The Trivial Consequences of Hope

Capítulo 16

"Draco," Hermione disse suavemente, sua respiração falhando levemente. “Essa é uma lembrança adorável. Eu entendo por que esse é especial para você. Mesmo sem ele explicar explicitamente a linha do tempo dos eventos, simplesmente anotar o ano foi suficiente para ela juntar tudo. Ela sabia que a vida dele passou muito rapidamente de uma vida que ele reconhecia e na qual se sentia confortável, para uma vida que o fazia sentir como se nunca conseguisse parar de correr.

“Obrigado”, disse ele, revirando os olhos e desviando o olhar. “Não seja tão sentimental comigo, Hermione. Você me deve sua própria história. Ele ainda parecia hesitante em sustentar o olhar dela, e certamente não era ela quem havia mudado. A intimidade implícita disso, talvez. Ela odiava isso, essa nova estranheza entre eles que parecia não existir antes. Ela sentiu como se eles estivessem regredindo, de volta aos seus primeiros dias nessas masmorras, quando toda e qualquer conversa era hesitante.

Em vez de pensar naquele pensamento preocupante, Hermione fechou os olhos, respirando pelo nariz, pensando nas férias passadas em um barco, no cheiro da salmoura e das rochas do mar. Era Ano Novo e ela e a mãe alugaram um barco na costa da Nova Zelândia para passar o feriado.

Se fechasse os olhos, estava praticamente lá de novo, naquele veleiro, só os dois. Foi assim que ela teve a ideia de para onde mandar os pais, na verdade, a viagem dessa menininha. Não que ela fosse admitir essa parte da história para Draco. Mas ela deixou sua mente vagar mesmo assim, de volta àquela noite, de volta àquele barco, de volta às partes que compartilharia com ele...

O oceano balançava suavemente as duas mulheres. Foi há um ano, a última véspera de Ano Novo que ela passou com a mãe. Umas últimas férias. Hermione tinha um pressentimento de que isso aconteceria antes de acontecer - que isso traria uma finalidade junto com as lembranças mais felizes. Ela não compartilhava esse sentimento com a mãe, mas em vez disso manteve esse pensamento guardado na cabeça enquanto navegavam ao largo da costa.

Eles se revezaram no planejamento da viagem de Ano Novo, e este ano foi a escolha de sua mãe. Ela nunca tinha estado tão ao sul, então eles queriam arriscar. A ideia do barco foi um presente de formatura antecipado, sabendo que sua filha mal tinha tempo de sobrar em Hogwarts. Então eles partiram, sua mãe sabendo navegar desde o tempo que passou em um acampamento no lago durante os verões durante sua juventude, um lugar pitoresco na Itália que ela sempre desejou enviar para Hermione, mas nunca sentiu que havia dinheiro ou tempo suficiente.

Hermione complementava o vento quando necessário com um movimento rápido de sua varinha e palavras murmuradas baixinho. Ela pensou que sua mãe não percebeu, mas ela percebeu. Ela sempre percebeu. A magia de sua filha era algo lindo demais para ser esquecido. Mesmo que sua mãe não possuísse nenhuma magia própria, havia algum instinto maternal dentro dela que vibrava sempre que o presente de Hermione estava sendo exibido. Orgulho, ou algo parecido com isso.

Quando eles estavam perto da costa de uma pequena ilha, Emma, a mãe de Hermione, ancorou-os e içou as velas, deixando o barco balançar suavemente nas ondas abertas, sabendo que a terra estava a um passo de distância, caso o tempo piorasse. Era sempre bom saber onde ficava o porto seguro mais próximo, uma lição que Emma aprendeu desde muito jovem. “Aqui”, disse Emma, entregando uma taça de champanhe à filha.

“Eu não sou exatamente maior de idade,” Hermione zombou de sua mãe, brincando, pegando o copo mesmo assim. Havia algo de emocionante no fato de sua mãe permitir que ela quebrasse as regras.

“Estamos no mar, querido”, disse Emma com uma risada que soava como pura música. A mãe dela era linda quando ria - ela era linda o tempo todo, mas quando ria era como arte. “Não existem regras no mar. Então beba, se quiser. Ou guarde-o para a celebração da meia-noite.” Seus olhos brilharam de excitação.