Moments

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Desde que todo e qualquer tipo de relação que possui com Emma foi encerrada, Ingrid se tornava cada vez obcecada por ela. Havia contratado um detetive particular para acompanhar cada passo que a garota dava, com quem saia, com quem se relacionava. Não aceitava o fim de tudo, havia levado um bom tempo para conquistar tudo o que tinha hoje graças às trapaças que havia realizado contra Emma e agora tudo podia ser posto a perder por causa disso.

A mulher olha o celular e vê a mensagem de Killian, o detetive que havia contratado a avisando que havia um novo relatório das atividades da última semana e mais fotos e o responde pedindo para que a encontrasse no lugar de sempre. Pega suas coisas e parte para o motel que sempre se encontravam para receber o relatório, já que não queria ninguém perguntasse a respeito dos serviços que ele estava prestando para ela.

Killian aguardava andando de um lado a outro, o rapaz de cabelos escuros, olhos azuis e barba fechada estava um pouco mais ansioso do que o comum, só queria entregar o trabalho da semana e ir ver sua filha, a pequena Alice, que havia deixado sob os cuidados de sua irmã para poder realizar o trabalho. Sentia falta de quando era paparazzi e não precisava ficar investigando ninguém, porém sabia que precisava cuidar de sua filha e garantir um futuro melhor para ela.

A porta do quarto se abre e ele observa Ingrid entrar, tirando os óculos escuros, colocar suas coisas de lado e observar o quarto inteiro antes de olhá-lo.

— Então Killian? O que temos dessa semana? – Diz indo direto ao ponto.

— Aqui está, diz entregando um relatório relativamente curto sobre as coisas que Emma havia feito e várias fotos de dias diferentes.

Ingrid lê atentamente e vê as fotos do dia do passeio, da forma que ela olhava para Regina, dela salvando a mulher e abraçadas após o resgate dela, sentindo a fúria tomar conta de si, mas se contém até que vê as do dia do show de talentos, observando-as sair juntas da escola, as da janela do apartamento onde dava para vê-las se beijando e fazendo sexo. Sente o ódio tomar conta de si, mas não deixa transparecer nenhum pouco do que sentia.

— Algo mais? – Pergunta ríspida.

— Até o presente momento, não. – Informa. — Tudo que observei até hoje pela manhã está no relatório.

— Perfeito. – Ingrid coloca os documentos junto a sua bolsa. — Ela vai se arrepender do que fez comigo.

Emma estava atendendo os clientes, depois de quase ter perdido o horário do expediente, quando Ruby chega acompanhada de Zelena, August, Neal, Belle e seus outros amigos correm direto para a loira e a pega no colo, a deixando sem entender absolutamente. August e Neal logo mostram o motivo da comemoração: o troféu de primeiro lugar do show de talentos.

— Vocês estão falando sério? – Os olha incrédula.

— Se você não tivesse sumido, teria visto a hora que nos chamaram. – August brinca, entregando o troféu a ela.

Um sorriso imenso se abre em seu rosto e eles comemoram a balançando no ar. A porta se abre novamente e Regina entra com Henry, dando de cara com a bagunça, assim que havia chegado em casa, Zelena havia lhe contado o resultado e fica feliz Emma ali com os amigos e o troféu.

— Que algazarra é essa no meu salão? – Granny grita com o grupinho, que para imediatamente.

— É que acabamos de contar para a Ems que ela e os meninos ganharam o show de talentos ontem. – Ruby diz sorrindo.

— Ah meus amores! – A idosa diz mais calma, com um sorriso imenso no rosto. — Parabéns! Emma, meu amor, coloque esse avental de lado e vá comemorar com seus amigos. – Ordena. — Uma rodada de chocolate por conta da casa para vocês!

Os garotos comemoravam enquanto eles vão para a mesa que sempre se reuniam, mas antes de se sentar, Emma vai até Regina e a cumprimenta e abraça Henry.

— Sentam-se com a gente? – Convida.

— Vamos mamãe? – Henry a olha quase implorando.

— Tudo bem. Mas só porque estou de bom humor e fico feliz por você e os meninos terem ganhado o show, Emma. – Parabeniza.

— Obrigada. – Sorri abraçando Henry de lado.

