Capítulo 11

4 0 0
                                    

NOTA: Este capítulo está escrito em 3° pessoa.

NOTA: Este capítulo está escrito em 3° pessoa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os três buscadores caminham pela rodoviária. Avistam uma atendente escorada no guichê, mexendo em seu celular distraidamente.

— Bom dia, como posso... – Ela ergue o olhar e se surpreende com o grupo que vê.

Um garoto negro e corpulento de 19 anos, ao lado de uma pequena moça japonesa de mesma idade e um outro menino, esse mais novo que os outros, de pele clara, cabelos morenos e olhos azuis. Os três usam vestimentas brancas presas por cintos de corda. A garota veste sobre sua regata um xale roxo com detalhes que lembram as asas duma borboleta.  O mais velho tem um lenço vermelho cheio de desenhos preso ao redor do pescoço. O mais jovem usa um longo poncho listrado e carrega consigo um pequeno livro.

Eles iniciam um rápido interrogatório em busca de informações acerca do nosso pequeno grupo de heróis da Casa Paraíso. As descrições passadas parecem bater. 

— Sim. – Confirma a atendente. – Esse grupo passou por aqui ontem de manhã. Mas por que vocês querem saber disso? São da polícia?

— Somos, sim. – Responde prontamente a garota japonesa.

— Mas e essas roupas? Parecem mais fantasias de carnaval do que uniformes. – Retruca a outra, desconfiada.

O mais novo, até então em silêncio, dá um passo à frente.

— Nossos distintivos. – Mostra ele, abrindo seu livro sobre o balcão. - Por que desconfia de nós?

— Mas isso não...

Veja o que eu quero. – Ordena ele.

Suas simples palavras ecoam na cabeça da mulher, ativando áreas específicas em seu cérebro e visão.

Ela pisca com força, enxergando agora três distintivos policiais legítimos com a foto de cada um dos buscadores neles.

— Oh, sinto muito, eu... – Ela esfrega os olhos, levemente tonta. – Certo. o que precisam além disso?

— Você se lembra para onde eles foram? – Questiona a garota. 

— Ah, eles foram para...Brasília, eu acho? – Ela massageia a cabeça. – É, é. Isso mesmo. Foram para a capital.

Os três suspiram ao finalmente receberem a informação. 

A moça pega as identidades dos três, ou pelo menos acha que as pega, e então entrega as passagens para eles. O garoto mais novo a paga com fenari, as moedas de ouro do País dos Perdidos e ela aceita, tão desnorteada que nem presta atenção.

— O ônibus chega em alguns minutos... – Divaga ela. – Preciso de uma pausa. Tenham um bom dia.

Ela se deita sobre o balcão e dorme. O trio se afasta e se senta tranquilamente nos bancos e espera pela chegada do ônibus, enquanto dois seguranças surgem e tentam reanimar a garota lá atrás.

O País das Crianças Perdidas - O Príncipe de ObumbratioOnde histórias criam vida. Descubra agora