The Trivial Consequences of Hope

Capítulo 40

Bem. Isso certamente complicou as coisas, não foi? Draco estava andando pelo quarto, repassando os acontecimentos do dia anterior, um ciclo interminável em sua mente. Primeiro, havia o jornal. Sua mãe também foi mencionada no texto, embora não com muitos detalhes, simplesmente… afirmando que ela também estava desaparecida. Onde ela estava? Ela estava bem? Ela havia decidido correr ou algo mais covarde estava acontecendo? Sua mãe era muitas coisas, mas ele nunca considerou ‘fraco’ para estar na lista. Ela era forte, silenciosa, mas se comportava com uma presença que, pelo menos para Draco, gritava 'não brinque comigo'.

Então ela fugiu? Ela finalmente se cansou da vida que seu marido lhe deu? Ele não conseguia imaginar sua mãe morando fora da Mansão. Mas talvez as coisas tenham ido longe demais. Talvez depois que ele foi descoberto desaparecido, ela decidiu desaparecer também. Draco desejava desesperadamente uma maneira de falar com ela, de saber que ela estava bem.

E então havia a questão de seu pai. Certamente, seu pai nunca foi particularmente carinhoso ou amoroso com ele, mas ele ainda era seu pai. Ele ainda era da família. Draco não queria que ele morresse, não queria que ele fosse torturado ou assassinado. Mas não havia nada que ele pudesse fazer, não daqui. Correr de volta para a Mansão não faria nenhum bem e provavelmente resultaria na morte de ambos.

Então, o que ele deveria fazer agora? Não era como se o alegre grupo de heróis de Hermione estivesse disposto a organizar um resgate. O que eles se importariam se Lucious Malfoy morresse? Francamente, provavelmente seria uma boa vitória para eles se o fizesse. Draco estremeceu quando o pensamento entrou em sua mente. Ele odiava que isso fosse verdade, mas não era como se seu pai tivesse feito qualquer tentativa de fazer algo particularmente bom em sua vida, então não havia nenhum argumento que pudesse apresentar em seu favor.

Seus pais haviam ido até ele e ele estava preso aqui, à beira-mar, sem meios de chegar até nenhum deles. Ele queria desesperadamente descobrir onde sua mãe estava, se havia alguma maneira de falar com ela. Quando ele fechou os olhos e pensou nela, tudo o que pôde ver foi a expressão em seu rosto enquanto observava a marca ser imposta a ele. Ele não queria se lembrar dela daquele jeito. Ele não queria que sua lembrança mais gravada dela, a última possível, fosse algo tão horrível.

E então havia Hermione. Sempre houve Hermione. No limite de cada pensamento, ela estava lá, na periferia dele. O que ela pensaria sobre isso? Esse foi o pensamento que sempre permaneceu, o que ela pensaria. O que ela diria? Ele sabia que ela teria sugestões, condolências, coisas suaves que ela poderia dizer que o deixariam tranquilo. E ele não teve coragem de pedir nenhum deles a ela. Este era o seu fardo para carregar.

Se ela não tivesse mandado os pais embora, talvez ele pudesse perguntar a ela. Mas esse assunto... essa decisão... estava muito próximo do que a bruxa tinha que fazer com sua própria família. Ele não poderia sobrecarregá-la com isso, não para seu próprio bem. Ele nunca se perdoaria.

Mas ela ficou deitada ao lado dele a noite toda, com a mão fixamente fixa em seu rosto, como se não pudesse suportar a ideia de não sentir seu coração batendo. Quando finalmente acordaram na manhã seguinte, foi estranho, um sentimento agora estranho para ambos depois da proximidade que compartilharam em suas celas gêmeas. Cada um murmurou banalidades sobre ver o outro no café da manhã, no qual Draco falhou miseravelmente, pois se deixou enfiado em seu quarto, a porta trancada com segurança por dentro para que ninguém pudesse atrapalhar sua meditação.

Ele não sabia o que fazer agora. Metade de seu corpo o puxava para fora da porta, dizendo-lhe para encontrá-la, para correr até ela, para dizer-lhe que ela deveria passar todas as noites, pelo resto de suas noites, exatamente como ela tinha feito, ao lado dele, suas respirações entrelaçadas. A outra metade dele exigia que ele nunca mais falasse sobre tal coisa, muito menos pensasse nisso. Seus pensamentos estavam perigosamente perto de fazer com que ele não considerasse nada além dela. Ele deveria encontrar a estratégia de saída mais rápida, a melhor saída, o caminho mais limpo que o tiraria ileso. Ele já estava dançando muito perto do fogo; ele não queria acabar com queimaduras de terceiro grau.