10.

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sai pela porta até ao carro de joão.
tinha uma camisola branca com uma camisa preta por cima, e umas calças não muito apertadas.
entrei no carro e recebi mais não sei quantos elogios de joão.
o restaurante era realmente longe, ele tinha posto no gps, então eu consegui ver.

— queria que fosse surpresa, mas eu sou vesgo, e não vejo nada do telemóvel. - ele ligou o carro.

— não conheço por isso, é na mesma uma surpresa. - meti o cinto e joão começou a conduzir.

— nunca levei uma gaja a um encontro. - ele puxou assunto.

— deves estar a gozar. - não acredito que joão neves não tenha levado uma rapariga a um encontro com tanta benfiquista a persegui lo.

— juro te. - ele virou o voltante.

estou de boca aberta e vejo joão a rir-se.

— levas te sim, mentir é feio joão pedro. - continuei a não acreditar.

— nah, man, juro te, ninguém. - senti me um homem.

— ya puto duvido. - gozei.

e ele soltou uma gargalhada enquanto conduzia.

— não tem piada. - ri-me um pouco no final.

— desculpa. - ele disse pondo a mão com que trocava as mudanças na minha coxa esquerda, troquei as mudanças para ele.

— joão ainda temos um acidente, pela mor de deus. - troquei outra mudança.

ele mordeu o lábio olhando ainda para a estrada e tirou a mão pondo a mudança.
respirei aliviada.
ficamos por algum tempo sem dizer nada.

— já foste a algum encontro?- joão procurou um lugar para estacionar.

— fui a vários. - fi-lo parar o carro.

— vais me mostrar todos. - estacionou então.

quando entramos no restaurante, sentamos nos na mesa que tinhamos reservado, e esperamos pelo senhor.

agarrei no telemóvel e mostrei uma foto do primeiro encontro que fui.

— saiu do esgoto esse aí, fodasse. - eu ri-me e mostrei o segundo.

— ah, é razoável, mas parece um pato, a cara. ‐ ambos rimo-nos.

guardei o telemóvel.
ele arqueou as sobrancelhas.

— só? - ele perguntou surpreendido.

— tu não foste a nenhum, por isso, sim "só". - disse e vi-o a morder o lábio.

— ora boa tarde. - merda, nem sequer vimos o menu.

— ainda não decidimos. - eu disse e o senhor acenou saindo.

— não vais pagar, nem. um. cêntimo. - deixei claro.

— não, não vou deixar, desta vez não. - ele disse e eu cruzei os braços e olhei para ele.

— metade metade. - ele disse.

— posso aceitar. - agarrei no menu.

ok, não conhecia nem metade dos pratos.

— não conheço nada. - joão estava pior que eu.

— eu conheço menos de metade. - disse o que sabia e escolhemos o mesmo prato.

ficamos a falar, a conta foi um rim, se querem que vos diga mas a verdade é que me estou a divertir imenso.

— mem penses que vamos para casa. - ele deu me a mão para passarmos a estrada.

— não achas que já foi o suficiente, pagamos um rim, joão, um. rim. - ele suspirou.

— e se eu não te quiser levar a um sítio que tenhamos de gastar dinheiro? - ele pôs se á minha frente deu me as duas mãos e olhou para a minha cara.

— joão eu estou de salto alto, vê la onde me levas pela mor de deus. - disse-lhe.

— anda. - ele sorri ainda com a minha mão dada.

subimos um monte de escadas.

— eu já não desço. - disse exausta.

— que fraquinha. - disse ele, aproximando-se.

agarrou na minha cintura, e olhou para o lado, olhei também.

estavamos bastante longe do chão, estavamos talvez no ponto mais alto de lá.
tinha estrelas.
e o coiso lá de ver as estrelas.

voltei a minha face novamente para a do joão.

a boca demorou menos de segundos a entrar na minha, a sua língua deslizou para todos os cantos da minha boca, a sua mão apertava a minha cintura, joão beijava mesmo bem.
agarrei em seu pescoço para aprefundar o beijo, quando o beijo parou, os nossos lábios ainda se tocavam, respiramos ofegantes, sorrindo um para o outro.
joão pegou me às cavalitas até lá abaixo, e foi com uma grande facilidade, tinha as minhas pernas super duridas da corrida e do salto alto.
entramos no carro, descalçei me e fomos então para casa.

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eu vou estar um bocadinho inativa na fic, por causa da escola, espero que percebam, beijinhos e votem muito <3

o meu meio-irmão • joão nevesOnde histórias criam vida. Descubra agora