Ten

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— Bailey… isso… isso é ruim

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— Bailey… isso… isso é ruim. Eu sou algo estranho. Você sabe que não tem como algo comigo dar certo.

— Eu sei. — ele concordou abaixando a cabeça.

— Podemos ser amigos. Mas… não acho que dê para ter algo a mais. — Eu sentia uma grande vontade de chorar.

Deixei uma lágrima se misturar com a água e minha traquéia deu um tranco. Não sabia daonde vinha essa sensação de fracasso.

Flashbacks tomaram conta da minha mente em 1890. Onde o mundo parecia preto e branco como nas fotos e nos filmes. Um homem se aproximando de mim enquanto estava em um baile chique. Ele se apresenta e me tira para dançar. A gente se aproxima com o tempo. Então ele descobre a verdade. Nós tivemos a nossa noite. Ele me disse que era casado, mas eu era uma tola e quis acreditar que ele largaria Mila por mim. Então tudo aconteceu como aconteceu. Eu não me sentia tão triste assim até agora.

— Shiv? — ele perguntou

— O que foi?

— Estava perguntando se você não quer ir para minha casa. Porque eu vim na sua.

— Já andei muitas vezes por Sunset Hills.

— Mas nunca foi a minha casa, mileide.

— Que horas devem ser no seu mundo? Umas quatro da manhã?

— Talvez. Se corrermos chegamos lá sem ninguém nos ver.

— Eu… Não sei se é boa ideia. A gente ta meio… — cocei a cabeça — Encantado um com o outro? Não é tão legal ficarmos sozinhos.

— Acha que eu tenho chance de te pedir algo a mais que companhia? — ele me olhou desafiador

— Talvez. — Eu passei a mão pelo petio dele subindo até o pescoço e chegando ao ouvido — Não confio tanto assim nesse amigos.

— Assim você me confunde todo. Decide se me deseja ou me rejeita.

— Um dia eu ouvi o termo… — eu pensei sobre aqueles amigos flertando — Amigos Coloridos

— Tem certeza que gosta de mim? Certeza que não é por causa que eu sou talvez a reencarnação do homem que você amava.

— Eu era uma tola naquela época. Bailey, você é totalmente melhor.

— Acho que é melhor esquecermos isso por enquanto. Não acho que estamos em boas condições para esses diálogos. — ele falou sobre as sereias próximas da gente.

— Okay. Vamos embora? — desviei do assunto

— Vamos.

Nós entramos em competição de quem nadava para fora do reino mais rápido. Ele podia ser mais forte fisicamente mas eu era mais rápida. Eu o fiz comer poeira no último segundo. Sentia a água dentre os cabelos, como se fosse um vento. Sorri ao sairmos da caverna para fora. Fomos à superfície, não estávamos tão longe. Era madrugada ainda. Nadamos até vermos a barreira de corais anunciando a proximidade da costa. Chegando perto de lá mandei ele repetir as mesmas palavras de antes.

Tempestade Marítima • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora