𝙏𝙚𝙢𝙥𝙚𝙨𝙩𝙖𝙙𝙚 𝙈𝙖𝙧𝙞𝙩𝙞𝙢𝙖 🧜🏾♀️
[+𝟭𝟲]
📍Sunset Hills (cidade fictícia)
Shivani é uma sereia que vive em um mundo místico, abaixo do que conhecemos. As sereias, são muito faladas no mundo humano, com relatos de que existem se espalhan...
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Eu acho que estou alucinando. Definitivamente. Eu… eu falei com aquela criatura. Ela pediu desculpas. Ela, de alguma forma, fez minha perna se curar. Eu… o que está acontecendo com minha vida?
Não, eu balancei a cabeça, me custava acreditar. Mas como não acreditar se ela, eu deduzo ser ela, me disse com todas as palavras “Existimos”. Aquilo ecoava na minha cabeça. Eu suspirei, precisava me concentrar no trabalho
— Sua perna melhorou do nada? — Perguntou Krystian, meu amigo
— Não. Eu fiz uma compressa, ela melhorou bastante a dor. — Menti
— Ah, que bom.
— Cara. — eu hesitei — Você acredita em sereias?
— Que? Claro que não. Isso é história pra boi dormir, da onde tirou isso? — ele empilhou uma caixa de vinho
— Nada não. Só por perguntar.
— Acho que esse naufrágio mexeu com a sua cabeça. Ainda me pergunto como você parou naquela ilha.
— Eu também não sei.
— Quando que você vai voltar a navegar Bailey?
— Não sei. Acho que no próximo mês. Mas vou navegar viajando.
— Hmmm, viajando. Vai pra onde?
— Não sei, acho que pra África. Ou pra outros países assim. Bom, eu posso ir para muitos.
— Sim, com certeza. — ele limpou o suor da cara — Me lança essa última caixa aí de baixo — Pediu
— Aqui — a entreguei
— Vou levar isso aqui lá pro cais. — ele começou a empurrar o carrinho com várias caixas para a saída
— Vai lá. — passei a mão no rosto.
Ah, eu sentia que ia surtar. Não era possível. Elas vivem no mar? Tem outras espalhadas pelo mundo? Aqui na terra? Por que ela veio atrás de mim? Quem era aquele homem no qual ela perguntou?
Que porra, para de pensar nela!
Mas como não pensar? Ela é uma sereia, com certeza deve ter me hipnotizado. São tantas perguntas. Como as responderei?
Deixei meus ombros caírem e voltei a empilhar mercadoria. Repassei aquela conversa o dia inteiro na cabeça. O nome dela martelava. Shivani. Eu suspirei. Falei a mim mesmo que darei um tempo nisso. Hoje eu vou visitar minha mãe, não quero assustá-la com essas coisas.
A manhã passou rápido, o meu turno acabou e então fui para casa. Estava um sol torrando, eu tomei um banho bem gelado e botei a roupa mais fresca que achei. Andei pela orla da praia, imaginando o que existe a mais no fundo desse mar. Andei devagar pelo centro até avistar a casa azul marinho do outro lado de uma galeria. Eu bati na porta. Ela atendeu com um sorriso
