17.

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love me like you do - ellie goulding

tenho os olhos inchados de tanto chorar.
lavo a cara com água gelada, pentei me e desci as escadas.
joão está no sofá a maxer no telemóvel, ligo a torradeira e faço uma torrada.
os pais estão em casa mas nenhuma deles abre a boca.
fiz as minhas torradas coloquei as num tabuleiro e subi as escadas até ao meu quarto.
alguém bateu á porta.
era o meu pai.
estava tão chateada com ele, que nem lhe podia olhar para a cara.

— catarina, abre a porta, já. - abri.

— eu contei á mãe do joão porque já estava mais do que óbvio. contei á mãe do joão porque isto não pode acontecer. - ele disse.

— porque não? - uma lágrima escorreu me pela face.

— são meios irmãos, catarina. - eu levantei me.

— se não tivesses com a mãe dele, não eramos nada. - deitei outra lágrima.

— mas eu estou, e nós vamos casar daqui a dois dias. - ele disse numa voz alta.

— porque é que o tinhas de fazer, eu amo-o pai, eu - não sabia o que dizer, mas era real, eu amava joão com todo todo todo todo o meu coração.

— isso não é amor e tu sabes bem disso. - ele disse me.

— desculpa? desde que entramos nesta casa, tu não te ris, tu não olhas verdadeiramente para a mãe do joão, tu não és feliz, tu não a abraças, tu não a beijas, tu não a amas, pai. - mais umas lágrimas escorreram.

— e o que é que tu sabes sobre amor, ainda és muito jovem. - ele disse.

— e tu sabes? - chorei.

o silêncio invadiu aquela divisão.

— era o que me parecia. - agarrei nas chaves e sai de "casa".
vejo joão a sair.

— vais falar comigo? - ele agarrou me pelo braço, quando ms virou viu que estava a chorar.
abraçou me.
choramingava em seu abraço.
estava mesmo a precisar dele.
quando o abraço separou-se, ele olhou me nos olhos.

— eu amo-te. muito. e não vai ser por uma merda destas e me vais deixar. - sorri surpreendida.

— tu.. - ele sorriu fechando os olhos.

— amo-te. - sorri ao ouvi lo dizer.

— eu também, muito. - ele sorriu.

começou a chover uma carga de água, nós estavamos lá fora, á frante da casa onde nos conhecemos, onde nos apaixonamos.

— vais ficar doente, anda. - ele disse, mas eu fiquei cá fora.

— não, eu não quero voltar aí. - ele arqueou as sobrancelhas.

— então eu também não vou. - ele voltou a ficar á minha frente.

sorri levemente.
a boca dele foi directamente á minha, a chuva caia e bem, um verdadeiro beijo que só acontecia nos filmes de Hollywood.
não queria que este momento terminasse, queria beija-lo até o dia de amanhã, queria tê-lo para o resto da minha vida.

pai de catarina pov'

eu e mãe de joão estavamos a ver aquele cenário, ver a minha filha finalmente apaixonada era tudo para mim, nunca quis o mal para ela, apenas eram meios irmãos mas se não tivesse conhecido a mãe de joão, ela tinha razão, eles não eram nada.
mãe de joão ia lá para fora impedi-los, mas puxei a pelo braço.

— deixa os, estam verdadeiramente apaixonados, dá para ver, não estragues o momento, um momento só deles. - mãe de joão acenou com a cabeça.

e ficamos ali a ver.

joão pov'

catarina beijava me, com esta chuva toda em cima, a verdade é que ninguém queria parar o beijo, era o nosso momento.
quando o beijo terminou, sorrimos um para o outro, caramba, era apaixonado naquele sorriso.
sorri também.

olhamos para a janela da casa, tinhamos a minha mãe e o pai de catarina a sorrirem para nós.
suspirei.

— queres voltar para lá? - encostei a  minha testa á dela.

— sinceramente, não sei. - ela disse.

agarrei em suas mãos, para lhe transmitir conforto.
ela suspirou.

— temos de falar com eles. - disse também ela.

— então vamos. - eu acenei com a cabeça.

a porta estava aberta, então entramos.

— nós- - ia disser, mas a minha mãe interrompeu.

— vão mazé tomar um banho. nada de badalhoquices.  - ela sorriu para nós e nós fizemos o mesmo.
a minha mãe tinha nos acabado de aceitar, não sei como, mas ela tinha o feito.

subimos.
beijamo-nos mais uma vez.

— nada de badalhoquices. - repeti.

ele riu-se.

— nada de badalhoquices. - ela disse.

tomamos um banho, sem badalhoquices.
secamos o cabelo um do outro, vestimos-nos.
ela suspirou.

— ei, então? - virei me para ela.

— não sei como é aue a tua mãe aceitou isto. - ela sorriu.

eu ri-me.

— para ser sincero também não sei. - disse.

catarina pov'

descemos.
o meu pai sorrira para mim.
percebi no exato momento, que tinha sido ele que tinha feito com que a mãe de joão tivesse concordado com isto tudo.
sorri de volta.
larguei a mão de joão e fui direita aos braços de meu pai.

— minha pequenina. - ele abraçou me.

— como? - disse no abraço.

— tenho os meus talentos. - ambos rimo-nos.
— desculpa por ter traído a tua confiança filha, eu mudei de ideias ao ver vos á frente daquela janela, algo dentro de mim despertou, pdoibi a mãe do joão de vos ir tirar o momento, porque pensei no que me tinhas dito, se não estivesse com ela, vocês não eram nada, então porque não deixar isto acontecer? joão, peço te uma coisa, faz a minha filha a menina mais feliz do mundo. - o meu pai acabou o discurso comigo a chorar.

— prometo que vou fazer a sua filha, a mais feliz do mundo. - sorri para joão quando disse aquilo.

— obrigada. - abraçei a mãe de joão, por mais que parece se estranho.
não tens de quê querida, sejam felizes. - ela sorriu para mim.

estavamos conversados, estavamos livres, parecia que nos tinham tirado tijolos dos ombros.

o meu meio-irmão • joão nevesOnde histórias criam vida. Descubra agora