6.

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— musica recomendada : one  direction - 18.

não tinha jantado ontem, não conseguia pôr nada á boca depois desta situação, acordei um pouco tonta, já era habitual, cada vez que me acontecia algo mal na vida, conseguia passar dias sem comer.

desci as escadas devagar, a minha mãe já me tinha feito o pequeno almoço, não estava mesmo com fome nenhuma, ainda por cima joão estava a comer também, fui me sentar.

— ontem não jantaste? - o meu pai, que estava no sofá a ver televisão, perguntou.

— não, não tinha fome. - joão olhou me com um olhar de culpa e preocupado.

— mas vais comer isso tudo, nem que seja só as torradas. - a mãe de joão era mesmo muito querida comigo.

sorri forçado dando uma trinca na torrada, os pais estavam vestidos, iam provavelmente sair, não há mais ninguém que saia tanto de casa como eles.

quando saíram, levantei o prato das torradas e ia colocar as torradas num saco para ir despejar no ecoponto em frente da "nossa" casa, mas joão agarrou no prato e voltou a pousar na mesa.

— come. - ele "ordenou".

— não tenho fome. - ele pos uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

ele olhou me com aqueles olhos.

— vamos ficar aqui o tempo que for preciso. - ele cruzou os braços.

— já disse que não tenho fome, podes me deixar subir as escadas por favor. - gritei.

ele levantou o meu prato.

— obrigado. - disse chateada subindo as escadas, liguei o meu telefone e coloquei os fones indo ao pinterest e fiquei por lá.

tiro os fones quando oiço alguém bater á porta, esse alguém era joão, tinha de ser.

— vai te embora. - disse.

— abre a porta agora, catarina. - ele aumentou a voz.

bufei levantando me da cama e abrindo a porta.
ele tinha o tabuleiro com as minhas torradas e o leite que eu deixei.
entrou para dentro do meu quartos, e pousou o tabuleiro na mesa.

— aí de ti que não comas isso. - ele disse e desceu.

olhei para a comida sorrindo, merda catarina, porra.

peguei na caneca, bebi o leite e comi as torradas, depois desci as escadas levando o tabuleiro para lá para baixo.

quando joão viu sorriu para mim, eu revirei os olhos, ia subir as escada quando sinto um puxão para perto de joão.

— eu estava a pensar, vamos começar de novo, mas desta vez do 0. - joão tinha a sua mão entrelaçada na minha, respirei fundo.

— joão isto não vai dar em nada, aliás isto não pode dar em nada. - disse.

— "não passamos de desconhecidos", lembras-te? - ele repetiu a minha frase, a frase que eu lhe disse no meu primeiro dia aqui, isto para mim era mais que especial, era..nem eu vos sei dizer, apenas sorri.

-— como assim "do 0"? - eu perguntei lhe e ele sorriu.

— encontros, hm..- ele mexeu no cabelo fazendo me sorrir ainda mais.

— aceito. mas com uma regra.
vamos devagar, devagarissimo. - ele estendeu o mendinho, e eu também fazendo uma promessa.

ambos sorrimos.

— amanhã no dots.. hm devagarinho, pois é, podia ser no fim de semana. - ele todo desajeitado só me fazia rir.

— claro. - ambos sorrimos ele ficou la em baixo e eu subi as escadas, mega feliz, aos pulos até.

– catarina pov'
ginchei baixinho para ele não o ouvir, estava tão feliz, as borboletas do meu estômago voavam bastante, eu sorria rodopiava fazia de tudo.
iamos começar de novo, ok, isto podia resultar mesmo, desejem me boa sorte.

o meu meio-irmão • joão nevesOnde histórias criam vida. Descubra agora