𝙊 𝙏𝙊𝙍𝙉𝙀𝙄𝙊 𝙎𝙀𝙈𝙄-𝘽𝙍𝙐𝙓𝙊 | 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑦 𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛

22 | Afrodite vira minha conselheira do amor

Ao amanhecer, Percy e eu nos preparamos ansiosamente para explorar Londres juntos, conforme havíamos planejado. O sol nascente tingia o céu com tons de laranja e rosa, prometendo um dia quente e ensolarado. Vesti uma regata cinza que combinava perfeitamente com o meu short jeans desgastado e confortável. Completei o visual com um boné, não só para me proteger do calor, mas também para dar um toque casual.

Enquanto arrumávamos nossas coisas, pude sentir a empolgação de Percy. Ele parecia especialmente animado, seus olhos brilhando com a expectativa de explorar a cidade comigo. Ele usava uma camiseta branca que destacava seus olhos e calças jeans, uma combinação simples, mas que o deixava maravilhoso.

Cam e Gina também decidiram sair, mas optaram por explorar a cidade por conta própria. Cam mencionou que queria mostrar a Gina alguns de seus lugares favoritos, e eles estavam igualmente entusiasmados com a ideia de passarem um tempo juntos. Todos nós queríamos um momento de intimidade, para nos reconectar e aproveitar a companhia um do outro sem distrações.

Saímos de casa e percebi imediatamente como minha rua parecia ainda mais bonita naquela manhã de primavera. As árvores ao longo da calçada estavam exuberantes, carregadas de flores coloridas que balançavam suavemente.

Ao caminharmos mais um pouco, demos de cara com outras ruas. Elas estavam começando a se encher de vida, com pessoas apressadas indo para o trabalho e turistas tirando fotos dos marcos históricos. Percy olhou ao redor, fascinado. Eu não entendia muito bem essa fascinação toda, afinal, Nova York era tão agitada quanto.

Decidimos começar o passeio pelo Rio Tâmisa, onde podíamos ver todos os pontos turísticos, obviamente, eu já conhecia todos, mas era muito mais especial com Percy ao meu lado.

Ao chegarmos ao cais, compramos os ingressos e Percy segurou minha mão firmemente enquanto embarcávamos no barco turístico. Este não era um simples barco, mas quase um cruzeiro, completo com mesas confortáveis para os passageiros se sentarem e um restaurante elegante onde poderíamos almoçar durante o passeio.

Enquanto subíamos a bordo, Percy olhou ao redor, surpreso. — Uau, isso é bem chique. Espero que não precisemos usar smokings para o almoço —, brincou, fazendo uma careta exagerada de preocupação.

Eu ri e balancei a cabeça — Relaxa, Percy. Isso só são britânicos sendo britânicos.

— Agradeço aos deuses — ele respondeu, seu tom sarcástico presente — Eu estava preocupado em ter que trocar meu jeans e camiseta velhos.

Encontramos uma mesa perto de uma grande janela de vidro que proporcionava uma vista panorâmica do Rio Tâmisa e dos pontos turísticos ao longo de suas margens. Sentamos e Percy, com um sorriso e seus olhos verde-oceano, começou a observar cada detalhe ao nosso redor. Não pude deixar de reparar como Percy ficava bonito sob a luz suave da manhã, com seus cabelos escuros balançando ao vento da brisa do rio. Ele fazia meu coração acelerar.

Percy, percebendo meu olhar constante, soltou uma risada leve e brincou: — Se perdeu nos meus olhos, é?

Eu corei instantaneamente e revirei os olhos, mas não consegui conter um sorriso. — Cala a boca, Cabeça de Alga! — falei, dando um tapinha em sua mão enquanto ria.

Percy desviou o olhar por um momento. Eu percebi que ele sempre fazia isso quando eu o chamava de "Cabeça de Alga", e me perguntei se talvez ele não gostasse tanto assim desse apelido. Uma pequena pontada de dúvida surgiu no meu peito. Será que eu estava exagerando? Mas ao mesmo tempo, esse apelido parecia tão natural para mim.

— O que houve? Você não gosta que eu te chame assim? — perguntei, um misto de confusão e preocupação atravessando meu olhar.

Percy parecia surpreso pela minha pergunta, seus olhos piscando por um momento enquanto tentava encontrar uma resposta. Ele ajustou a postura, endireitando-se um pouco, e tentou sorrir de forma tranquilizadora. — Não é nada... não há nenhum problema com o apelido —, disse ele apressado.