Os três se sentam no mesmo banco, Henry na parede, Regina no meio e Emma na ponta. No outro banco estava Zelena, Ruby e Belle e nas cadeiras na ponta August e Neal. A rodada de chocolates chega para todos e eles fazem um brinde em comemoração, cada um pede um lanche e ficam conversando tranquilamente. Por debaixo da mesa, institivamente, Emma fazia carinho na mão de Regina, queria poder enchê-la de beijos, mas sabia que não podia. Zelena e Ruby observavam o entrosamento das duas já pensando em mil formas de como poderiam juntá-las oficialmente nos próximos meses.

Se quer viram o tempo passar quando Neal e August se despedem e vão embora juntos, seguidos por Zelena e Henry, Ruby e Belle logo vão para o quarto da garota e deixam Emma e Regina a sós no restaurante vazio.

— Então só sobrou nós duas? – Regina diz olhando ao redor.

— É o que parece. – Emma diz olhando atentamente para todos os lados, se levanta rapidamente, vira a placa de "aberto" para "fechado", fecha as persianas e volta quase correndo para o lado da mulher. — Finalmente a sós. – Sussurra antes de beijá-la.

Do fundo, Ruby, Belle, Zelena e Henry observam em silêncio a cena e sorriem, mas assim que as veem se separando, se escondem atrás da parede e vão em silêncio para o quarto de Ruby.

— Precisamos dar um jeito de derrubar aquela regra idiota da escola. – Ruby diz se jogando na cama.

— Mas como? Archie nunca vai mexer sem convocar o conselho de pais e sabemos que os pais não vão mexer nisso. – Belle diz se jogando ao lado da namorada.

— Podemos fazer algo aos poucos. – Henry diz andando de um lado a outro. — Mostrar para o diretor que nem toda relação é igual a que deu origem a essa regra boba.

— Esse meu sobrinho é um gênio! – Zel diz o olhando toda orgulhosa. — Podemos tentar fazê-lo abrir uma exceção para elas.

Ficam ali planejando e pensando em mil formas de como eles poderiam derrubar a regra da escola, mas logo Zel vai embora com Henry, não queria correr o risco de a irmã chegar antes deles.

Na lanchonete, Emma e Regina aproveitam um pouco mais o momento e sorriem ao pararem o beijo com alguns selinhos e carinhos no rosto uma da outra.

— Eu preciso ir... – Regina sussurra. — Por mais que eu queira passar mais uma noite com você, tenho que cuidar do meu filho.

— Eu te acompanho até em casa. – Diz calmamente. — Podemos fazer um piquenique um dia, nós três. O que acha?

— Emma... Será que não estamos atropelando um pouco as coisas? – A olha preocupada.

— Eu sei que pode parecer precipitado, mas eu realmente gosto de você, e eu sei as consequências das minhas decisões. – Diz ajeitando o cabelo da morena atrás da orelha. — Eu sei que estar com você traz toda uma bagagem de vida e um filho, que inclusive eu amo demais aquele moleque. – Diz sorrindo. — Da mesma maneira que, como para você, estar comigo vai te trazer uma bagagem e momentos que podem não ser fáceis, mas se tudo fosse fácil não teria graça. Claro que podemos deixar as coisas acontecerem, verem no que vai dar, não precisamos dar nomes ainda, mas saiba que o que sinto por você é real.

Regina sorri ao ouvi-la dizer que amava seu filho e isso a faz sentir uma calma, como se parte de suas preocupações fossem colocadas de lado.

— Obrigada por isso. – Diz beijando a mão de Emma. — Mesmo que eu ainda não tenha certeza das coisas agora, saber do que você sente e do seu carinho por Henry já faz uma grande diferença para mim, porque ele é a pessoa mais especial da minha vida, e estar com alguém que entenda e goste dele como ele é, é essencial para mim. – Dá um selinho nela.

— Eu já gostava dele antes de perder a cabeça pela mãe dele. – Sussurra entre os selinhos.

Regina ri e dá uns tapas de leve no ombro dagarota antes de se levantarem e saírem da lanchonete e irem caminhando pelasruas vazias da cidade até a mansão de mãos dadas.

The Stranger GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora