Nota:
Desculpem a demora, estou sem tempo de escrever, consegui fazer esse capítulo aos poucos, então pode estar bagunçado. Como não tive muito tempo para revisar, peço que reportem os erros e incoerências.
Boa leitura!Não sei o que é mais fácil, correr ou ficar.
Não sei nem de quem é a voz que me diz para ir. Marinette? Que morre de medo de investir em Adrien? Ou LadyBug? Que é forte o suficiente para recusar o homem que mais deseja, apenas por não concordar com a atitude dele?Não sei.
Nesse momento eu amo e odeio Adrien, mesmo sabendo que não temos nada. Nenhum compromisso além da amizade, nada além do tesão momentâneo, que aparentemente ele nem faz questão de saciar comigo, preferindo foder uma quase estranha.
— tudo bem? — Adrien sussurra, se sentando para tomar meu rosto nas mãos.
Não sei quanto tempo fiquei parada, ou que cara estava fazendo enquanto apaguei, mas o sorriso de Adrien me faz derreter novamente. Suas mãos puxam meu rosto para o seu, a boca tomando a minha de forma tão doce que afasto aquelas besteiras da cabeça.
Quem se importa se ele não beijou Marinette, quando beija LadyBug desse jeito? Eu sou as duas!
Quando dou por mim é Adrien quem está por cima, ajoelhado, e tenho que erguer o rosto para beijá-lo, enquanto os dedos deslizam por minha nuca, acariciando minha orelha, então desce pela lateral do meu pescoço, e para frente, até que encontram o cursor do zíper.
Até a forma como abre meu uniforme é erotica. Seus dedos deslizam por minha pele, logo acima do cursor, provocando calafrios que fazem meu corpo estremecer de prazer. A agonia piora a cada centímetro que desce, me fazendo afastar os lábios dos dele em um gemido mudo.
— não — ele diz, e olha acusadoramente para minha mão em seu ombro, e percebo que o estava apertando — se está tão ansiosa pelas algemas, é só pedir.
— estou muito ansiosa — respondo, por mais que saiba ser errado.
Um último puxão e o zipper está aberto. Os olhos de Adrien ameaçam fazer com que me derreta.
Não nos encontramos com frequência, o que me faz imaginar o que pensará da próxima vez que me ver. Mas eu o vejo todos os dias, mesmo que ele não saiba, como vou sobreviver ao trabalho depois de fazer essas coisas? Mas como sobreviveria antes disso? Depois da festa?
— eu quero as algemas, agora mesmo — digo, mais convicta do que me sinto.
— tire a roupa — ele sorri e se afasta, saindo da cama, e tenho uma visão linda de suas costas e bunda.
Observo Adrien sumir por uma porta, que imagino ser um closet, e tiro o uniforme rapidamente. Me sinto estranha por esperá-lo nua em sua cama. É pouco natural, mas apenas porque nunca fizemos isso antes.
Não sei como esperar, então troco várias vezes de posição, até que puxo seu lençol, deitando de lado com ele entre os joelhos, escondendo tão pouco meu corpo que mal parece ser a intenção.
Adrien volta, trazendo mais do que as algemas. Camisinhas e lubrificante são colocados ao meu lado na cama, mas as algemas permanecem em suas mãos.
Nunca usei algemas, mas parece extremamente excitante.
Seu olhar incendeia enquanto me observa, e acho que nunca me senti tão nua, nem mesmo quando segura a ponta do lençol e o puxa lentamente, revelando um único seio coberto.
O lençol é muito macio, e desliza em minha pele como uma carícia. Adrien o puxa tão lentamente que fecho os olhos e sorrio enquanto ele me despe.
— Posso?
As algemas refletem a meia luz do quarto, nada ameaçadoras, e concordo com um aceno, erguendo as mãos até a cabeceira da cama.
— nunca usei algemas — sussurro quando seus dedos deslizam em meu pulso. O som seco da trava me provoca um calafrio, juntamente com um forte palpitar. É excitante confiar em alguém nesse ponto.
— prometo que vai ser divertido. E se não gostar, você pode se livrar delas rapidinho.
Outra vez esse sorriso sacana, e tudo o que posso fazer é assentir.
