Happy Song

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Música-título: Bring Me The Horizon - Happy Song


As semanas voavam e o recesso de ação de graças se aproximava. Emma não tinha planejado ainda o que faria. Tinha visto Regina nas aulas e a sentia diferente, como se algo tivesse mudado em sua vida.

Era sábado de manhã, Swan havia saído cedo para correr pelo parque quando vê Regina sentada enquanto observava Henry brincar com os amigos. Mal havia conseguido conversar com ela naqueles dias. Se aproxima devagar e se senta ao lado dela.

— Oi Regina. – A cumprimenta com um sorriso.

— Oi, Srta. Swan.

Só de escutar a forma com a qual Regina a tratava naquele momento tinha certeza de que havia algo errado.

— Está tudo bem? – A olha preocupada. — Mal nos falamos nas aulas e na lanchonete...

— O que você sente pela Zelena? – Ela a corta rapidamente, sentia sua cabeça em completo caos pelas descobertas recentes e pelo que sabia de Emma com sua irmã.

— Ah... Então Zel te contou... – Apenas diz calmamente. — Aconteceu apenas uma vez, ela é uma grande amiga, mas eu gosto de outra pessoa.

— Hm... Entendi... – Diz sem olhá-la, mas ao senti o toque da mão dela na sua, sente seu corpo arrepiar e tem flashes do dia que foram no Rabbit Hole.

Henry corre em direção delas ao ver Emma e pula no colo da garota para abraçá-la.

— Oi garoto! – Emma o cumprimenta o abraçando forte. — Como você está?

— Estou bem. – Sorri. — Senti sua falta esses dias. Quer brincar comigo?

— Claro! – Diz se levantando e indo com o garoto até os brinquedos.

Regina fica a observando, imaginando como teria sido sua vida se não tivesse acontecido a morte de sua mãe biológica. Logo volta a si e fica observando os dois brincando e interagindo. Vez ou outra se pegava imaginando tendo uma vida com ela.

Emma volta e se senta novamente, observando o garoto com Grace e outros colegas.

— Passa lá em casa mais tarde... – Pede. — Tenho sentido falta da sua companhia.

— Vou tentar. – Diz sem prometer nada.

Emma sorri dá um beijo no rosto de Regina antes de se levantar e voltar para continuar sua corrida.

Regina olha roupa por roupa em seu guarda-roupa e acaba colocando uma calça jeans escura, uma blusa preta um pouco mais solta e um blazer, calça a bota preta, pega sua bolsa e sai. Dirige até o apartamento e sobe, toca a campainha e aguarda. A porta logo se abre e Emma sorri.

— Tudo bem?

— Não muito... Eu queria conversar com você... com alguém... – Diz um pouco nervosa.

A garota a olha sem entender e a abraça forte.

— O que houve? Se senta...

Regina tira o blazer e se senta no sofá olhando para o teto.

— É... é que primeiro foi a história da Zelena com você, depois descobri uma coisa importante sobre minha mãe... Sobre mim... – Diz se virando para olhá-la.

— Bom, creio que sobre mim e Zelena já resolvemos mais cedo... Mas o que você descobriu que está te afligindo tanto? Eu nunca te vi tão abalada, tão diferente.

Regina respira fundo e começa a contar tudo sobre o que havia descoberto sobre sua origem e suas mães. Emma apenas a abraça forte e lhe beija a testa.

— Qual era o nome da sua outra mãe?

— Samantha Hawk...

— Eu acho que lembro desse nome. Meu avô tinha uma parente distante com esse nome, até que um dia ela simplesmente sumiu... – Para de falar ao perceber que podia se tratar da mesma pessoa.

— Você não está dizendo que é...

— Sim, pode ser a mesma Sam, mas nunca foi falado muito a respeito na família, até mesmo por ser uma pessoa distante, acho que prima de 6º ou 7º grau dele, algo assim.

— Isso deve explicar o porquê que eu a achei tão parecida com você de alguma maneira. – Diz pegando o diário que sua mãe havia dado e uma das fotos. — Mas pode ser só uma coincidência mesmo.

Emma a olhava sem acreditar na semelhança. Regina acaba se deitando no sofá e a garota tira sua bota, massageia seus pés enquanto tentava absorver aquele tsunami de informações.

— E o seu pai nisso tudo? Já conversou com ele?

— Ainda não, eu estou lendo o diário que a minha mãe me deu, conhecendo um pouco mais quem foi Sam e das coisas que elas passaram e tudo mais. – Suspira. — Mas vou conversar com o meu pai assim que eu tiver conseguido assimilar tudo isso, porque foram anos vivendo de um jeito.

— Eu te entendo, mudanças radicais na nossa história nunca são fáceis. – Diz massageando o calcanhar de Regina. — Vem, deita lá dentro comigo, imagino que você deva estar exausta.

— Você nem imagina.

Elas entram no quarto e Emma mostra onde estavam as coisas dela, todas organizadas em um canto do guarda-roupa. Regina pega um pijama que havia ali e vai ao banheiro se trocar enquanto Swan se troca no quarto rapidamente. Ao voltar para o quarto, Regina a observa de costas, enquanto olhava o céu pela janela e a abraça por trás.

— O que está olhando? – Pergunta curiosa.

— A lua... – Sussurra antes de se virar e a olhar nos olhos.

Seus lábios roçam um no outro, pela primeira vez de forma consciente e cientes de que era isso que queriam.

Regina sentia que seu coração iria sair pela boca, olhava fixamente nos olhos dela, sentia a respiração de Emma pesar aos poucos junto a sua. Tão espontaneamente, seus lábios se encontram em um beijo suave, como se já tivessem feito isso antes.

Caminham juntas até a cama enquanto se beijavam e se deitam, o beijo se tornava cada vez mais intenso, mas Emma logo interrompe, arfando.

— Acho que é melhor só dormirmos... – Sussurra tentando evitar beijá-la mais uma vez.

— Também acho... – Concorda. Sabia que muita coisa poderia acontecer se fossem adiante.

Se ajeitam na cama e se deitam de conchinha, Emma a abraça de forma protetiva, mas o cheiro do perfume que Regina usava, a suavidade de sua pele, a maciez de seu cabelo a fazia querer esquecer de qualquer coisa. Quando Regina se vira para ela na cama, seus olhos se encontram novamente, e novamente acabam se beijando, mas sem tanta presa. Um beijo totalmente apaixonado, tranquilo.

Já não sabiam mais desde quando estavamapaixonadas uma pela outra, mas já era o suficiente para acender um fagulho deesperança.

The Stranger GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora