11.

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— gostaste? - ele fechou a porta enquanto eu tirava os meus sapatos altos.

— adorei, mas estou extremamente cansada. - bufei quando finalmente tirei os saltos.

— tadinha. - ele tirou os sapatos pondo os ao pé da porta e subindo as escadas para tomar um banho e vestir um pijama, fiz o mesmo.

quando tomei banho, vesti o pijama, tal como tinha dito e fui até ao sofá, joão estava lá.

sentei me ao seu lado.
fazendo o olhar para mim.
agarrou no meu maxilar, fazando me olhar para ele.

— estás melhor dos pés? - tirou a mão.

— um bocado. - virei o rosto para a televisão.

joão agarrou nas minhas pernas pondo as nas dele, esticando as.

— isso dói, bastante. - pus a minha mão na coxa direita.

ele masajou as minhas duas pernas, olhei para ele enquanto o fazia.

— joão, não precisas. - ia tirar a perna mas ele conseguiu com que elas permanececem lá.
continuo a masajar as pernas, sorri.
cuidei dele, daquela cicatriz que tinha no seu peito, que o adversário do famalicão lhe fez, isto agora era uma recompensa.

quando parou encostei a minha cabeça a ombro de joão, o mesmo beijou me a cabeça e encostou a sua cabeça na minha.
acabamos por adormecer.

acordei na minha cama, com joão ao meu lado a observar
-me enquanto dormia, provavelmente tinha me levado para a cama, não desse género, mas para eu dormir.

— para. - tapei a cara, devia estar péssima.

— podia acordar todas as noites assim, gosto de te ver dormir. - ele sorriu e eu ri-me.

— não digas isso, pareces um psicopata. - beijei o.

ele pos uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— vou a uma discoteca hoje, com um colega de equipa, a namorada dele vai lá estar, não queria ficar de vela. - pôs a sua mão na minha cintura.
queres vir? - ele disse.

— sim, quero. - beijei o e alguém abriu a porta do quarto, mas que bela merda, deviamos te la trancado, é o meu pai.

vejo o de boca aberta e salto da cama para fora.

— nós..- o meu pai sorriu e abanou a cabeça.

— é segredo nosso, se a mãe dele descobre, tão lixados. - fechou a porta.

— adoro o teu pai. - ambos rimo-nos.

— é a que horas? - disse.

— vamos ás horas que te conseguires despachar, ele não me disse horas por isso. - ligou o telemóvel.
— vão mais uns colegas de equipa também. - ele desligou o telemóvel.

descemos as escadas depois de estarmos razoávelmente "arrumados".

— bom dia, pai. - eu disse.

— bom dia mãe! - a mãe de joão estava na cozinha, portanto ele teve de gritar.

— bom dia meninos. - mãe de joão saiu da cozinha com dois cafés na mão.
colocou os na mesa e nós sentamos nos.
bebemos os, com toda a naturalidade.

— sr. josé, tenho a autorização de levar a sua filha a uma discoteca, hoje? - vi joão a conversar com o meu pai.

— tens sim a minha autorização. juízo! - vejo o meu pai a bater ligeiramente no ombro de joão, e ele vira-se para mim e sorri.

ficamos o dia todo em casa, esperando desesperadamente pela festa, desde os meus 15 anos que adoro discotecas.
nunca fui com um rapaz, mas não deve ser muito diferente, estava intusiasmada.

arrumei me e como é óbvio tive de esperar por joão, saimos de mão dada, e ele abriu me a porta do carro, um cavaleiro ele.
a música já se ouvia cá de fora, a adrenalina subia me cada vez mais pelas veias.
entramos, e vejo joão a comprimentar um colega de equipa, e ao lado vejo uma menina que presumo ser namorada dele, espera..é a carolina!
fico de boca aberta e ela sorri para mim, com um sorriso enorme, dirigo me a ela.
conheço a desde o secundário, a minha melhor amiga.
abraçamos nos com bastante força, meu deus tinha tantas saudades dela.
comprimentei o seu namorado, e joão apresentou me, não como irmã, mas como namorada.
sorri.
ainda não estou a acreditar.
agarrei a por dentro de seu braço até as mesas do bar.

— como? - eu perguntei.

ela riu-se.

— começei à duas semanas a namorar com o antónio, e pelos vistos também moras aqui! tantas saudades tuas. - ela disse.

— isso é incrível! como é que o conheces te? - disse.

ela estendeu os doir braços.

— aqui mesmo! - ambas rimo-nos.
e tu como conheces te o joao? - pois a pergunta pela qual eu não estava à espera.

— na verdade somos meio-irmaos, o meu pai vai casar com a mãe dele, mas..- ponho a mão na cara.

— estás apaixonada, e bastante miúda.- ela pediu uma bebida para as duas.
levamos a bebida á boca e vejo a tossir.
tentei ajudar.

— está tudo bem, só não bebo há um ano. - tossiu uma última vez.
era estranho, lá isso era, era uma das minhas  amigas que bebia mais.

— paraste? - ela acenou com a cabeça.

— o antonio ajudou me bastante. - eu acenei com a cabeça.
— chega de cenários tristes, vamos dançar. - ela foi ter com o dj, esperei por ela na pista de dança, então começou a tocar a "nossa" música.
a música que dançavamos sempre no secundário.
limbo - daddy knee (ver se está certo).
começamos a dançar, isto lembrava me os velhos tempos, custumavamos dançar todas as noites esta música, se não fosse na discoteca era em casa, com a coluna em altos berros.

joão neves pov'

vejo a catarina a dançar, não posso mentir o corpo dela dá me arrepios.
ela continuava a dançar, estava a babar por dentro.
sinto o olhar dela no meu, chamou me para dançar e a carolina o antonio.
o seu corpo balançava no meu, sincronizados, catarina tinha os dois braços no ar e rodopiava a cintura deslizando no meu corpo, mas especificamente no meu membro.
tinha as mãos na cintura dela enquanto ela dançava.

catarina pov'

quando a outra música parou, ambas beijamos os nossos queridos amores, que 4 é par lindo.

quebra de tempo.

estavamos a beber shots os 4, para ver quem aguentava mais.
antónio foi o primeiro a desistir, e eu a ultima.
estavamos bebedissimos, ninguém fixou responsável para nos ter que levar.
fomos para outra dança, as coisas meio que se descontrolaram, estavamos bebados.
senti a língua de joão no meu pescoço.
agarrei na sua nuca.

— é cedo demais? - susurrou, referindo se ao termos relações.

o meu meio-irmão • joão nevesOnde histórias criam vida. Descubra agora