4 | Quase fui morta por Zeus

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O castelo de Hogwarts estava agitado na manhã de 30 de outubro. Os primeiros raios de sol batiam nas janelas com tons dourados, lançando uma luz muito bonita sobre as torres e jardins. Dentro das salas comuns, a agitação era visível enquanto os estudantes se preparavam para o dia que há muito aguardavam, a chegada das outras escolas e as inscrições do Torneio Tribruxo.

As expectativas elevadas preenchiam os corredores enquanto os jovens bruxos e bruxas se reuniam, compartilhando murmúrios. Risos e conversas ecoavam no salão.

O aroma do café da manhã misturava-se com a ansiedade no Grande Salão, onde os alunos devoravam suas refeições rapidamente, mal conseguindo conter a empolgação. As bandeiras das casas tremulavam no teto encantado, enquanto os retratos nas paredes tagarelavam sobre,

À medida que o sol se elevava no horizonte, os estudantes se dirigiam para o pátio, impacientes para testemunhar as portas se abrindo para Beauxbatons e Durmstrang, as outras escolas de magia.

Eu e Percy corremos até o pátio junto dos outros estudantes, enquanto aguardávamos eles chegarem. Bateu as 10:00, horário em que deveriam chegar, porém não conseguimos ver alguém vindo. Talvez não fosse da cultura deles ser pontual, o que ingleses tinham de sobra.

Eu estava prestes a reclamar a Percy, porém um barulho começou a vir do lago. Um buraco no meio da água parecia estar prestes a se abrir.

— Isso é alguma coisa sua e seus poderes? — sussurrei a Percy, porém ele negou com a cabeça.

Logo depois disso, conseguimos ver uma caravela extremamente grande capaz de conter 150 pessoas no mínimo. Nela, o símbolo da escola de Durmstrang estava gravado.

Em uns minutos, conseguimos observar no céu uma belíssima carruagem voadora, com grandiosos pégasos brancos, com a excessão de um, que era preto. Era a carruagem de Beauxbatons.

Olhei para o lado e Percy parecia encantado. Mas seus olhos estão fixados principalmente no pégaso preto.

— Eu acho que conheço esse é... — ele olhou fascinado — Mas como...?

— Percy, do que você está falando — eu perguntei, porém logo ele correu atrás da carruagem que pousava no pátio.

Enquanto os estudantes de Hogwarts recebiam os de Beauxbatons, e Dumbledore dava as boas vindas aos outros diretores, eu e Percy nos aproximamos dos pégasos que pareciam entediados segurando na carruagem.

— Blackjack, como você veio parar aqui? — ele falou com o pégaso negro enquanto sorria.

Ele era meio maluco. Eu pensava que ele podia apenas falar com animais marinhos. Mas então me lembrei da mitologia grega, Poseidon teria criado os cavalos. Por isso Percy podia entendê-los, mesmo que isso ainda parecesse bizarro olhando de fora.

— Percy, ele é seu amigo? — eu perguntei, tentando me sentir mais incluída nessa loucura toda.

— É. Salvei ele de um barco uma vez. Longa história — ele disse. — Por acaso você sabe onde ele irá ficar nesse tempo? Tem algum tipo de estábulo ou coisa parecida por aqui?

— Bem... não — falei — Mas provavelmente será Hagrid que irá cuidá-lo. É perto da cabana dele, algum dia desses eu posso te mostrar.

— Seria legal — ele agradeceu e sorriu.

O entusiasmo crescente varreu Hogwarts quando o anúncio de que o Cálice de Fogo seria disponibilizado ecoou pelos corredores. Um tumulto de estudantes irrompeu à nossa volta, todos ansiosos para inscrever seus nomes ou para torcer para os candidatos.

𝙊 𝙏𝙊𝙍𝙉𝙀𝙄𝙊 𝙎𝙀𝙈𝙄-𝘽𝙍𝙐𝙓𝙊 | 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑦 𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora