Twenty Three

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— A princesa deve procurar Bailey May caso eu não retornar até a meia noite de hoje

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— A princesa deve procurar Bailey May caso eu não retornar até a meia noite de hoje. — eu falei firmemente, porém já mal aguentava meu próprio corpo — Ele estará na costa de Sunset Hills. Saberá quem ele é, Alteza.

— Você tem certeza disso, Shivani? — perguntou preocupada 

— Sim. É o certo a fazer.

— Que Poseidon te siga e te traga.

— Obrigada, Princesa Sofya. — Eu me curvei a ela. 

— Meus melhores soldados estarão à sua espera  do lado de fora

— Obrigada novamente. — a rainha ao seu lado parecia uma estátua, estava muito nervosa, não queria que eu fosse.

Quando voltei para casa, não achei que tudo estaria desse jeito. Achei que eu ia poder chorar no colo do meu pai e me recuperar do estrondo que o iceberg fez em meu coração. Porém, meu povo estava em perigo. Algo vinha daquela Caverna. Eu tinha que ir para lá.

Alex apareceu com uma fileira enorme de tritões. Eu me virei rumo ao oeste, já fora do Castelo. O reino que antes era tão cheio de cor, agora está coberto por escuridão. Ainda não havia o tomado por completo, porém se não agisse rápido, nós iríamos morrer.

Eu nadei o mais rápido que consegui em direção a caverna. Sentia o peito apertar a cada metro deixado para trás. Sem mais nem menos, sem olhar para trás, apenas com o choro vindo ao me aproximar, eu fui entrando.

Um canto surgiu ao estar na entrada, eu não via nem ouvia nada. Apenas o canto. Aquela música era a mais clássica e mais perigosa para se cantar perto de humanos. A voz era linda, afinada. Mas eu sentia que a qualquer momento eu morreria. Adentrei mais e mais até eu bater em uma pedra. 

De repente apareceu um pequeno flash de luz mais para dentro, eu segui apesar da sensação que me embrulhava o estômago.

— Vejo que tenho visita — a luz acendeu

— Quem é… — meus olhos ficaram hipnotizados. A lenda era verdade, a sereia de longos cabelos pretos e a cauda dourada estava bem na minha frente. Seu olhar era tão desafiador quanto um homem que quer te tirar do sério. Bailey, saia da minha cabeça.

— Shivani?

— Como sabe meu nome? — minha respiração ficou ofegante

— Como eu poderia não saber. — ela tocou meu rosto — Tenho te acompanhado crescer a tanto tempo. 

Ela fez um movimento com a mão e revelou um grande mural em uma antiga parede com vários momentos meus. Meu nascimento, fotos com meu pai, a onda de siren-ilumina, fotos recentes…

— Você… O que? Você é louca, me solte! — Eu tirei suas mãos de mim — Está destruindo meu povo, meu lar!

— Seu lar não é aqui Shivani. E você sabe disso.

Tempestade Marítima • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora