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Yangcha ficou ali, estático, enquanto a figura de Taelha desaparecia pelo corredor. Por fora, manteve a postura rígida e disciplinada que o caracterizava, mas por dentro, sentia-se dividido. Como poderia garantir a segurança de Jiyeon se não estivesse por perto durante o dia?

Sabia que questionar ordens não era uma opção, especialmente quando vinham de Taelha ou Tagon. Ainda assim, a inquietação crescia no seu peito. Jiyeon já enfrentava tantas pressões; agora, seria forçada a ajudar na cozinha, algo claramente abaixo do seu estatuto. Yangcha conhecia Jiyeon bem o suficiente para saber que ela provavelmente aceitaria a ordem, mas a ideia de a ver tratada como uma serva não lhe agradava.

Passou o resto do dia no seu posto, atento a qualquer movimento suspeito. Quando a noite finalmente chegou, Yangcha fez questão de estar no quarto de Jiyeon antes mesmo dela voltar da cozinha.

Quando Jiyeon entrou, parecia exausta. Havia farinha nas suas mãos e um leve rubor nas faces, resultado do calor da cozinha. Assim que viu Yangcha, um pequeno sorriso escapou-lhe, mas rapidamente desfez-se ao lembrar-se da conversa com Taelha.

— Estou bem — disse antes mesmo que Yangcha pudesse perguntar com o olhar. — Foi cansativo, mas... nada que eu não consiga suportar.

Yangcha inclinou ligeiramente a cabeça, numa tentativa de a fazer perceber que ele não estava convencido. A expressão dela suavizou.

— Não te preocupes tanto, Yangcha. Sei que não gostas disto, mas eu aguento.

Ele continuava a fitá-la, imóvel, mas o olhar comunicava algo que Jiyeon entendia perfeitamente: ele estava ali para a proteger, em qualquer circunstância, e não gostava de vê-la assim.

— Vamos esquecer isto por enquanto — Jiyeon disse, tentando aliviar a tensão. Sentou-se na cama, esfregando as mãos cansadas. — E tu? Como foi o dia?

Yangcha hesitou antes de responder com gestos simples, indicando que tinha passado o dia em vigília, inquieto com a mudança nas ordens.

— Desculpa — murmurou ela, os olhos baixos. — É por minha causa que estás assim.

Ele aproximou-se, sentando-se numa cadeira próxima, e abanou ligeiramente a cabeça. Não era uma questão de culpa, mas de dever — e mais do que isso, de querer protegê-la.

Por um momento, os dois ficaram em silêncio, apenas trocando olhares carregados de significados que palavras nunca poderiam traduzir. Jiyeon suspirou profundamente, passando as mãos pelo rosto, ainda marcado pelo cansaço do dia.

— Estar na cozinha é complicado, Yangcha... — confessou, com a voz ligeiramente embargada. — Eu... não sei cozinhar. Nunca precisei de fazer nada parecido antes.

Yangcha inclinou a cabeça, observando-a atentamente enquanto ela continuava, o desabafo transbordando.

— E a Hae Too-Ak? — Jiyeon fez uma pausa, procurando as palavras certas. — Ela não é exatamente... a pessoa mais querida e paciente. Parece que qualquer coisa que eu faça é um erro.

Ela passou os dedos pelos cabelos, claramente frustrada.

— Hoje mesmo... deixei cair uma tigela de massa. Não foi de propósito, claro, mas ela começou a ralhar comigo como se eu tivesse feito de propósito. — Jiyeon deu uma risada amarga. — Acho que nunca vi alguém revirar os olhos tantas vezes em um único dia.

Yangcha manteve-se em silêncio, mas o aperto das mãos sobre os joelhos traiu a sua irritação ao imaginar Jiyeon a ser tratada dessa forma. O olhar dele encontrou o dela, e Jiyeon sentiu a força do seu apoio silencioso.

— Sei que preciso de suportar isso... mas é tão humilhante, Yangcha. Não estou habituada a ser tratada assim.

Yangcha estendeu a mão, hesitando por um breve momento antes de a pousar ligeiramente sobre a dela. O toque era reconfortante, um lembrete de que ela não estava sozinha, mesmo nesta situação difícil.

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⏰ Última atualização: 17 hours ago ⏰

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Arthdal Warrior | YangchaOnde histórias criam vida. Descubra agora