Capítulo 2

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Maldições


Sai dá escola e fui para minha casa, hoje seria mais um dia como todos os outros. Quando deu o horário do trabalho, eu me arrumei e sai da minha casa, fui andando pelas ruas de Tóquio e pensando na vida.

É engraçado pensar que eu não conheço minha família, desde muito nova que eu vivo sozinha e sobrevivendo do meu jeito, não lembro dos meus pais, se eu tenho irmãos, tios ou primos. A única coisa que me lembro são de flashbacks bem rápidos de um lugar bonito, e algumas pessoas que eu não conheço. É estranho... Algumas pessoas mencionava algo como o nome de um clã, mas por conta de não conseguir ter nitidez desse flashback eu não entendo muito bem o que quer dizer.

Bom, não vai adiantar muito eu tentar saber agora, afinal... Nem sei quem eles eram.

Enfim, desde que Nanami apareceu na padaria daquela vez, eu nunca mais vi ele. Fiquei curiosa sobre o que eu vi quando olhava para ele, acho que ver isso no loiro também é uma condição dada pelos meus olhos.

Falando a verdade, nunca encontrei alguém que conseguisse ver os monstros que eu vejo, nem mesmo a Mirai que tem um deles no ombro consegue ver. Isso é estranho, pode ser algum tipo de maldição jogada em mim quando bebê, ou pode ser coisa da minha cabeça.

Talvez se eu encontrasse com aquele bonitão de novo eu teria respostas, vai que de alguma forma ele saiba me responder. Ou também posso estar totalmente enganada sobre isso.

Finalmente cheguei no meu local de trabalho, entrei no estabelecimento e recebi um lindo sorriso da Mirai, esses anos trabalhando na padaria me tornei muito amiga dela. Mirai é uma mulher gentil, engraçada e bem maluca as vezes. Mas sempre que precisei ela esteve ao meu lado, eu sempre vou estar ao lado dela, a amizade dessa mulher é uma das coisas que mais amo nesse mundo.

Luna: Boa tarde! - sorri e ela respondeu, fui até os fundos para colocar meu uniforme, assim que eu sai comecei o trabalho de sempre.

(...)

Quando a padaria acalmou, eu e Mirai ficamos fofocando assim como fazemos todos os dias que o estabelecimento está sem movimento.

Mirai: Poxa... Aquele loiro bonitão não apareceu mais - suspirou decepcionada - achei que você ia desencalhar - eu ri da cara que ela fez.

Luna: Tá louca mulher! Ele deve tá na casa dos trinta já!

Mirai: Ué, daqui a pouco você completa 18 anos e vai tá tudo bem!

Luna: Você é doida! - ri - e aquele carinha que você tava saindo? Sidqui?

Mirai: O nome dele é Ijichi! - apoiou o rosto na mão - ele é um fofo sabe, mas ele é muito ocupado com o trabalho, então não conseguimos nos ver muito.

Luna: Com o que ele trabalha?

Mirai: Não sei... Ele nunca chegou a me falar, deve ser algo importante.

Luna: Verdade - quando terminei de falar eu lembrei que eu tinha que buscar alguns produtos para repor, fui para os fundos do local e comecei a pegar os pães e doces para colocar lá na frente, assim que eu voltei vi que Nanami estava ali.

Ele estava falando algo com a Mirai, mas como eu estava observando de longe não tava conseguindo entender o que era. Tava tudo normal até eu ver o Nanami fazer um movimento com a mão, e rapidamente aquele bicho que fica no ombro da minha amiga sumir.

Isso realmente me deixou curiosa, como ele fez isso? Vi ele perguntar algo pra ela, não consegui ficar quieta na minha então fui até ele pra saber o que foi aquilo que ele fez.

A Gojo PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora