Me sinto meio embriagada, pelos vários copos do vinho caro, pelo gosto de sua boca, e pela idiotice que finalmente estou fazendo.
— isso parece errado? — sussurro entre seus lábios, e ele nega com um gemido.
— agora não... mas podemos pensar diferente amanhã.
Chatnoir volta a me beijar, fazendo meu corpo derreter, e preciso resistir à tentação de me deitar ali no chão.
Sua mão avança mais em minha cintura, acariciando com as unhas minha lombar, e preciso mais dele, como tenho precisado a semana toda.
Subo em seu colo, ficando de joelhos sobre suas coxas duras para beijá-lo de cima.
Definitivamente aquilo não era o ideal: ainda sinto o gosto de alho do jantar, o que não é a impressão que quero passar em um primeiro beijo; estou meio embriagada, embora ele também esteja; e podemos nos arrepender depois, mas isso é um problema para a Marinette do futuro.
Tento ignorar todos os contras, mas minha consciência parece sussurrar em meu ouvido.
"pare, Marinette"
Os braços dele me apertam contra si, as mãos espalmadas em minhas costas.
"você está usando uma máscara para transar com ele, só porque ele não quis fazer o mesmo com você"
Meus dedos deslizam por seus cabelos; lisos, sedosos, perfumados, ignorando a voz sensata que tenta me fazer mudar de ideia.
"ele te superou a muito tempo, e você se joga no colo dele, implorando pra que te coma"
Sua boca desce por meu pescoço, me fazendo arfar e contrair a pélvis, me esfregando nele involuntariamente.
"Você não se importa com o que isso vai fazer a ele?"
— Chat...? — meu gemido faz com que volte a me olhar, e por um momento me pergunto se ele vai recuar — eu gosto de outra pessoa, você gosta de outra pessoa, certo? só para ter certeza que estamos na mesma página.
— Claro — ele sorri, voltando a me beijar, agora mais devagar — só hoje — sua língua apenas toca a minha levemente, a cada palavra — não vai... acontecer... de novo.
— uhum... como... amigos. — respondo entre beijos.
A língua de Chatnoir roçando na minha faz com que as dúvidas sumam. Tudo o que importa é sua presença, seu cheiro delicioso, a textura de seus lábios, o formato ganhando volume no uniforme apertado.
Desço as mãos meus por seu peito, abrindo o zíper de seu uniforme sem poder olhá-lo, apenas a lembrança de seu show particular me guiando por seu corpo.
Minha vontade é me afastar, admirar enquanto o couro negro dá lugar à pele clara, gravar na memória suas curvas, como fiz quando se mostrou para mim.
Me parece que isso é exatamente o que Marinette faria, e não quero parecer a mesma pessoa, então finjo desinteresse enquanto empurro suas mangas pelos braços torneados, e me permito apenas uma breve espiada enquanto me ajeito em seu colo para abrir ainda mais seu zíper.
Chatnoir geme em minha boca enquanto meus dedos tocam suavemente sua ereção, me incentivando a prosseguir.
Aninho-o em minha mão, abraçando da melhor forma possível apesar da posição, e movimento aos poucos como quis fazer quando se masturbou para mim.
Seus olhos se fixam no movimento de sobe e desce, e me permito olhar também. Minhas luvas vermelhas deixam ainda mais obsceno o ato, me fazendo desejar termos mais luz, ou um lugar mais reservado.
Sua mão segura a minha quando tento aumentar a intensidade, me pedindo silenciosamente que parasse. Desliza por meu uniforme, me fazendo arrepiar conforme abre minha roupa e expõe minha pele ao ar frio noturno.
Sua boca quente me faz arder quando meu seio é sugado com vontade. Os braços ao redor da minha cintura me puxam para mais perto, me fazendo pressioná-lo sob meu uniforme, e naturalmente me esfrego nele, apertando seus cabelos enquanto aproveito a agonia e o prazer, deixando que minha cabeça penda para trás no orgasmo que me faz pressioná-lo contra meu peito.
A sensação delirante alivia o suficiente para que eu possa me afastar, libertando meu seio com um som molhado que faz nós dois rirmos antes de voltarmos aos beijos.
Me ajoelho entre suas pernas, puxando seu uniforme e me movendo para baixo, até deixá-lo completamente nu, pronto para que o monte.
Somente então me dou conta de algo importante, algo que faz meu estômago revirar de ansiedade.
— Chat... você tem camisinha?
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Indecente
Fiksi PenggemarIndecente. Totalmente errado. Um absurdo. E ainda assim lá estava ela, trancada naquele banheiro minúsculo enquanto gemia o nome de ChatNoir. As roupas jogadas no chão enquanto cravada as unhas na própria coxa.