Com Juliana

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Depois que o Cauan disse aquilo eu precisei usar todas as minhas forças para não chorar.  Senti enjoo. Eu ainda sentia o gosto do esperma dele na boca, e no estômago revirou. Pensei que eu ia vomitar o sêmen que eu havia acabado de engolir.
Mas eu não podia me entregar. Eu tinha que me proteger e não dar bandeira.
Aquele filho da puta estava transando com a mulher que me estuprava, mãe da própria manorada dele. Por isso tinja vindo com conversinha mole de pegar ela.
Minha sorte é que não demorou nada pra chegar no prédio onde a Juliana morava. Fiquei quieta e olhando pela janela do carro. Ele percebeu
- Você tá boa? - ele perguntou enquanto o portão da garagem abria.
Senti vontade de gritar, mas me controlei.
- Tô - respondi. E, de repente tive uma ideia louca.
- Ficou bolada com o que eu contei? - ele perguntou.
Reuni todas as minhas forças e minha cara de pau. Sorri pra ele.
- Não.  Nada a ver. É que eu só imaginei se cabia mais uma nessa transa...
Ele abriu um sorriso enorme de felicidade.
- Ahhh... Tá afim de um ménage a troi comigo e a dona Cláudia?
Eu não respondi.  Mas mantive o sorriso.
- Arranjo isso fácil- ele disse. - Aliás, acho que nem preciso fazer muito esforço, não é, Kátia?
Gelei.
Não gostei do tom de voz dele e nem da insinuação.  De repente eu desconfiei que ele sabia o que a dona Cláudia esrava fazendo comigo
- Como assim? - perguntei.
Ele desconversou, mas eu insisti. Fiz um esforço gigantesco para não mostrar meu horror.
- Ela falou alguma coisa? - perguntei
Ele demorou pra responder, fingindo que manobrava o carro na vaga.
- Falou o quê? - perguntou.
Peguei ele pelo braço.  Ele me encarou mais sério.
- Cauan, ela falou de mim? - perguntei.
Ele deu um meio sorriso.
- Hummm... Olha, ela já te elogiou...
- Não foi isso o que eu perguntei  - falei quase grossa. - Cauan, ela falou alguma coisa de mim? Responde.
Ele hesitou. Eu resolvi jogar um verde e adotar uma postura menos agressiva.
- Eu quero dizer... A dona Cláudia falou pra você o que tá rolando... Entre eu e ela?
Ele sorriu.
- Não conta pra ela, por favor... Ela falou que vocês transaram...
Fiquei paralisada olhando pra ele. Meu estômago embrulhou. Me odiei por ter chupado ele. Me odiei por tudo o que estava acontecendo.
- Então vai ser fácil arrumar um jeito de nós três nos encontrarmos no apê dela...
Ele pegou meu rosto e se aproximou pra me beijar. Meus olhos arderam quando os labios dele tocaram os meus.
- Vai ser delicioso transar com vocês duas - ele sussurrou.
Fechei os olhos. A boca dele me tocava, mas eu não conseguia me mover. Eu precisava fingir, porém estava cada vez mais difícil.
Ele falou perto do meu ouvido:
- Mas ela não pode ficar sabendo...
"Ela" era a Juliana, a pessoa que eu mais amava no mundo...

Amor a TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora