17 | A Segunda Tarefa

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Faltava duas horas para a segunda tarefa começar e eu me sentia confiante, afinal, eu tinha duas opções para ganhar aquela tarefa. Mas eu torcia para que, mesmo depois de deixar Percy sozinho no Baile de Inverno, ele me ajudasse.

A minha felicidade por ter uma vida amorosa ótima foi deixada naquela noite de Natal. Percy e eu continuávamos a se falar mas o clima estava estranho, e nós não nos beijamos mais nenhuma vez desde aquele dia, e isso me deixava desolada.

Eu havia separado — por precaução — um frasco de guelricho no meu armário da sala de poções, e logo ia buscá-lo. Mas antes disso, pretendia visitar Percy na comunal da Lufa-Lufa.

Quando cheguei lá, bati na porta esperando que alguém, ou ele mesmo, abrisse. Eu nunca aprendera a ordem de batuque dos barris de vinagre para entrar na comunal. Não era mais fácil eles terem uma senha assim como na comunal da Grifinória?

O bom era que todos estavam acostumados com a minha chegada ali, sabiam que eu vinha procurar Percy. E, felizmente, todos os lufanos eram muito adoráveis e nunca me deduram a Filch.

De repente, alguém abriu a porta. Mas não era Percy, era Cedrico.

— Mary, oi — ele cumprimentou — Procurando Percy?

Assenti com a cabeça.

— Ele não está — ele responderam sinceramente. — Não sabemos.

— Ah, certo. Obrigada! — agradeci e Cedrico sorriu e assentiu a cabeça como um "de nada" e fechou a porta novamente.

Eu não estava preocupada, era bem provável que ele estivesse nos Jardins de Hogwarts visitando o pégaso negro, Blackjack.

Eu não iria atrapalhá-lo e deixei de lado. Pra falar a verdade, não era por incomodar, mas porque a Cabana de Hagrid era muito longe dali e eu não queria perder tempo.

Resolvi, então, ir para a sala de poções, visto que, era perto da comunal da Lufa-Lufa.

Ao chegar lá, infelizmente, me deparei com Snape. Não era uma surpresa pois aquela era sua sala. Eu deveria ter pensado nas consequências.

Pedi licença e me direcionei para meu armário. Havia cadernos, penas e tinteiros (alguns secos), e o meu frasco de guelricho. Abri-o, e aquele cheiro era terrível. Percy tem cara de que gostaria por se tratar de uma alga.

O cheiro continuava, mas tive a estranha sensação que o frasco estava mais leve. Fechei um dos olhos e, com o outro, olhei para dentro dele. Não havia guelricho apenas farelos de ferrugem, que eu não fazia a mínima ideia de onde vinham, em volta do frasco. Que diabos...?

— Professor Snape? — chamei e ele me olhou com a mesma inexpressão de sempre — Você por acaso pegou de volta o guelricho que eu tinha separado para a tarefa.

— Não, Srta. Campbell — ele respondeu com seriedade em sua resposta — Deixe-me ver.

Ele examinou o frasco.

— Realmente, não há nada. Alguém deve ter confundido o armário — ele deu um sorriso sarcástico que deu-me vontade de dar lhe um soco no rosto. O único que eu tolerava piadas irritantes era Percy.

— Mas, professor, você não tem mais guelricho? — perguntei tentando manter a calma.

— Não.

𝙊 𝙏𝙊𝙍𝙉𝙀𝙄𝙊 𝙎𝙀𝙈𝙄-𝘽𝙍𝙐𝙓𝙊 | 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑦 𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora