Décimo Quinto Capítulo- Emma

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"Estar feliz não quer dizer que está tudo bem, sem nenhum problema. Sempre terá problemas. A única forma de ser feliz é aceitá-los e seguir em frente"


- Explica agora, Stephany! O que você está fazendo aqui?

Pergunto novamente para a Stephany que continua sem responder. Já estou me irritando com ela. Além de estar na minha casa, ela quebrou minha foto em família com minha mãe e meu pai. E ainda está se fazendo de sonsa.

- Não é nada de ruim, eu só esqueci um gloss aqui e...- Ela não olha para meus olhos enquanto fala. Conheço ela tão bem que sei que faz isso quando mente.

- Você está mentindo!

Ela respira profundamente, agora ela vai me contar a verdade!

- Quando vi você saindo com o Hugo, achei que vocês iam embora, então fui embora também. Eu ia vim aqui para pedir perdão.

- Perdão?

- Sim, eu sei que errei na parte de trair sua confiança e ser uma... uma...

- Talarica- Completo para ela.

- Pode ser também! Queria só que você me desculpasse. Acho que fui fraca e uma péssima amiga. Me perdoa?

Ela está olhando para os próprios pés. Só quero dizer não. Mas não consigo, sei que não consigo.

- E a foto quebrada?

- Eu acabei esbarrando, desculpa!
Não acredito e não desacredito. Não quero briga. Só quero ficar sozinha.

- Tá bom.

- Que?

- Tá bom, eu te perdoo! Se venho para isso pode ir.

O rosto dela se transforma em completa surpresa.

Mas eu me surpreendo mais ainda quando ela vem em minha direção e me abraça. Eu não perdoo ela completamente, mas além de não querer guardar rancor, não quero ser a pessoa que não perdoa alguém por conta do passado. Eu já segui em frente.

Já superei, estou bem sozinha- ainda não sei se estou realmente solteira.

Ela sai pela porta dos fundos e vou correndo para o meu quarto. Mas sou interrompida com uma limpada de garganta masculina. O Hugo voltou para cá?

- Hugo, por que você ainda está aqui? Já era para você ter...

Viro de costas para a escada e dou de cara com o meu pai.

Meu pai voltou para casa e eu estou completamente ferrada. Agora não vai ser somente um castigo. Estou realmente ferrada em suas mãos.

- Emma? Não estava com dor de cabeça? Deixa eu adivinhar, foi na festa, não foi?

Fico sem resposta. Não consigo abrir a boca, não consigo me acalmar, não consigo fazer com que meu coração pare de bater tão rapído quanto está agora.

Por que estou tão nervosa?

- Pode me responder?

Sei que não consigo falar, e mesmo se tentasse não sairia som, ou então gaguejaria e não falaria. Asssinto com a cabeça deixando com que a minha resposta seja mais fácil de ser respondida sem ter que usar minhas cordas vocais.

Meu para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora