Péssimo amigo

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É o que penso enquanto fecho a porta do banheiro, mas com certeza era uma solução melhor do que ficar na sala com ela... conversando normalmente sobre a nova coleção enquanto me deixa apenas de cueca para tirar minhas medidas.

As mãos delas me tocando tão pouco, que cada centímetro de pele que ela encosta pareceu arder, e nunca estive tão consciente de Marinette.

Tive que correr para o banheiro enquanto ela anotava minha cintura, antes que o volume ficasse evidente na boxer, e minha imagem ficasse ainda pior, depois do episódio da massagem. Tudo o que eu não precisava era ter uma ereção na frente dela, mas o calor de sua pele, seu riso baixo, o jeito envergonhado, tudo me lembrava a outra Marinette, aquela mulher estranha que levava brinquedos sexuais para o trabalho, e deixava ChatNoir tirar suas roupas.

Não queria me masturbar pensando nela, não ali. Na noite anterior não pareceu tão ruim, porque ela estava nua em meus braços, com meus dedos dentro dela. Parecia justo que ao menos eu pensasse nela enquanto me satisfazia, sozinho em meu quarto. Mas agora, com Marinette trabalhando normalmente, sem saber que ers eu quem a tinha levado a vários orgasmos na noite passada, parecia simplesmente errado. E mesmo assim eu faço.

Encosto as costas na porta, ainda envergonhado quando afasto o elástico e me livro do aperto. A imagem em meu espelho é obscena, de um jeito bom, que deixa meu lado ChatNoir orgulhoso, mas que me deixa preocupado pelo rumo que as coisas estão tomando.

Umedeço a mão antes de começar, suavemente, acariciando a glande apenas com os dedos, deslizando das digitais até a palma da mão, repetindo o movimento várias vezes. O estímulo concentrado em uma área tão sensível me poupa algum tempo de masturbação, me deixando ainda mais duro. Apesar de delicioso, a falta de contato parece agoniante, o que também é gostoso.

Imagino a mão dela ali, em vez da minha, muito menor, mais macia, e muito mais interessante do que minha própria.

Será que na noite passada ela teria retribuído o favor, se não tivesse dormido? Marinette tinham demonstrado interesse em tirar minhas roupas, será que teríamos feito mais do que brincar com as mãos? No momento, tudo o que eu queria era a ajuda dela.

A ponta dos dedos não me parecem mais o suficiente. Então seguro pela base, apertando mais forte do que o necessário enquanto minha outra mão começa o trabalho lento de sobe e desce.

Fecho os olhos, vejo seu corpo nu. Marinette crava as unhas sobre meu uniforme, todos os músculos se contraindo em prazer.

Deixo minha mão aumentar o ritmo, como tinha feito com ela, bombeando mais rápido enquanto a respiração ofegante dela fica ainda mais urgente, arfadas e gemidos tomam o ar de seu quarto, e sem querer deixo escapar um gemido baixo, recordando seu segundo orgasmo.

Dou dois passos, e meu antebraço se apoia no espelho de meu banheiro particular, descanso a cabeça nele, como Mariinette fez em meus ombros. No espelho a figura obscena continua a se masturbar. Em minha memória, faço o mesmo com Marinette, mas usando seu vibrador.

Meus dedos se recordam da vibração, dos espasmos de prazer do corpo dela, e jogo a cabeça para trás, como ela faz a cada orgasmo, derramando minha porra sobre o espelho meticulosamente limpo, como ela fez ao encharcar o colchão, no orgasmo mais intenso que já presenciei.

O alívio é muito maior do que a culpa, quando, ofegante encosto a cabeça em meu antebraço, observo minha mão no espelho, o sobe e desce por minha ereção, exigindo até a última gota de porra por ela.

Ouço o cantarolar do outro lado da porta, e me apresso a limpar o semem que escorre em meu reflexo, apagando os vestígios do que fiz pela mera lembrança da noite anterior.

Tento me fazer decente novamente, ou o máximo possível, já que ainda estarei apenas de cueca na presença da mulher que acabei de homenagear.

Lavo o rosto, tentando disfarçar o calor e rubor, e quando enfim saio do banheiro vejo Marinette, em sua versão fofa de colega de trabalho tímida.

As pernas cruzadas, a mão apertando o braço da cadeira.

- Adrien!? - ela quase grita ao me ver, como se não esperasse que eu saísse do banheiro.

Revira a bolsa rapidamente, e logo está alisando a saia, e agora, conhecendo melhor a Marinette com quem trabalho, penso que talvez, apenas talvez, ela também estivesse se divertindo.

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