Vem Quente Que Eu Estou Fervendo

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Quando chegamos no tal hotel com M, realmente tinha Netflix lá, porém teria que conectar uma conta pra assistir, o quê é bem óbvio. Então o "tem Netflix" só quer dizer que tem o aplicativo, e não que poderia usar, tipo, de graça, infelizmente.
Mas enfim, não foi bem pra isso que fomos pra lá, é claro. Porém antes de acontecer a grande situação, fiquei vasculhando o cômodo inteiro, pra encontrar alguma diferença entre lá, e um quarto de um hotel.

Basicamente a diferença era a cama milímetros maior, e as luzes mudavam de cor... Duh, isso nem é novidade. E também parecia bem mais... Aconchegante... Eu quase parecia uma criança toda curiosa, andando de um lado pro outro em um território novo, literalmente.

Matheus: Já acabou, Jéssica?

John: Aqui tem câmeras de segurança? — Olhei para os cantos do teto.

Matheus: Lógico que não, John...

John: E se alguém abrir a porta?

Matheus: Tá trancada...

John: E se alguém bater na porta?!

Matheus: ...

John: E se escutarem a gente...?

Matheus: John, isso não vai acontecer!

John: Mas se acontecer?!

Matheus: Por que você tá tão nervoso~? Confie em mim.

John: Ah... Então tá.

Matheus: Nossa, tô te convencendo bem rápido ultimamente.

John: Depende da situação.

Matheus: Então nessa situação você se entrega fácil? Depois diz não ser uma puta.

John: EU NÃO SOU-... — Soltei uma risadinha, minha voz enfraqueceu com isso — ...uma puta...

Matheus: Vem cá e me prove o contrário então.

Não preciso citar seu tom tão natural soltando isso, isso me deixa tão ansioso e nervoso... Mas em um bom sentido talvez.
Matheus já estava sentado na beira da cama, andei lentamente até ele e sentei em seu colo. Minhas mãos foram para a nuca dele, e as suas para minha cintura. Meus lábios tocaram os dele, e estavam tão molhados, e eu até pude sentir um calor diferente com esse toque, acabei soltando suspiros fortes de prazer dentro de sua boca.

Em menos de minutos, eu já me encontrei de barriga pra baixo sobre a cama, totalmente submisso e... Sem misericórdia. E agora eu não precisava hesitar nos barulhos, não é mesmo? Já que das outras vezes estávamos em lugares meios restritos... Na casa do Matheus, o medo dos vizinhos escutarem era enorme! No meu apartamento então? Esse medo aumentou 100x mais. Bom, das duas vezes que aconteceu na viagem pra casa do meu irmão, a primeira estávamos fazendo isso enquanto a festa rolava! E quase fomos pegos, alias. E na segunda, estávamos na tal casa alugada, E TINHA GENTE DORMINDO EM OUTROS QUARTOS LÁ! Então... Meio que agora eu poderia... Me libertar...? Ou me liberar? Ou apenas me soltar mais.

E quando eu citei que estava sem misericórdia, eu estava sem misericórdia mesmo! É como se Matheus tivesse aproveitado o ambiente pra me fazer sofrer como nunca fez. Mais um pouco eu perderia o sentido das minhas pernas. E eu poderia simplesmente pedir pra ele parar, né, mas acha que eu queria? Uh, odeio admitir isso...

John: Ah! M-Matheus...

Matheus: Hmm?

Apertei o travesseiro com minhas duas mãos, meus dentes se cerraram, e meus dedos do pé começaram a se contorcer, pelo fato de eu já estar aguentando demais.

John: Mm...! Mais... Ah... Mais rápido...

De imediato, já pude ouvir ele soltar uma risada, e essa risada me fez sentir um sentimento de arrependimento por ter feito o pedido. Mas não posso negar nada, realmente sou outra pessoa agora. Meus olhos se arregalaram ligeiramente, e Matheus abaixou sua cabeça, deixando-a próxima ao meu ombro. Virei a minha pro lado e consegui ver seu rosto, lutando pra não fechar os olhos, que é algo que estava prestes a acontecer.

O Coração do Virgem Nunca AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora