A segunda-feira estava mais agitada que o normal, vários alunos se inscreviam para o show de talentos que aconteceria dali algumas semanas, havia inscrições em grupo e individuais e muitos ainda não haviam decidido se iriam participar. Emma estava no refeitório quando vê Ruby chegar acompanhada da trupe de sempre.
— E então Ems, vai participar do show de talentos? – Pergunta abraçando a amiga.
— Talvez... Ainda não decidi.
— Eu acho que vale o risco. – Incentiva.
— Vou pensar com calma... Agora eu vou indo, sabe como a professora Mills é. – Diz se levantando.
Ruby apenas a olha com malícia e sorri, concordando, logo se voltando para a conversa com as amigas.
A porta da sala ainda estava aberta e Emma acelera o passo para entrar antes do sinal tocar, chegando a tempo na classe e indo direto para o seu lugar. O sinal toca logo em seguida e Regina inicia a aula sobre linguística. O conteúdo era denso e envolvia muitas questões históricas das regiões da França e sua origem no latim, a mistura com o românico, occitano e oïl, além de outras misturas com dialetos locais.
A aula termina e logo os alunos saem da sala, deixando Emma e Regina a sós.
— Srta. Swan, podemos conversar? – Regina diz se sentando.
— Claro, aconteceu alguma coisa? Esqueci de entregar alguma atividade? – Pergunta indo até ela.
— Não, não... Sobre o que houve neste final de semana...
— Não precisa se preocupar, ninguém saberá por mim.
— E obrigado pelo apoio.
Emma apenas sorri e sai da sala, dando de cara com Ruby, August e Neal.
— Ems...
— O que foi? – Olha para a amiga desconfiada.
— Queremos você como vocalista na nossa banda. – August pede.
— Ruby! Eu disse que ia pensar a respeito.
Os quatro vão caminhando até os armários para pegarem suas coisas enquanto conversavam sobre a proposta dos garotos. Emma pega suas coisas e acaba aceitando a ideia deles.
— Tenho algumas ideias de possíveis músicas, mas depois podemos decidir com calma. – Emma diz montando na moto.
— Por mim fechou, depois te mando as nossas ideias também. – Neal diz se despedindo para poder ir encontrar o pai.
Emma, Ruby e August ainda ficam um tempo conversando no estacionamento antes de irem em bora cheios de ideias sobre o que fazer.
Ao chegar em casa, Regina nota que Henry havia chegado antes do que o normal e vai até o quarto do garoto ver se havia acontecido algo e o vê conversando animadamente com Daniel, seu pai, e contando tudo sobre o que havia acontecido desde que se viram no ano anterior.
Regina os observa calmamente e sorri, notava a similaridade com a qual se sentavam e moviam as mãos, as manias que tinham em comum e sequer percebe quando sua presença é notada pelo garoto.
— Mamãe! Finalmente você chegou. – Comemora.
— Oi meu amor. – Diz indo ao abraço do filho e logo em seguida cumprimenta Daniel com o beijo no rosto. — Oi Daniel. Por que não avisou que viria? Assim teria planejado de fazermos algo com o Henry.
— Foi de última hora. – Daniel diz sorrindo ao ver a ex-esposa. Seu sotaque francês era extremamente forte. — Espero que não tenha se incomodado de buscado Henry mais cedo.
— Fiquei um pouco preocupada se havia acontecido algo, mas está tudo bem.
— Vamos almoçar na Granny? – Henry pergunta animado. — Quero que papai conheça Emma.
— Claro, meu pequeno príncipe. – Regina diz calmamente.
— Estou ansioso para conhecer essa moça, Henry falou bastante dela.
— Imagino, os dois são muito amigos.
Os três descem e partem caminhando até a lanchonete. Henry praticamente corria até o lugar enquanto seus pais seguiam logo atrás.
— Como estão as crianças? François? – Pergunta enquanto observavam Henry mais à frente.
— Estão bem, François te mandou lembranças. – Diz sorrindo. — Queria ter os trazido, mas infelizmente não conseguimos conciliar as datas para virmos todos.
— Vai ficar muito tempo?
— Só até o final de semana, vim para resolver algumas coisas em Boston, então resolvi ficar por aqui para ver um pouco o nosso garoto.
Daniel abre a porta da lanchonete e Regina passa com Henry, seguidos por ele e vão até a mesa de sempre. Logo eles são atendidos e pedem o almoço. Henry observa por todos os lados atrás de Emma, até que a vê sair do corredor que dava na pensão.
Henry corre, em meio as broncas de Regina e Daniel para não correr, até Emma e a abraça.
— E aí garoto. – O abraça forte. — Veio almoçar com a sua vó?
— Não, vim com a minha mãe e o meu pai. – Ele sorri.
Era a primeira vez que o ouvia falar do pai e vai sendo arrastada por ele até sua mesa.
— Pai, essa é a Emma, a minha amiga.
— Prazer em conhecê-la Emma. Henry falou bastante de você. – Daniel diz a cumprimentando.
— Prazer em conhecê-lo também, senhor...
— Colter, Daniel Colter.
— Vocês têm um garoto incrível... – Diz bagunçando o cabelo de Henry. — Olá professora.
— Srta. Swan. – Regina a cumprimenta um pouco mais formal do que o de costume, causando estranhamento em Henry.
— Srta. Mills. – A cumprimenta de volta. — Já foram atendidos? Precisam de alguma coisa?
— Já fomos atendidos sim, obrigado pela preocupação. – Daniel diz.
— Bom, então qualquer coisa é só chamar. Bom almoço. – Diz antes de se retirar.
Os três ficam ali conversando sobre as coisas que haviam acontecido desde a última vez que se viram. Regina fica observando o filho com atenção, se lembrando de quando havia conhecido Daniel no segundo ano da faculdade, o começo do namoro deles, o casamento logo quando terminaram a faculdade e o nascimento do filho. Parecia que o tempo estava voando e seu menino estava se tornando um adolescente.
Os pedidos logo chegam e eles almoçam em meio adiscussão de planos para o futuro de Henry.
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The Stranger Girl
Fiksi PenggemarApós uma virada radical em sua vida, a jovem Emma Swan decide recomeçar sua vida na pequena cidade de Storybrooke, onde nasceu e viveu parte da infância. Com a ajuda de Granny, sua avó de coração, e Ruby, sua melhor amiga e irmã de criação, Emma ter...