𝙊 𝙏𝙊𝙍𝙉𝙀𝙄𝙊 𝙎𝙀𝙈𝙄-𝘽𝙍𝙐𝙓𝙊 | 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑦 𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛

10 | Me comunico por um arco-íris

Quando eu acordei no outro dia, eu estava na enfermaria da Madame Pomfrey. E na maca ao lado, Percy encontrava-se acordado, ele também estava machucado, eu quase esquecera que ele batera a cabeça em uma prateleira cheia de vira-tempos.

Enquanto eu me encontrava na maca da enfermaria, a luz do dia começava a filtrar pelas janelas. Ao meu lado, Percy, com um sorriso gentil, despertava uma sensação de conforto mesmo ambos tendo ferimentos da Batalha no Ministério.

— Bom dia — saudou, sua voz ecoando no ambiente tranquilo da enfermaria.

Retribuí o cumprimento com um sorriso e indaguei — Bom dia! Como está se sentindo?

Percy ponderou por um momento antes de responder — Acho que ainda estou meio tonto, mas a Madame Pomfrey faz milagres. — Ele riu, e, num sussurro divertido, acrescentou — Vocês, bruxos, têm uma maneira melhor de curar do que só ambrosia.

Eu olhei para o meu braço e minha perna, ambos estavam enfaixados. Meu braço não doía, mas minha perna continuava um pouco. Felizmente, eu conseguia me manter de pé, assim como Percy.

Depois de um tempo na enfermaria, Madame Pomfrey nos liberou. Era final de semana, mas eu e Percy não podíamos perder tempo; tínhamos que encontrar maneiras de vencer o dragão no Torneio Tribruxo.

Direcionamo-nos para a Sala Precisa, e, como sempre, ela se transformou para atender às nossas necessidades. Bonecos de treinamento de duelo surgiram, embora lutar com braço e perna recém-machucados fosse desafiador.

— Preciso pensar em uma estratégia para enfrentar o dragão... — murmurei, mergulhada em pensamentos.

— Enfrentar o dragão? — Percy repetiu, questionando — E se ele não for o objetivo, mas apenas um obstáculo?

Suas palavras ecoaram, revelando uma perspectiva inteligente. Eu precisava expandir minha mente nessas horas. Era hora de considerar não apenas o dragão, mas o propósito maior por trás do obstáculo que eu enfrentaria.

— Certo — concordei, começando a refletir — Preciso de dois planos, então.

— Pense, deve ter algo que você é muito boa e pode usar como vantagem. Por exemplo, se fosse comigo, eu tentaria algo com água. — Percy sugeriu.

— É, claro! — exclamei, uma ideia surgindo em minha mente — Se estou com dificuldade em usar o braço e a perna, eu não preciso usá-los!
— Do que você tá falando? — perguntou Percy, franzindo o cenho — Vai ficar parada?

— Voar, Percy! É disso que eu estou falando!

— Isso seria uma ideia genial, mas acho que não se pode levar uma vassoura — ele concluiu, expressando dúvida.

— Mas posso levar a varinha — disse, entusiasmada — Está lembrado do feitiço que você usou para conjurar uma toalha aquele dia no lago? Com "Accio", posso conjurar minha vassoura.

— Óbvio! Mary, você é genial — Percy elogiou, com um brilho de empolgação nos olhos.

Treinei a tarde inteira com a ajuda, é claro, de Percy. Me esforcei em cada segundo, e embora a primeira tarefa se aproximasse, eu me sentia confiante.

Depois do treino, decidi dar um descanso para mim, e também para Percy. Deveria ser uma chatice ficar esperando alguém treinar por horas, mas por alguma razão, ele fez isso por mim.

Nós resolvemos a noite ir a Torre de Astronomia, visto que não teria nenhuma aula de astronomia no sábado. O céu estava estrelado, o que significaria um ótimo dia de sol no próximo dia.

Percy se sentou e eu acompanhei-o. Ele observava uma constelação fixamente, não pude deixar de notar. Ele reparou em meu olhar intrigado e tornou a falar.