o meu meio-irmão • joão neves

18.

sinto um apalpão no rabo.
suspiro com os olhos fechados.

— bom dia, meu amor. - ele disse.

ri-me.
beijei o seu peitoral e depois a sua boca.

— já estamos assim?  - apoiei-me com o cotovelo na cama.

— assim como? - olhou atentamente.

— "amor". - dito isto joão mordeu o lábio.

— achei carinhoso, não gostaste? - ele arqueou as sobrancelhas.

deitei me de cabeça para cima no seu peito.

— gostei. muito. - sorri.

senti joão a mover se, então tirei a cabeça de seu peito e virei a para ele.
estava apoiado com as costas na parte de cima da cama.
fazia me festas nas minhas costas despidas, passava os seus dedos, macios e frios.
a mão dele estava atrás da cabeça, admirando-me com os seus olhos.
roubou-me um beijo.
e outro, e outros mil.
rimo-nos bastante.

— amo-te. - ele disse e eu sorri.

— eu amo-te mais joão pedro. - eu disse beijando o.

levantei-me para vestir o pijama, e ele fez o mesmo.
não fizemos nada esta noite, nada.
ainda tinha o meu trauma. a merda do trauma.
descemos.

— ora bom dia. - joão disse dando um beijinho na cabeça de sua mãe.

toda a gente deu bom dia, depois fomos comer meio que á pressa porque joão tinha treino, e eu tinha que ir trabalhar.
joão levou nos até lá, abrimos a porta e fomos juntos, eu sentei me e ele foi aquecer antes de começar a treinar.
então eles começam a treinar, um treino meio que puxado eu diria, esperei lá fora que joão toma se banho.
veio todo cheiroso.

— perfume novo? - pôs o cinto e liguei o carro.

— como é que consegues reparar nisso? - ele sorriu.
eu encolhi os ombros.

— é, não é? - eu disse e ele soltou uma pequena gargalhada.

— é. - ele sorriu.

começei a conduzir até casa.
os pais já saíram, ou pelo menos não estavam cá.

— queres ir á praia hoje? vai tar calor então, eu e uns amigos meus vamos á praia, podes convidar a carolina se quiseres. - ele sorriu e eu acenei com a cabeça.

— ok. - dei lhe um beijinho e fui buscar o meu telemóvel, ao meu quarto.
liguei a carolina.
perguntei lhe se queria vir á praia hoje.
ela disse que sim, fui até á casa de banho e fiz a depilação, depois sai para o meu quarto para vestir o meu bikini e umas calças por cima, e uma camisola branca.
chegamos, tinha alguns amigos de joão a comprimenta-lo, inclusive um rapaz que também estava naquele dia, que jogou fifa connosco.
sorriu para mim, reconhecendo me, comprimentei-o.

— bem, vamos jogar. - joão tirou a camisola e antónio tirou a bola com os pés donde ela estava, chutou até david neres, que estava a uma boa distância, mas conseguiu recebe la bem.
estiquei me na toalha com a cara virada para carolina que também olhava para mim.

— como estão as coisas? - ela perguntou.

— estão bastante bem, eu acho. - acenei com a cabeça.

ela sorriu.
ouvi a joão a rir-se.
olhei para ele, que quando virou a cara, sorriu.

— ai catarina. - ela apoiou se pelos cotovelos.

— eu gosto tanto dele carolina. - fiz beicinho.

— tenho a certeza que ele gosta muito de ti, aliás, é nítido. - ela apontou com a cara para trás de mim, virei me, era joão a sorrir para mim.

— vêm? ou vão ficar aqui? - deu me um beijinho e olhou para carolina.

— já vamos. - eu disse, depois ele foi se embora, e eu pos a cara na toalha e carolina riu-se.

levantamos nos.
quando a bola estava no ar, apanhei a, e mandei a para o meu pé, chutando a para antonio, depois o mesmo fez uns toques e mandou para neres, depois a carolina estragou tudo e mandou a bola para o céu.
quebramos-nos a rir.

— que pé torto carolina. - disse a rir.

ela pôs a mão na cara e depois voltou a chutar, o menino que jogou fifa connosco chutou depois de fazer toques incriveis e tipicos de jogador.
joão cerrou o maxilar, recebeu a bola, e fez toques e depois mandou-a, estavam a fazer concorrência.

eu e carolina saimos do jogo, percebendo.
fomos até á água.
demos uns bons mergulhos.
depois fomos para a toalha secar, ficamos uns 15 minutos lá, foi o tempo suficiente, estava muito calor.
pegamos nas raquetes e fomos jogar as duas.
foi uma tarde para recordar.
fui para casa com joão.
tomamos um banho.

— amo-te. - ele disse a sorrir para mim, sorri também.

— amo-te mais. - eu sorri dando lhe um beijinho.

ele parou-o.
arqueei as sobrancelhas.

— o nuno passou a tarde toda a olhar para ti, ele disse-me, que - abanei a cabeça a suspirar ao mesmo tempo.

— aqui vamos nós de novo. - suspirei.
— eu não quero saber, joão, eu quero-te a ti, não a ele. - vi joão a cerrar o maxilar.

— posso lhe partir a boca? - ele perguntou agarrando na minha cintura.
ri-me de leve, mas isto tinha tudo menos piada.
beijou-me.
ferozmente, sentia a sua língua a passar por todos os cantos da minha boca.
empurrei o devagar para se afastar.
ele encostou a sua testa á minha.

— o tempo que precisares. - susurrou, beijando me a testa, e voltou a pô-la encostada á minha.

beijei-o.
queria beija-lo até ao meu último suspiro.