Ninguém faria algo tão idiota assim

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Depois do almoço insisti em dar uma caminhada no parque em frente ao restaurante, carregava uma sacola de papel com um pedaço daquele bolo que comemos na sobremesa, e que comprei para ela, já que parecia ter gostado tanto. O bolo era realmente incrível, mas eu sabia que não foi ele que a fez ver estrelas.

A tarde estava agradável, ainda mais depois daquele almoço especial, que tinha me deixado de muito bom humor, e deixado Mari incrivelmente à vontade em minha presença, algo que eu não ficava a um bom tempo.

Aquela altura já tínhamos decidido todas as coisas importantes da festa, e ela tinha se prontificado a fazer as reservas e encomendas, enquanto eu convidaria as pessoas, e nos sentamos em um banco sob as árvores. Apesar da conversa agradável, eu queria aquela sensação novamente, queria ver aquele brilho nos olhos de Marinette, o controle que ela tentava manter, e a forma como disfarçava o orgasmo. Mas não sabia até onde deveria brincar com ela, o quanto ela aguentaria daquilo sem entregar o que estava acontecendo.

Eu estava apenas procrastinando a volta ao trabalho, tomando sorvete depois de almoço e sobremesa, mesmo que ela tivesse recusado o gelato, simplesmente não queria voltar.

Me sobressaltei quando ela tirou uma foto minha, e quando pedi para olhar, se recusou, então senti meu celular vibrar no bolso, e o tirei com cuidado, junto do controle. Notei os olhos dela naquela coisinha rosa, e o coloquei em cima da perna, disposto a deixar que ela o tomasse de volta, se tivesse coragem.

- a foto está ótima - falei - quem sabe devêssemos te contratar como fotógrafa também. Você pode desenhar, costurar minhas roupas e tirar as minhas fotos.

- talvez eu seja tudo o que você precisa. - ela riu, e concordei com ela em pensamento, talvez ela realmente fosse tudo o que eu precisava. - do que será isso aqui, em?

Seus dedos roçaram levemente minha perna quando pegou o controle, fingindo analisá-lo, então apertou o botão, e apertou novamente.

Notei imediatamente a forma como ela alinhava a coluna, se arrumando no banco ao meu lado. "Então ela ainda quer brincar? " pensei, sorrindo para ela.

- tenho um palpite, mas provavelmente está errado. - terminei o sorvete, amassando o papel e o arremessando na lixeira.

- Sério? O que você acha que é?

- bem, pelo formato e material, eu diria é de algum... uhm... brinquedo, sabe, erótico. - Marinette ergueu as sobrancelhas, em espanto, talvez não esperasse que eu soubesse algo sobre brinquedos sexuais, não depois do fiasco da massagem. Eu realmente não sabia, até a noite em que aprendi a usá-lo, e a extensa pesquisa que fiz no dia seguinte. - mas não deve ser, quem é que levaria uma coisa assim para o trabalho?

- claro, ninguem faria algo tão idiota. - segurei o riso, tirei aquilo de sua mão e o girei nos dedos.

- quer dizer, eu não chamaria de idiota, mas trabalho não é um ambiente excitante para usar essas coisas, se bem que... temos muitos modelos - apertei um dos botões, fingindo distração - e pessoas realmente bonitas trabalhando... - apertei de novo, disfarçando a atenção que prestava nos sinais do corpo dela - quem sabe não seja um absurdo tão grande... mas não, deve ser de outra coisa.

- outra coisa... é claro... - ela tentou parecer firme, mas até mesmo sua voz vacilou quando apertei novamente o botão.

Estávamos sentados lado a lado, então era difícil olhá-la sem que notasse, me forcei a virar novamente para frente, atento a tudo o que conseguia vislumbrar com a visão periférica, tagarelando sobre a festa, para que ela não precisasse responder.

Afastei ainda mais as pernas, puxando para baixo a bermuda larga, para que não denunciasse meu estado, e apertei novamente o botão. Dessa vez Marinette gemeu, se curvando para frente, apertando os joelhos com as mãos.

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