Há algo de libertador em estar nua e presa, à mercê de outra pessoa. Talvez não me sentisse assim sem a máscara, mas como LadyBug é algo incrível.
Adrien me olha com tanto desejo, me admirando como se não acreditasse que eu estou realmente aqui. Nem eu acredito que realmente estou aqui.
Suas mãos sobem minhas pernas, não suaves, firmes, apertando enquanto avança lentamente. Me faz desejar uma de suas massagens, mas uma em que eu esteja assim, nua, mas não necessariamente presa.
Tudo o que posso fazer é suspirar de olhos fechados, segurando a curta corrente das algemas para conter a ansiedade.
Seu avanço lento ameaça me enlouquecer, mas logo sou recompensada com seus dedos, deslizando entre minhas pernas sem cerimônias, me fazendo perder o ar.
Ele se reclina sobre mim, a boca quase encostando na minha enquanto me olha, tornando respirar uma atividade muito mais difícil.
A poucas horas eu estava deitada no sofá, imaginando exatamente isso: os dedos de Adrien substituindo os meus. Como se tivesse meu manual, ele me toca em todos os lugares certos.
Por um momento estou de volta aquela sala. Observando Adrien atrás da mesa de carteado. Sei o quanto ele gosta de olhar. Conheço sua expressão de prazer, a forma como suas sobrancelhas quase se unem quando goza, como os lábios se afastam. Imagino nós dois naquele sofá, se ele tivesse decidido me ajudar, em vez de sair. Um fim totalmente diferente para nossa noite.
Seus dedos me pressionam com exatidão assustadora, brincando em mim como se fosse algo normal. Sei que estou perdida quando outro orgasmo se aproxima, uma coisa selvagem, desesperada, porque por mais excitante que seja, apenas seus dedos não são suficientes.
— vem logo — imploro, para ele, mas também para o Adrien da festa.
— quanta pressa… — ele ri, mas já está tateando o lençol à procura do preservativo.
Tento abafar o grito de satisfação quando me invade com uma estocada forte.
Tão…
Tão…
Tão bom.Cada estocada é melhor que a anterior. Cada vez que mergulha em mim me faz perder o ar, a razão. É tudo o que eu queria, e muito melhor do que imaginei, como se nossos corpos se encaixassem perfeitamente. Como se fossemos íntimos.
Sinto sua respiração a cada investida, seu corpo me pressionando contra a cama, uma mão acariciando suavemente minha nuca, enquanto a outra aperta exigente minha bunda. Não posso usar as mãos, então apenas envolvo suas coxas com minhas pernas e tento não apertá-lo nos picos de prazer.
Me deixar prender pareceu excitante no início, mas não era nada parecido com o que é agora, com Adrien em mim desse jeito. É torturante e delicioso não poder usar as mãos, saber que sou mais forte e que ainda assim estou à sua mercê.
Seu ritmo acelera quando Adrien se coloca de joelhos. Sua expressão fica quase feroz, os dentes cerrados enquanto me fode com força. Tento ficar de olhos abertos, mas o orgasmos que me consome faz meu corpo contrair e esticar, acompanhando as estocadas.
— Ah ah Adrien! — sussurro, ou grito.
Levo as mãos a suas coxas, implorando que continue enquanto o orgasmo se estende infinitamente, cada onda de prazer mais intensa que a anterior.
Estou ofegante quando ele se deita ao meu lado na cama, sorrindo como um garoto comportado, não como alguém que algema super heroínas na cama. Sorrio de volta, erguendo um dos pulsos para exibir a algema partida.
— acho que estraguei seu brinquedo.
Seu riso suave me deixa sem fôlego, e Adrien se aconchega contra mim ao tentar alcançar a chave na cômoda.
— não achei que ela fosse sobreviver, mas vamos ter que arrumar alguma posição mais segura para continuar. Algo que impeça você de usar as mãos.
— sei exatamente como resolver esse problema.
Me viro de bruços, e assim que ele me dá espaço, me coloco de quatro em sua cama.
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Indecente
FanfictionIndecente. Totalmente errado. Um absurdo. E ainda assim lá estava ela, trancada naquele banheiro minúsculo enquanto gemia o nome de ChatNoir. As roupas jogadas no chão enquanto cravada as unhas na própria coxa.