, assim conseguindo fazer eu a enxergar e a reconhecer por completo...

John: Mãe?!

Ela abriu suas olhos, e sorriu até a ponta de suas orelhas... É, isso é mesmo um sonho... Mas como ainda estou aqui?! Não dizem que se você estiver sonhando, e perceber que estar sonhando, você acorda imediatamente com um susto!? Tenho que ficar atento pra esse susto a qualquer hora!

Mãe: Oi, querido!

John: É você mesmo...?

Mãe: Quem mais seria? — Ela dizia em um tom brincalhão e entusiasmatico, e se aproximou — A não ser que eu tenha uma irmã gêmea.

John: V... V-você... V-V... V-Vo...

Mãe: "V-V... V-Vo... V-você... V-V-V-Você..." — Me imitou.

John: É VOCÊ MESMO!

Mãe: Já disse, a não ser que eu tenha uma irmã ge-- — Interrompi a fala dela com um abraço imediato — Já falei que não curto abraçoooss... — Mesmo assim, ela me abraçou de volta.

John: Ah, e-eu... Eu! Eu não sei o quê dizer, e-eu...

Mãe: Hah! O quê houve, Jonatha? Ficou gago e não tô sabendo?

John: Ah! — Quebrei o abraço — Não me chama assim!

Ela levantou uma sobrancelha, colocando as mãos na cintura.

John: Ah... Tinha até esquecido da sua incrível frase de "motivação"...

Mãe: Exato! — Ela sorriu de novo — Eu te dei esse nome, só eu posso tirá-lo!

O Coração do Virgem Nunca AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora