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Após o término da reunião, enquanto a sala ainda ecoava com os resquícios das discussões e decisões políticas, Mubaek, o líder das Forças Daekan, notou a confusão nos olhos de Jiyeon. Ele decidiu abordar a questão, pedindo-lhe para se encontrar no santuário. Jiyeon, com um olhar inquisitivo e uma leve expressão de surpresa, concordou silenciosamente. Ela lançou um rápido olhar para Tanya, cujos olhos transmitiram a mensagem de que a situação deveria ser mantida em segredo. Ao se dirigirem ao santuário, o caminho silencioso era pontuado apenas pelos ecos distantes das conversas na sala da reunião. O santuário estava mergulhado na penumbra, apenas a luz tênue das velas iluminava o caminho para Jiyeon enquanto ela se dirigia ao encontro com Mubaek. O líder das Forças Daekan aguardava com uma expressão séria, indicando a importância da conversa que estava prestes a acontecer.

- Jiyeon, pareceu-me que estavas confusa durante a reunião. Há algo que queiras partilhar?

- Sim, Mubaek. Ainda estou a adaptar-me às complexidades das reuniões. Tagon coloca ideias e estratégias que são difíceis de entender para alguém como eu.- Mente ela. Ela achou melhor ninguém saber do que se passava até ela perceber.

- Não te preocupes, é compreensível. As reuniões políticas podem ser confusas no início. Estás aqui para aprender. Se precisares de alguma orientação, estou à disposição.- Mubaek riu compreendendo.

- Agradeço, Mubaek. A verdade é que estou a tentar dar o meu melhor.

- És uma guerreira valiosa para nós, Jiyeon. Só precisas de tempo para te adaptar. Se tiveres dúvidas, não hesites em procurar-me.

- Obrigada, Mubaek. Valorizo a oportunidade de estar nas Forças Daekan.- O diálogo entre Jiyeon e Mubaek continuou com Mubaek oferecendo conselhos sobre como compreender melhor as nuances das reuniões e estratégias políticas. O clima sério da conversa entre Jiyeon e Mubaek foi abruptamente interrompido pela entrada de Mugwang e Yangcha. Mugwang, com um ar sombrio, não hesitou em trazer notícias trágicas.

- Mubaek, temos más notícias. Danbyeok, foi envenenado. Ele não resistiu.- Mugwang informou.

- Envenenado? Como isso aconteceu?- Antes que Mugwang pudesse responder, Jiyeon, que estava sem a máscara, não pôde resistir a dar a Mugwang um sorriso cínico, o que não passou despercebido pelo olhar de desprezo que ele lhe lançou.

"Ela quer morrer?" Yangcha pensa surpreendido por a guerreira novata não ter medo de Mugwang. Os pensamentos de Yangcha foram inadvertidamente lidos por Jiyeon, que respondeu ao olhar sério de Yangcha com um olhar arregalado. Yangcha, surpreendido, pensou novamente: "Ela conseguiu ouvir-me?"

Enquanto a notícia da morte de Danbyeok pairava no ar, Jiyeon, sem expressar suas indagações em palavras, mergulhou em seus próprios pensamentos. Ao encarar Yangcha, ela ponderou sobre a peculiaridade de conseguir ler os pensamentos dele. Uma pergunta silenciosa ecoou em sua mente, dirigida apenas a si mesma:

"Será que só consigo ouvir os pensamentos dele?"

Mubaek, sempre atento às nuances ao seu redor, percebeu a perturbação nos olhos de Jiyeon após a notícia sombria sobre a morte de Danbyeok. Com uma mistura de compaixão e autoridade, ele tomou a iniciativa de aliviar o peso que recaía sobre os ombros dela.

- Mugwang, reúna as Forças Daekan. Precisamos lidar com esta situação o mais rápido possível.- Mugwang assentiu, dirigindo-se para cumprir a ordem juntamente com Yangcha. Enquanto isso, Mubaek fixou o olhar em Jiyeon, percebendo a necessidade de um respiro diante dos eventos tumultuosos.- Jiyeon, vá descansar. Parece que isso a afetou.- A expressão compreensiva de Mubaek transmitiu cuidado e preocupação. Jiyeon, embora confusa com as revelações recentes, seguiu a orientação de Mubaek e retirou-se para descansar. Mal ele sabia que ela estava assim por conseguir ler os pensamentos de Yangcha e não por seu tio ter morrido.

Arthdal Warrior | YangchaOnde histórias criam vida. Descubra agora