Marinette geme.
Primeiro baixinho, afastando o vibrador a todo momento, evitando que a sensação fique forte demais. Então ela troca a frequência, até achar uma mais suave, e o mantém no lugar por mais tempo.
Pelo canto da porta de vidro vejo a mão que segura seu vibrador, parcialmente escondida pela coxa flexionada. Se eu empurrasse um pouco a porta poderia ver melhor... se eu entrasse apenas um pouco em seu quarto...
Mas não abro.
Fico ali fora, me torturando em vê-la se contorcendo, gemendo baixinho para mim, não para Chat Noir. Nesse momento sua atenção é minha, é em mim que ela está pensando enquanto se masturba. É meu nome que pronuncia quando cruza as pernas, ainda pressionando o vibrador.
O cheiro dela é tão bom que fica difícil não correr para ela, como um gato no cio, mas resisto, apenas observando e ouvindo. Me torturando.
Ela faz uma pausa, respirando pesadamente, e consigo respirar também. Mas então ela se debruça na cama, e da gaveta tira um consolo... avantajado. Não é um tamanho impressionante, mas daqui não sei se é maior que o meu, e por algum motivo estúpido sinto ciúme desse brinquedo.
A mulher que eu gosto está ficando com outra pessoa e eu sinto ciúmes de um penis de borracha. Não faz sentido. Mas sinto isso mesmo assim. Ao menos até ela levar aquela coisa aos lábios. Esse movimento prende a minha atenção e me faz imaginar que é meu pau em sua boca.
Marinette não introduz muito fundo seu brinquedo, apenas o molha o suficiente para fazê-lo deslizar entre as pernas com um arquejo.
— Ah Adrien...
Engulo um gemido em resposta. Ela tira aquele consolo quase todo, então o enterra de volta.
— Não ouço mais o vibrador — digo ao telefone — você está usando os dedos?
— Os dedos? — ela sorri — uhum.
Ela fica de joelhos na cama, e aquele travesseiro extra ganha um lugar muito privilegiado entre seus joelhos. É possível ter inveja de um travesseiro? Com certeza sim. Usando o travesseiro como apoio ela encaixa o dildo entre os lábios e desce devagar, mantendo-o no lugar e se movendo para cima e para baixo.
— Queria que fossem seus dedos aqui — ela sussurra, como se não estivesse com um brinquedo enorme fingindo que me monta.
— Se eu estivesse aí não seriam meus dedos em você.
Marinette geme mais alto, aumentando o ritmo da cavalgada, e a cada batida molhada fica muito mais difícil me segurar. Preciso aliviar um pouco, mas não vou me masturbar enquanto assisto ela, nem eu sou tão baixo assim, então me torturo mais um pouquinho.
Até cogito interrompê-la, mas não parece que ela vá demorar até ter outro orgasmo.
Nunca vi graça em observar alguém – o que é bem fácil para alguém que passa bastante tempo em telhados –, mas agora já posso colocar voyurismo na minha nova lista de fetiches – todos graças a ela.
Marinette consegue ser tão linda usando uma camisa larga e um travesseiro, mas eu queria poder ver melhor como se abre para abocanhar seu brinquedinho.
Ela está quase de costas para a porta, então consigo ver muito pouco do seu rosto, mas tenho uma boa visão de sua bunda, e ao mesmo tempo que quero estar no lugar de seu consolo, também quero estar atrás dela.
Com que cara ficaria se eu entrasse agora? Esconderia seu brinquedo ou me convidaria para usar nela?
— Você consegue usar os dois? — Sussurro ao telefone.
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Indecente
Fiksi PenggemarIndecente. Totalmente errado. Um absurdo. E ainda assim lá estava ela, trancada naquele banheiro minúsculo enquanto gemia o nome de ChatNoir. As roupas jogadas no chão enquanto cravada as unhas na própria coxa.