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Eu estou presa com correntes numa casa velha, sendo torturada, estava com fome, sede, dor, e não havia conseguido dormir. Não sei que horas são, nem quanto tempo passou desde que me trouxeram pra cá, mas sei que eu preferia estar morta.

— Bom dia princesa – Um homem alto com uma corda em mãos adentra a casa – Vamos dar um passeio, oque acha?

Não digo nada pois me falta forças e então ele se aproxima soltando as correntes dos meus pulsos e de meus tornozelos, logo amarrando apertado minhas mãos e passando a corda pela minha cintura e ombros.

— Oque você... – Não consigo completar a frase porque minha garganta doía e arranhava ao falar e respirar.

— Venha! – Ele me empurra me fazendo cair de joelhos no chão de madeira – Levante-se!

Ele vem até mim e me coloca de pé me empurrando para andar a sua frente. Saímos da cabana sentindo o sol quente na minha pele e começamos a andar subindo provavelmente a montanha da ilha.

Andamos mais um pouco e então chegamos num penhasco onde estavam vários homens.

— Oi gatinha, animada!? – Um daqueles nojentos grita para mim.

— Delícia! – Varias palavras nojentas eram direcionadas a mim, fazendo meu estômago embrulhar.

— Vai ser divertido, você vai ver! – O lixo de pessoa que me guia diz no meu ouvido.

Nos aproximamos cada vez mais do penhasco e então eu conheço a me tremer.

— Oque vocês vão fazer? Porque eu tô aqui? – Eles riam em divertimento.

— Vamos mocinha, pra beirada! – O homem fala e então ou coro se inicia.

— Pra beirada, pra beirada, pra beirada! – Eles diziam em uníssono enquanto o homem me empurrava.

Olho pelo penhasco e vejo o altura em estávamos e a mata densa lá embaixo, com essa visão o desespero e o medo tomam conta de mim.

— Não, não, não! Por favor... não! – Digo para eles já sentindo meu coração disparar e as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

O coro continuava e então sinto um pé conta minhas costas e eu sou jogava em direção a queda do penhasco.

Foi como se o mundo entrasse em câmera lenta, as vozes pareciam ter se cessado e minha vida estava passando sobre meus olhos como fleshs, meus pais, minha avó, cada momento vivido e até mesmo oque eu estava sofrendo na mão destes cretinos, eu tenho certeza que eu vou morrer.

Enquanto eu caía, oque eram segundos pareciam horas, até eu sentir um baque e perceber que fiquei suspensa no ar.

Puxo o ar profundamente para meus pulmões e os solto de uma vez vendo a queda, ainda estava em desespero e então começo a me debater sem saber oque fazer.

— Ei! Para de se mexer que assim fica difícil te puxar de volta! – Ouço uma voz desconhecida e continuo me batendo por medo, se for para continuar sofrendo eu quero morrer agora.

— Não! Não me machuque! – Eu falo.

— Não vou te machucar! Vou te ajudar! – A voz masculina dizia enquanto me puxava de volta, então percebendo que não havia oque fazer eu apenas paro e me deixo ser puxada.

Quando já estou em terra observo quem tinha me salvado.

— Vai ficar tudo bem agora, eu não vou te machucar  – ele dizia se aproximando e eu presto atenção nele, usava um chapéu, um colar em bolinhas vermelhas, tinha sardinhas no rosto e seus cabelos eram negros, permaneço sentada no chão.

— Por favor, não me machuque – Digo ainda chorando.

— Se acalma, não vou te machucar, eu te salvei não foi? – Ele dizia se aproximando e colocando a mão na corda logo puxando uma faca e a cortando.

— Sim... – Digo parando de chorar mas ainda nervosa.

— Então... não precisa ter medo de mim – Ele termina de cortar as cordas me soltando, e eu passo a mão sobre meu pulso que estava vermelho.

— Onde estão eles? – Pergunto levantando meu olhar e só agora vendo que estavam todos caídos no chão.

— Não se preocupe, já dei um jeitinho – Ele fala estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Me levanto e começo a andar meio mancando.

— Preciso ver minha avó – Falo e sinto ele pegar meu braço passando por volta de seu pescoço e me dando apoio – Obrigada moço, muito obrigada.

— Não a de que, e a propósito me chamo Ace.

— Obrigada então, Ace – Ele sorri e nós começamos a descer a montanha conversando sobre como ele tinha derrotado aqueles homens e como eu tinha sido levada por eles até vermos a casa da minha avó.

Chegando a porta da casa eu bato na porta e minha avô aparece.

— Oh minha querida! – Ela diz vindo me abraçar calorosamente e então chora em meus ombros e eu me sinto extremamente feliz e agradecida por estar ali com ela agora.

Flashback Off

— Depois disso Ace ficou mais 3 dias na ilha e foi embora, enquanto eu passei um ano treinando todos os dias para ficar forte e aprender a usar minha Akuma no Mi, onde o Ace me ajudou um pouco quando estava na vila, nos tornamos ótimos amigos... – Termino de contar e vejo que Luffy me olhava sério e atento.

— Nossa... eu não tinha ideia, entendo o porque dos pesadelos agora – Ele fala e eu balanço a cabeça em um sim.

— Peguei trauma e por isso morro de medo de altura, agora você entende o porque de eu ficar pálida aquele dia na roda gigante.

— Oh... é mesmo, sinto muito S/n – Ele diz para mim – Você é muito muito forte! – Ele diz sorrindo para mim me passando uma calma inexplicável.

— Bom... eu já atrapalhei teu sono bastante, acho que vou tentar dormir de novo – Digo sorrindo para ele, por mais que eu soubesse que iria passar o resto da noite em claro eu não queria deixa-lo acordado comigo.

— Tem certeza? – Ele me pergunta.

— Claro, pode ir – Digo e ele se levanta saindo da cama, oque me faz sentir o vazio ao meu lado.

— Boa noite Luffy – Eu falo enquanto me deito.

— Boa noite S/n – Ele vai até a porta e quando apaga a luz para sair eu falo sem pensar direito, apenas falando oque eu queria

— Luffy – O chamo fazendo ele virar a cabeça me olhando – Dorme comigo hoje?

O pedido parece o pegar de surpresa ja que sua boca se abre levemente e ele não diz nada.

— Ah, t-tem certeza? – Ele me pergunta e eu balanço a cabeça em um sim – Está bem – Ele entra e fecha a porta vindo até mim que vou para o canto e ergo a coberta para ele entrar.

Ele se aproxima e se deita devagar, ficando cara a cara comigo que tomo consciência do que havia pedido e coro na hora.

— B-bom acho que eu vou v-virar né – Digo indo me virar para a parede mas Luffy me segura fazendo meu coração errar algumas batidas e acelerar.

— Não... não precisa, me abraça – Ele fala e eu o olho surpresa, mas atendo seu pedido e o abraço pelo tronco, com minha cabeça sobre seu braço e deixando minha cabeça pousada em seu peito.

Então sinto sua mão acariciar meus cabelos levemente, fecho meus olhos e respiro profundamente sentindo a calma me invadir e o sono chegar, agora sem pesadelos.

Impossível - Luffy X S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora