3 | Duelei contra o filho do Deus do Mar em um lago

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Os alunos, com uniformes das diferentes casas, conversavam animadamente enquanto corujas voavam de um lado para o outro no Salão Principal. O aroma de salsichas, ovos mexidos e torradas encantadas enchia o ar, enquanto o som suave de talheres mágicos flutuava ao fundo.

Logo fui me encontrar com Cam no café da manhã. Ele comia ovos e bacon, e ainda bocejava de sono. Já eu, estava extremamente animada para saber mais sobre Percy Jackson.

— Cam, preciso de um favor — eu pedi.

Ele ergueu os olhos, curioso, respondendo com voz sonolenta — Diga.

— É sobre o torneio. Meu amigo quer participar, mas ele é do meu ano. Teria como você escrever o nome dele e colocar no cálice? — perguntei. Falando assim, não parecia a melhor das ideias.

Cam ponderou, seu olhar revelando dúvida enquanto avaliava a proposta aparentemente arriscada.

Ele suspirou, uma expressão de nervosismo pintando seu rosto enquanto mexia timidamente os ovos no prato. — Eu não tenho muita certeza, Mary. E se eu arranjar encrenca? — murmurou, a preocupação marcando sua voz.

Empenhada em tranquilizá-lo, respondi com um sorriso confiante, — Como alguém saberia? Confie em mim, ninguém suspeitará.

Era verdadeiro, como alguém iria saber que fora ele? Não há câmeras de segurança em Hogwarts. Se descobrissem, seria perigoso, porém, como poderiam?

Enquanto isso, Cam, inquieto, continuava mexendo nos ovos com bacon. — Eu ainda não sei se é uma boa ideia... — ele murmurou, o tédio evidente em sua voz.

Observando sua hesitação, percebi a necessidade de apelar para uma proposta. Com um sorriso travesso, propus, —Te pago 5 galeões. — Tirei as moedas reluzentes do meu bolso, deixando-as cuidadosamente sobre a mesa, como uma oferta tentadora.

Cam ergueu as sobrancelhas, o brilho dos galeões refletindo em seus olhos. E finalmente, ele aceitou — Fechado.

Após isso, mergulhamos em um breve silêncio, aproveitando o café da manhã em meio ao tumulto de conversa dos estudantes de Hogwarts. No entanto, Cam quebrou o silêncio, sua curiosidade ainda persistente.

— Quem é esse seu amigo? — ele indagou, seu interesse aguçado.

Uma pequena pausa antecedeu minha resposta: — O nova-iorquino, Percy Jackson.

Cam soltou uma risada irônica, inclinando a cabeça levemente. — E ele já chegou querendo se aparecer? — perguntou sarcasticamente, um sorriso de lado brincando em seus lábios.

Sem perder o ritmo, entrei na brincadeira com uma mentira. — É... deve ser — respondi.

De repente, do outro lado do salão, avistei Percy. Porém ele já tinha os olhos em mim antes mesmo  de eu olha-lo. Um sorriso espontâneo surgiu em meu rosto, e fiz um sinal para que ele se juntasse a nós. Ele, com seu jeito descontraído e seguro, começou a caminhar em nossa direção.

— Percy, este é Cameron, meu irmão. —fiz as devidas apresentações — Cam... Percy.

— É um prazer conhecê-lo. — Percy disse estendendo a mão em um cumprimento agradável.

A troca de apertos de mão foi feita, mas não pude deixar de notar o olhar duvidoso que Cam lançava a Percy, como se sua expressão dissesse claramente: "Fique longe da minha irmãzinha."

— Bem... — falei interrompendo o olhar opressor de meu irmão — Cam aceitou escrever seu nome no cálice, Percy.

— Ah, isso é ótimo, obrigado — ele agradeceu aos dois. Cam apenas respondeu com um sorriso.

𝙊 𝙏𝙊𝙍𝙉𝙀𝙄𝙊 𝙎𝙀𝙈𝙄-𝘽𝙍𝙐𝙓𝙊 | 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑦 𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora