Eighteen

68 7 13
                                    

A intenção não era assustá-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A intenção não era assustá-lo. Muito menos fazer ele cair do barco. Nós estávamos em alto mar quando ele caiu. Meu coração quase foi morto quando vi a grade se soltar. Eu o puxei de volta para o barco em segurança, mas estava ofegante

- Você é maluco? Não tinha visto que essa coisa estava solta na vistoria? Bailey, você podia ter morrido. — eu puxei o ar fortemente para meus pulmões — Você está bem?

— Na medida… — tossiu — …Do possível.

— Não faz mais isso. Que susto.

— Susto eu que levei quando você chegou por trás de mim

— Ora… eu te vi lendo meu poema

— Não era mais fácil… — ele esfregou os olhos, deixando-os vermelhos — … Falar antes de eu ter saído da cabine?

— Talvez. — Eu me levantei — Vou pegar uma água pra você

— Nem fale em água

— Cale a boca. — ajudei-o a levantar — Vem pro quartinho.

Ele sentou em uma cadeira, estava todo encharcado. Puxei algumas peças de roupa da mala dele e o entreguei, junto a uma toalha.

— O que está esperando?

— Você se virar.

— Eu já te vi nu.

— E daí minha querida? Privacidade.

Eu bufei ao me virar de costas. Ouvi as roupas caírem no chão e me controlei para não virar de volta. O vidro da janela entregava tudo. Dava para vê-lo se secando, depois vestindo a cueca e a bermuda. Colocou a blusa e só então me viu o encarando pelo vidro

— Tarada — resmungou

— Homens — eu revirei os olhos. Nem lembrei que eu também estava molhada. Só quando abri o frigobar e senti o ar gélido nas pernas. Ai essas pernas.

— Você vai ficar resfriada se ficar com essa roupa molhada.

— Tem razão. Vire-se. — tirei a blusa que eu vestia, junto ao meu short. Cacei uma muda de roupa para dormir e lembrei que só tinha comprado um pijama. Aquele que molhei — Merda.

— Pega. — ele me estendeu uma camisa maior que meus inferiores

— Parece um vestido e… — eu percebi — Filhote de piranha! Não se virou quando eu pedi — dei-lhe um tapa no braço

— Estamos quites. — eu passei a blusa pelo pescoço e usei minha toalha para secar bem o cabelo.

Me sentei na cama e assim seguimos por um tempo. Em silêncio. Logo amanheceu mas Marlow já não se aguentava em pé. Eu o mandei deitar e dormir por algum tempo.

— Relaxa, a gente tá indo na direção certa. Conheço esse mar com a palma da mão. Qualquer coisa eu te chamo. Dorme.

Eu tapei as janelas para os raios de sol não incomodarem ele. Bailey dormiu em dois miutos, igual um bebê depois de comer.

Tempestade Marítima • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora