27| Dois reencontros

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Fanfic escrita por LaalaSun

❝Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão❞

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Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão❞

ㅡ Confúcio

Pesado. Tudo estava pesado tanto no físico quanto na mente, a qual estava submersa no peso de uma profunda escuridão sem um fim determinado. Por mais que tentasse colocar força em suas pálpebras para abri-las, parecia que seu corpo se recusava a acordar do sono que o dominava de tamanha forma que poderia ficar imóvel por horas sem se importar se haveria um amanhã.

Porém, conforme o silêncio foi se tornando insuportável, mais o receio começou a despertar no fundo de seu interior em querer enxergar o que estava ao seu redor. Os cílios longos e escuros da parte superior e inferior que antes estavam entrelaçados logo se libertaram à medida que seus olhos foram abertos e começou a ver de modo embaçado o ambiente e objetos ao seu redor.

Se deparou com uma iluminação precária e amarelada de um candelabro no meio da sala com paredes revestidas de tábuas de madeira, os cantos das quatro paredes se encontravam escuros pela luz que não os alcançava. O calor foi percebido após algumas gotas salgadas de suor descerem por suas têmporas e uma dor latente foi notada em seus pulsos de forma que lágrimas saíram dos olhos azuis.

Notou então que seu corpo estava completamente pendurado no teto através de correntes enferrujadas cuja alguns cascos podres raspavam sua pele e causava machucados. Suas costas doeram, não sabia com precisão quanto tempo estava ali, sendo horas ou dias. No momento em que tentou se mexer, as correntes acima de sua cabeça cortaram a pele fina de seu pulso e Jimin conseguiu enxergar alguns pingos vermelhos de sangue descendo por seus braços até os cotovelos.

As suas últimas lembranças vieram à tona em sua mente e fizeram-no crispar os lábios em medo. Pela primeira vez em sua vida sentiu medo. Aquela pessoa de olhos verdes como esmeraldas apontando uma adaga de lâmina fina contra seu pescoço foi sua última visão antes de desmaiar após inalar o pano com aroma desconhecido. Percebeu que além das correntes que o prendiam no teto, também havia uma ferramenta de metal rodeando seu pescoço com espinhos no interior.

Não poderia se transformar.

Rosnou de raiva em busca de alguma maneira de sair dali, porém não havia alternativas sensatas que poderiam fazê-lo fugir daquele grande problema. Um barulho do lado de fora chamou sua atenção para a porta de madeira, que foi aberta juntamente com flocos de neve movidos pela brisa do vento que fizeram elas se acumularem no chão. Botas pesadas de couro fosco com cadarços desamarrados foram a primeira coisa que viu.

A segunda foi uma faca.

Uma faca reluzindo a iluminação opaca do inverno com o cabo preto envelhecido sendo segurado por luvas de couro brilhante. A figura grande e masculina caminhou em passos vagarosos em sua direção, sem parecer ter nenhuma pressa. Assim, Jimin não demorou nem mais um segundo para identificar quem se tratava, visto que o olho azul devido à cegueira o fez se lembrar da noite em que seu cavalo foi morto pelo lobo cego do olho esquerdo.

ALUMIAR [🌻] Jikook | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora