Capítulo 27

79 9 0
                                    

Muitas peças entraram em cena na festa de Natal do Malfoy:

Pansy e Luna estavam preparando a Poção Polissuco; Luna iria vestida de Pansy. A bruxa de cabelos negros queria ir sozinha - mas Theo insistiu que queria ir com Luna. Afinal, eles estavam planejando antes de Pansy entrar no grupo...
(é claro, houve uma pequena briga sobre o fato de Theo roubar alguns cabelos de sua escova sem o conhecimento dela, mas eles superaram isso para o maior meta)

Pansy ensinou a Luna tudo o que pôde sobre a etiqueta das bruxas de sangue puro, e também compartilhou alguns pontos de discussão importantes para que não se envolvessem na conversa. O objetivo era não se envolver em nada. Quanto menos interação eles tivessem com alguém ali, maior seria a probabilidade de seu plano dar certo sem problemas.

Theo e Pansy passaram o mês de dezembro fingindo publicamente que eram um casal. Embora fosse um pouco... nojento fingir namorar alguém que era praticamente um irmão para ela, Pansy entendeu, mais uma vez, que era para um bem maior. Seria difícil para Theo e Luna (disfarçados como ela) fingirem que fugiram para uma sessão de beijos atrevidos se, para começar, não tivessem motivo para se beijarem. Pansy se recusou a beijá-lo em público, mas eles fingiram fugir muitas vezes.
(Pansy ainda passou muito tempo beijando Neville para garantir que ela estivesse bem, lábios machucados e bochechas coradas)

Neville e Pansy passavam mais tempo juntos, todas as noites, fugindo para praticar feitiços, até que Pansy conseguiu lançar um feitiço Patrono, uma andorinha de asas rápidas voando pela Sala enquanto ela e Neville riam embaixo dele.

Narcissa fingiu preparar a poção Polissuco de dentro da tenda, sem pressa, seguindo cada passo, exceto incluir o cabelo necessário de sua cabeça. Sempre que Harry ou Ron perguntavam, ela sorria, balançava a cabeça e dizia que estava indo bem.
(à noite, ela sussurrava orações silenciosas para que todas essas crianças voltassem para casa em segurança, não importando em que lado da guerra lutassem. Ela não tinha mais certeza de qual lado era o dela)

Hermione e Draco continuaram a planejar mapas, rotas, rotas alternativas e jogar xadrez. Hermione estava começando a pegá-lo quando se tratava de uma proporção de vitórias e derrotas, mas o bruxo era irritantemente bom no jogo.

Draco continuou a fingir que não estava olhando para ela quando ela não estava olhando. E certamente não de uma forma estranha. Protetor. Isso foi o que ele considerou, quando lembrou a si mesmo que não era estranho, assustador ou estranho de forma alguma se importar quando ela sorria ou respirava como se estivesse realmente relaxada. Foi normal, completamente.

Hermione continuou a ter pesadelos onde um garoto loiro era puxado de suas mãos, e neles ela caía cada vez mais, mais abaixo.
(Ele sempre a puxava para fora, mesmo que fosse chutando e gritando)

Draco sonharia acordado com um mundo diferente. Um mundo onde ele não intimidasse uma garota de sua classe sem motivo algum, a não ser para se sentir melhor consigo mesmo. Um mundo onde já eram amigos muito antes desta intervenção oportuna nas suas vidas. Um mundo que lhes oferecesse mais. Ele gostava de morar ali, naqueles devaneios. Ele teria ficado, se pudesse.

Ron continuou a notar a mudança em Hermione desde o seu retorno. Ele não a pressionou para falar sobre isso, ele sabia que o tempo na Mansão Malfoy a mudou. Ele se sentia menos apaixonado por ela, mas a amava mais.

Voldemort continuou a procurar por três itens de que precisava para dominar a morte.

Alguns dias, para todos os jogadores deste grande jogo de xadrez vivo, parecia que uma figura invisível movia as peças. Algum deles realmente escolheu suas peças? Ou havia algo maior por perto dando as ordens? Houve dias em que Harry desejou que um ser onipotente estivesse fazendo escolhas por ele. Isso tornaria tudo o que estava por vir muito mais fácil.

Mesmo que não fosse verdade, era bom pensar nisso, mesmo que por pouco tempo.

Era uma coisa perigosa ter esperança em tempos de guerra. Sempre houve consequências, não importa quão grandes ou pequenas. Para cada ação, uma reação. Para cada sonho, um pesadelo.

The Trivial Consequences of HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora